{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2025/05/30/brasil-procura-atrair-turismo-europeu-atraves-da-oferta-de-paraiso-natural-unico" }, "headline": "Brasil procura atrair turismo europeu atrav\u00e9s da oferta de para\u00edso natural \u00fanico", "description": "No leste do estado do Maranh\u00e3o, o Parque Nacional \u00e9 um dos mais belos destinos tur\u00edsticos do Brasil, com uma paisagem milenar de dunas de areia branca banhadas por lagoas de \u00e1gua doce ao longo dos seus 155 mil hectares. 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Brasil procura atrair turismo europeu através da oferta de paraíso natural único

Arquivo: Vista aérea das dunas de areia do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses em maio de 2009.
Arquivo: Vista aérea das dunas de areia do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses em maio de 2009. Direitos de autor Andre Penner/AP
Direitos de autor Andre Penner/AP
De David del Valle
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No leste do estado do Maranhão, o Parque Nacional é um dos mais belos destinos turísticos do Brasil, com uma paisagem milenar de dunas de areia branca banhadas por lagoas de água doce ao longo dos seus 155 mil hectares. O desafio é atrair o turismo internacional, especialmente da Europa.

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Ao longo dos últimos 10 mil anos, a areia, o vento e a chuva moldaram as dunas, com até 40 metros de altura, criando uma paisagem única de longas cadeias de barcanas (duna em forma de quarto crescente cujas extremidades apontam para a direção do vento), que, durante a estação chuvosa (fevereiro a abril), enchem-se de água doce para formar lagoas de diferentes cores, formas, tamanhos e profundidades.

Os "Lençóis Maranhenses" - ou Sábanas de Maranhão, como pode ser traduzido em referência às dunas ondulantes que se assemelham a lençóis brancos estendidos ao sol - é um lugar único no mundo onde desertos e zonas húmidas coexistem em harmonia num ecossistema de grande biodiversidade.

O seu maior esplendor é atingido entre maio e setembro, com cerca de cinco mil piscinas naturais de águas cristalinas que, em alguns casos, chegam a ter três metros de profundidade. Maio e junho são os melhores meses para desfrutar ao máximo do parque e há menos turistas do que nos concorridos meses de julho e agosto.

Mesmo assim, a partir dessa altura e até setembro, é um luxo nadar nas lagoas a 28°C, praticar desportos aquáticos e tirar fotografias de sonho com as imponentes dunas de areia branca como pano de fundo. Andar descalço também é muito agradável porque a areia fina não queima, graças ao vento, o que também significa que a paisagem está em constante movimento, com as dunas a mudarem de forma e de localização (podem deslocar-se até 10 cm).

De novembro a janeiro, as lagoas secam e toda a vegetação emerge.

Brasil enfrenta o desafio de atrair turistas europeus

Todos os anos, o Parque Nacional atrai mais de 100 mil turistas, muitos dos quais brasileiros, argentinos e uruguaios. O desafio agora é conquistar os europeus; entre os que mais visitam a região estão os portugueses e os ses.

A principal dificuldade é a falta de ligação aérea, embora o estado do Maranhão já esteja a trabalhar para encontrar soluções.

Atualmente, na Europa, a rota mais curta é de Lisboa para Fortaleza, a 647 km de São Luís, a capital do estado do Maranhão e o ponto de partida da viagem para Lençóis.

A companhia aérea espanhola Iberia também planeia voos para o destino a partir de janeiro de 2026.

Outra alternativa, mais longa, é voar para São Paulo e depois apanhar outro voo de 3 horas para São Luís, com 1 milhão de habitantes. Se optar por esta rota, pode também desfrutar desta cidade, que é uma mistura de culturas - africana, europeia e indígena - com 70% da população de origem africana.

Os ses, holandeses e portugueses moldaram São Luís, deixando o seu rasto reminiscências como as que se refletem na Rua de Portugal, com a maior coleção de azulejos portugueses fora de Portugal.

Nesta cidade, a música faz parte da cultura dos habitantes. É conhecida como a "Jamaica Brasileira", devido à importância do reggae na cultura popular, especialmente no bairro que é o maior quilombo urbano da América Latina. Numa das suas ruas pode ver-se "La Esquina Bob Marley", um mural do rei do reggae, que é um dos pontos mais visitados.

