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O "cometa do século" atinge o seu ponto mais próximo da Terra e será visível a olho nu

cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-Atlas
cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-Atlas Direitos de autor JOHNNY HORNE/Copyright 1997 AP. All rights reserved. This material may not be published, broadcast, rewritten or redistributed.
Direitos de autor JOHNNY HORNE/Copyright 1997 AP. All rights reserved. This material may not be published, broadcast, rewritten or redistributed.
De Jesús Maturana
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O "cometa do século", C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, estará no seu ponto mais próximo da Terra no sábado e no domingo. Será visível sem qualquer tipo de aparelho, a olho nu, e é um fenómeno que não se repetirá durante milénios.

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O universo oferece-nos um espetáculo único neste mês de outubro com o aparecimento do cometa C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, apelidado de "cometa do século". Este corpo celeste fascinante está a causar sensação tanto entre os astrónomos profissionais como entre os amadores.

Descoberto em janeiro de 2023, por uma colaboração entre observatórios da China e da África do Sul, o Tsuchinshan-ATLAS captou a imaginação do público devido ao seu brilho excecional e à sua trajetória invulgar. Embora não seja tão brilhante como a que iluminou Espanha e Portugal quando se incendiou na atmosfera. Os especialistas estimam que a sua última visita ao sistema solar interior ocorreu há cerca de 80 000 anos, numa altura em que os Neandertais ainda povoavam a Terra.

O que torna este cometa verdadeiramente especial é o seu brilho intenso. De acordo com Javier Licandro, um dos principais astrónomos do Instituto de Astrofísica das Canárias, o Tsuchinshan-ATLAS brilha atualmente "muito mais do que Mercúrio", um dos planetas mais luminosos do nosso céu noturno. Este facto coloca-o numa liga própria, rivalizando com cometas históricos como o Hale-Bopp e o Hyakutake.

A impressionante cauda do cometa, que se estende ao longo de 42 luas cheias, é um espetáculo visual que poucos fenómenos astronómicos conseguem igualar. Esta cauda, composta por gás e poeira, é formada quando o calor do Sol faz com que os materiais gelados do cometa sublimem, criando um rasto luminoso que se estende por milhões de quilómetros no espaço.

O ponto alto da observação deste fenómeno celeste será no sábado, 12 de outubro, em Espanha e Itália, quando o cometa atingir o seu ponto mais próximo da Terra, a menos de 71 milhões de quilómetros de distância. No domingo, 13 de outubro, o cometa será mais visivel em Portugal, a partir das 19h35.

Será, igualmente, visível a olho nu em todo o hemisfério norte até ao próximo fim de semana, oferecendo um espetáculo que não se repetirá durante milénios.

Para os fotógrafos amadores, os dias 19 e 20 de outubro prometem ser ideais para a captação de imagens, uma vez que a interferência da luz lunar será mínima após a agem da lua cheia.

Para tirar o melhor partido deste evento único, procure um local com pouca poluição luminosa e um horizonte ocidental claro e assim terá a melhor vista possível. E, embora o cometa seja visível a olho nu devido ao seu brilho intenso, a utilização de binóculos pode melhorar significativamente a experiência, permitindo ver mais pormenores do núcleo do cometa e da sua extensa cauda.

Este acontecimento astronómico coincide com um período de intensa atividade solar, que permitiu o aparecimento da aurora boreal em latitudes invulgarmente baixas, incluindo regiões da Península Ibérica. Embora seja pouco provável ver o cometa e as auroras em simultâneo, a possibilidade de presenciar os dois fenómenos na mesma noite acrescenta um atrativo extra às sessões de observação nocturna.

A agem do cometa Tsuchinshan-ATLAS representa uma oportunidade única para testemunhar um fenómeno celeste extraordinário. Após a sua espetacular aparição, este viajante cósmico continuará a sua viagem, possivelmente sem regressar durante centenas de milhares de anos, se é que alguma vez regressará.

Não perca a oportunidade de fazer parte deste momento histórico e de apreciar as maravilhas do universo que nos rodeia.

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