Declarações foram proferidas após aumento global das ações na segunda-feira, depois de Trump ter aliviado algumas das suas tarifas.
O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirma ter "resolvido a inflação", apesar da recente turbulência no mercado desencadeada pela adoção de tarifas globais.
Durante a sua reunião com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, na Sala Oval, na segunda-feira, Trump aproveitou o último relatório mensal sobre os preços no consumidor, que revela uma taxa de inflação de 2,4% em março.
"Temos de resolver os problemas e já resolvemos a inflação. Se olharmos para os números, os números são incríveis, na verdade. O mercado de ações está em alta. E não estamos a deixar que outros países se aproveitem deste país como fizeram nos últimos 40 anos", disse Trump aos jornalistas.
O presidente dos EUA também apontou o anúncio do gigante tecnológico Nvidia de que irá produzir supercomputadores de inteligência artificial nos Estados Unidos pela primeira vez como prova do sucesso das suas tarifas.
"Bem, é um dos maiores anúncios que alguma vez ouvirão, porque a Nvidia, como sabem, controla quase todo o setor, que é um dos setores mais importantes do mundo, entre chips e semicondutores e tudo o resto. E eles são os maiores", referiu Trump.
"E a razão pela qual o fizeram foi por causa das eleições de 5 de novembro e por causa de uma coisa chamada tarifas, como eu disse, a palavra mais bonita do dicionário", acrescentou.
As declarações de Trump surgem na sequência de uma semana turbulenta nos mercados, durante a qual a sua istração reverteu algumas das suas tarifas mais agressivas.
Os mercados bolsistas mundiais registaram ganhos na segunda-feira, depois de Trump ter aliviado temporariamente certas tarifas, e as tensões no mercado obrigacionista dos EUA também pareceram diminuir.
Wall Street foi impulsionada pelo bom desempenho da Apple e de outras empresas tecnológicas, após o anúncio de Trump de que os smartphones, computadores e vários outros produtos eletrónicos ficariam isentos da última ronda de tarifas. A medida ajudou a evitar potenciais aumentos de preços para os consumidores americanos de produtos importados da China.
Espera-se que esta isenção beneficie os importadores norte-americanos, que, de outra forma, se veriam confrontados com a difícil opção de repercutir o aumento dos custos nos clientes ou de absorver eles próprios o impacto financeiro.
O presidente dos EUA também afirmou que tenciona conceder isenções temporárias aos fabricantes de automóveis relativamente às suas tarifas.
"Estou a pensar em algo para ajudar algumas das empresas automóveis", afirmou Trump aos jornalistas reunidos na Sala Oval.
O líder da Casa Branca explicou que a indústria automóvel precisava de mais tempo para transferir a sua produção de países como o Canadá e o México para os Estados Unidos.
"E precisam de um pouco de tempo porque vão fabricá-los aqui, mas precisam de um pouco de tempo. Estou a falar de coisas como essas", afirmou.
Os mercados bolsistas mundiais também recuperaram, à medida que as tensões na guerra comercial de Trump com a China - a segunda maior economia do mundo - começaram a abrandar. Os índices de mercado subiram 2,4% em França, 2,9% na Alemanha, 1,2% no Japão e 1% na Coreia do Sul.