O Brasil tem espaço para 17 "Espanhas"

A partir de São Luís, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses pode ser alcançado por estrada através de duas cidades principais, Barreirinhas, a 250 quilómetros de São Luís, e Santo Amaro. As distâncias no Brasil são enormes; é um país continental, com espaço para 17 Espanhas e toda a Europa, que tem menos de dois terços do tamanho do Brasil (excluindo a Rússia e a Turquia).

A entrada do parque a partir de Santo Amaro é um espetáculo visual desde o início, com turistas a percorrerem as dunas de areia branca em carrinhas de todo o terreno com capacidade para 12 pessoas. Há trilhas para caminhadas pela areia que, graças ao vento, não queima.

Barreirinhas é talvez a porta de entrada mais popular para o Parque Nacional. Essa cidade, com cerca de 65 mil habitantes, lembra uma cidade indígena, cheia de motas com pessoas sem capacete.

A partir deste ponto, pode apanhar uma lança e percorrer parte do rio Preguiças, com um total de 120 km de extensão, até chegar a Atins, uma pequena aldeia de pescadores que, nesta altura, só pode ser alcançada de barco pelo rio.

A vila está situada entre as dunas do Parque Nacional, o delta do Rio Preguiças e o Oceano Atlântico.

Vista de uma lagoa nos Lençóis Maranhenses
Vista de uma lagoa nos Lençóis MaranhensesDaniel del Valle.

É um local estratégico para os surfistas e também ideal para explorar o Parque, devido à sua proximidade com as dunas. A vida neste povoado parece ter parado no tempo, longe do desenvolvimento turístico de Barreirinhas.

Cerca de 1.100 famílias vivem ao longo do rio, e perto das dunas, em barracos e casas simples. Os habitantes vivem da pesca e do cultivo de pequenas hortas.

Em geral, mantêm as suas tradições e costumes, muitos também ligados à espiritualidade, transmitidos de geração em geração, um verdadeiro choque de realidade para nós, europeus, acostumados a viver com muito mais do que precisamos.

A partir de Atins, pode também visitar as dunas, aqui com a areia mais dourada, e até fazer um piquenique, se o vento ou a chuva o permitirem, rodeado por uma impressionante paisagem lunar.

Para descobrir o parque, recomenda-se uma estadia de três a quatro dias. Trata-se de um clima tropical com pouca variação de temperatura ao longo do ano, com duas estações: seca e chuvosa.

De fevereiro a abril, a estação das chuvas com temperaturas entre 30 e 32°C. A estação seca, de maio a setembro, com temperaturas entre 31 e 33°C, com humidade de 81% em maio. A temperatura média anual é de 26°C. Está sempre calor nesta região.

O vestuário leve é indispensável e para caminhar é preferível andar descalço, pois a areia não queima. É essencial usar chapéu, cachecol e camisolas de manga comprida para evitar queimaduras solares.

Vista de uma lagoa nos Lençóis Maranhenses
Vista de uma lagoa nos Lençóis MaranhensesDaniel del Valle.

Brasil para além dos estereótipos

Paraísos naturais como os Lençóis Maranhenses acabam com os estereótipos associados ao Brasil.

O país é muito mais do que Carnaval, samba, futebol, praia e Rio de Janeiro, por isso, as autoridades promovem um turismo de qualidade que revela um outro lado do Brasil e estimula o crescimento económico.

Atualmente, o turismo representa 8% do PIB do Brasil, gerando 7,3 mil milhões de dólares, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur).

Há um longo caminho a percorrer, já que o quinto maior país do mundo atrai apenas 6,6 milhões de turistas por ano.

Entre as razões que impedem a sua expansão, muitos apontam a falta de ligações aéreas, insuficiência de infraestruturas, ausência de uma boa rede rodoviária e ferroviária, fraca cultura turística e não valorização do património cultural, a insegurança dos cidadãos ou os voos domésticos caros.

Da Europa, os turistas são principalmente de Portugal, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha. Os visitantes mais populares do Brasil são os argentinos, os americanos e os uruguaios.

O país quer atingir mais de oito milhões de turistas em dois anos. Só o tempo o dirá.

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