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O que é Davos e porque é que é importante? Guia para a reunião anual do Fórum Económico Mundial

Davos, a cidade suíça com estância de esqui que acolhe a reunião anual do Fórum Económico Mundial há 50 anos
Davos, a cidade suíça com estância de esqui que acolhe a reunião anual do Fórum Económico Mundial há 50 anos Direitos de autor Canva
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De David Walsh
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O Fórum Económico Mundial reúne-se todos os anos desde 1971. Mas porque é que o evento conhecido como "Davos" é tão importante?

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Em qualquer outra altura do ano, a cidade de Davos não tem nada de especial, para além de ser uma popular estância de esqui no alto dos Alpes suíços.

Mas, todos os anos, durante uma semana, em janeiro, Davos torna-se no centro das atenções do mundo, uma vez que as elites mundiais convergem para esta pequena cidade alpina para a reunião anual do Fórum Económico Mundial (FEM). Porquê? Para discutir o rumo futuro da vida no nosso planeta e as questões prementes da atualidade.

Mas, afinal, o que é que acontece em Davos e qual a importância do evento?

O que é o Fórum Económico Mundial?

O FEM foi fundado em 1971 por Klaus Schwab, um economista e professor suíço-alemão, numa tentativa de promover a cooperação global em questões políticas, sociais e económicas.

O objetivo da organização internacional sem fins lucrativos, atualmente sediada perto de Genebra, era reunir os setores público e privado para encontrar soluções para problemas globais, algo que continua a ser um dos seus princípios fundadores do encontro que visa "melhorar o estado do mundo", segundo a sua declaração de missão.

A primeira reunião do FEM, há cinco décadas, teve lugar em Davos. Desde então, a cidade continua a acolher a reunião e o nome da estância de férias ou a ser uma forma comum de designar o evento.

A ativista Greta Thunberg foi uma das convidadas do Fórum Mundial de Davos
A ativista Greta Thunberg foi uma das convidadas do Fórum Mundial de DavosMarkus Schreiber/Copyright 2019 The AP. All rights reserved

Quem participa em Davos?

O que é que Donald Trump, Greta Thunberg e Elton John têm em comum? Em princípio, provavelmente nada. A única coisa que os une é o facto de terem participado anteriormente em Davos.

Uma das coisas mais singulares de Davos são os seus participantes. Embora o evento seja muitas vezes criticado como um local de conversa para 1% da população privilegiada do mundo, Davos é também um sítio onde algumas pessoas tentam fazer lobby e influenciar as elites poderosas, a fim de apoiar mudanças a uma escala global.

Habitualmente, é possível contar com a presença de líderes mundiais, como o Presidente dos EUA e os líderes da da UE e da ONU, mas o elenco de participantes inclui também líderes empresariais e empreendedores, pensadores e académicos proeminentes, responsáveis de ONG e do setor da beneficência, inovadores, meios de comunicação social, sociedade civil, ativistas e até celebridades.

Dois a três mil convidados

Todos os participantes estão reunidos num só local, ao mesmo tempo, o que significa um o sem precedentes aos decisores mundiais.

A lista oficial é composta por cerca de dois a três mil convidados, entre participantes e oradores, mas a reunião atrai milhares de pessoas que participam em eventos paralelos.

É também aqui que empresas, países e regiões montam as suas bancas para vender conceitos e serviços ou atrair investimentos.

Ao longo da Promenade, a principal via de Davos, existem as chamadas "casas", onde as empresas podem alugar espaços para instalar embaixadas ou para receber visitantes e realizar reuniões.

Porquê ir a Davos?

Um dos princípios fundadores do Fórum Económico Mundial é a imparcialidade e a independência face a interesses particulares. Mas o evento é frequentemente criticado por propiciar uma permeabilidade entre as esferas política e empresarial.  E há mesmo quem alegue que o encontro de Davos é uma força maligna no mundo.

Hipocrisia ou progresso?

O correspondente económico do New York Times, Peter Goodman, por exemplo, sublinhou no seu livro "Davos Man" que é contraditório pedir a bilionários e elites acusados de estar na origem dos maiores problemas do mundo para resolverem esses mesmos problemas.

Uma das principais críticas feitas todos os anos aos organizadores do evento, por exemplo, é a hipocrisia de ter a crise climática na agenda da reunião, enquanto um em cada 10 participantes em 2022 viajou de jato privado para chegar a Davos.

Apesar de ser um local de conversa para os ricos e poderosos do mundo, Davos é um fórum sem paralelo para a discussão e o debate à escala global e tem, de facto, algumas conquistas significativas no seu historial de 50 anos.

Em 1988, um acordo assinado na reunião, conhecido como a Declaração de Davos, ajudou a Turquia e a Grécia a afastarem-se da iminência de um conflito armado.

Também em 1992, Nelson Mandela e o então presidente sul-africano FW de Klerk fizeram a sua primeira aparição conjunta na cena internacional em Davos, o que constituiu um o significativo para o fim do apartheid. Os dois ganharam o Prémio Nobel da Paz no ano seguinte.

Em 2000, a Aliança Mundial para as Vacinas e a Imunização (Gavi) foi lançada em Davos e, desde então, tem melhorado o o de milhões de pessoas às vacinas. Desde a sua criação, contribuiu para a vacinação de 760 milhões de crianças em todo o mundo.

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