{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2020/05/18/as-bacterias-sinteticas-podem-ajudar-a-prevenir-a-covid-19" }, "headline": "As bact\u00e9rias sint\u00e9ticas podem ajudar a prevenir a Covid-19? ", "description": "Investigadores europeus estudaram um g\u00e9nero de bact\u00e9rias para desenvolver vacinas contra doen\u00e7as respirat\u00f3rias. A equipa envolvida neste projeto de investiga\u00e7\u00e3o europeu diz que a mesma plataforma pode ser aplicada para desenvolver uma vacina contra a Covid-19", "articleBody": "Os investigadores europeus do Centro de Regula\u00e7\u00e3o Gen\u00f3mica de Barcelona trabalham h\u00e1 v\u00e1rios anos em vacinas sint\u00e9ticas que podem agora ser aplicadas para, eventualmente, travar o coronav\u00edrus. Os investigadores estudaram um g\u00e9nero de bact\u00e9rias chamado mycoplasma para desenvolver vacinas contra doen\u00e7as respirat\u00f3rias, primeiro em animais e depois em humanos. A equipa envolvida neste projeto de investiga\u00e7\u00e3o europeu diz que a mesma plataforma pode agora ser aplicada para eventualmente desenvolver uma vacina contra a Covid-19 - utilizando as prote\u00ednas do coronav\u00edrus como ant\u00edgenos. Mar\u00eda Lluch-Senar, biotecnologista do Centro de Regula\u00e7\u00e3o Gen\u00f3mica, explicou-nos o processo. \u0022Uma das estrat\u00e9gias \u00e9 utilizar as prote\u00ednas desses v\u00edrus como vacinas para treinar o nosso sistema imunit\u00e1rio a produzir anticorpos. \u00c9 a isto que chamamos \u0022vacinas recombinantes\u0022. Assim, quando o v\u00edrus aparecer, o sistema imunit\u00e1rio ser\u00e1 capaz de bloquear o v\u00edrus e elimin\u00e1-lo. Mas os desafios s\u00e3o enormes. Trata-se de um processo longo e dispendioso. E, por vezes, n\u00e3o se trata apenas de uma prote\u00edna do v\u00edrus, mas de muitas diferentes\u0022. As bact\u00e9rias sint\u00e9ticas n\u00e3o patog\u00e9nicas criadas no centro de investigal\u00e7\u00e3o de Barcelona foram concebidas para estimular as respostas dos sistemas imunit\u00e1rios dos animais. Luis Serrano, diretor do Centro de Regula\u00e7\u00e3o Gen\u00f3mica e coordenador em Espanha do projeto europeu MYCOSYNVAC , sublinha que uma vez compreendido e criado um organismo, a linguagem universal do ADN permite encontrar formas de novas aplica\u00e7\u00f5es biol\u00f3gicas. \u0022Temos sido capazes de criar anticorpos.Conseguimos criar mol\u00e9culas que estimulam o sistema imunit\u00e1rio. Tamb\u00e9m conseguimos criar enzimas. Podemos matar outras bact\u00e9rias. Podemos at\u00e9 matar bact\u00e9rias que infectam os pulm\u00f5es humanos. Agora, a ideia \u00e9 sermos capazes de criar prote\u00ednas do coronav\u00edrus nessas mesmas bact\u00e9rias. Essas prote\u00ednas podem eventualmente ligar-se \u00e0s c\u00e9lulas humanas do pulm\u00e3o e bloquear a entrada do v\u00edrus nas c\u00e9lulas humanas\u0022. Para transformar as bact\u00e9rias num aliado dos sistemas imunit\u00e1rios, \u00e9 preciso primeiro disfar\u00e7\u00e1-las dentro do corpo. Isso \u00e9 feito atrav\u00e9s da modifica\u00e7\u00e3o do genoma da bact\u00e9ria. Para isso, os cientistas em Bord\u00e9us trabalham com levedura. Yonathan Arfi \u00e9 microbiologista INRAE , um dos mais prestigiados institutos de investiga\u00e7\u00e3o sobre agricultura, alimenta\u00e7\u00e3o e ambiente. \u0022Com a bact\u00e9ria mycoplasma pneumonie n\u00e3o temos muitas ferramentas para produzir o genoma modificado e por isso utilizamos levedura. Dentro da levedura, temos muitas ferramentas que nos permitem modificar o genoma. Somos capazes de remover os genes maus e de inserir aquele que queremos manter. A levedura vai construir, usando a nossa orienta\u00e7\u00e3o, um novo genoma, a que chamamos um genoma sint\u00e9tico que basicamente s\u00f3 tem as partes boas que queremos para a nossa vacina\u0022. Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 Covid-19, os cientistas pensam que os conhecimentos em biologia sint\u00e9tica poder\u00e3o eventualmente produzir resultados significativos em certas linhas de investiga\u00e7\u00e3o. Mas os resultados s\u00f3 estar\u00e3o dispon\u00edviveis no final de 2021. * Imagens de drones: cortesia Biofaction Drone pictures courtesy of Biofaction. ", "dateCreated": "2020-05-06T13:12:05+02:00", "dateModified": "2020-05-19T15:41:06+02:00", "datePublished": "2020-05-18T19:00:31+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F67%2F00%2F10%2F1440x810_cmsv2_be9c123c-8cb4-514e-8fab-c5bb7b77e6f3-4670010.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Investigadores europeus estudaram um g\u00e9nero de bact\u00e9rias para desenvolver vacinas contra doen\u00e7as respirat\u00f3rias. A equipa envolvida neste projeto de investiga\u00e7\u00e3o europeu diz que a mesma plataforma pode ser aplicada para desenvolver uma vacina contra a Covid-19", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F67%2F00%2F10%2F432x243_cmsv2_be9c123c-8cb4-514e-8fab-c5bb7b77e6f3-4670010.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Giner", "givenName": "Cristina", "name": "Cristina Giner", "url": "/perfis/1392", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } }, { "@type": "Person", "familyName": "GOMEZ", "givenName": "Julian", "name": "Julian GOMEZ", "url": "/perfis/75", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue espagnole" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

As bactérias sintéticas podem ajudar a prevenir a Covid-19?

Em parceria comThe European Commission
As bactérias sintéticas podem ajudar a prevenir a Covid-19?
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De Julian GOMEZ
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Investigadores europeus estudaram um género de bactérias para desenvolver vacinas contra doenças respiratórias. A equipa envolvida neste projeto de investigação europeu diz que a mesma plataforma pode ser aplicada para desenvolver uma vacina contra a Covid-19

Os investigadores europeus do Centro de Regulação Genómica de Barcelona trabalham há vários anos em vacinas sintéticas que podem agora ser aplicadas para, eventualmente, travar o coronavírus.

Os investigadores estudaram um género de bactérias chamado mycoplasma para desenvolver vacinas contra doenças respiratórias, primeiro em animais e depois em humanos. A equipa envolvida neste projeto de investigação europeu diz que a mesma plataforma pode agora ser aplicada para eventualmente desenvolver uma vacina contra a Covid-19 - utilizando as proteínas do coronavírus como antígenos.

María Lluch-Senar, biotecnologista do Centro de Regulação Genómica, explicou-nos o processo.

euronews

"Uma das estratégias é utilizar as proteínas desses vírus como vacinas para treinar o nosso sistema imunitário a produzir anticorpos. É a isto que chamamos "vacinas recombinantes". Assim, quando o vírus aparecer, o sistema imunitário será capaz de bloquear o vírus e eliminá-lo. Mas os desafios são enormes. Trata-se de um processo longo e dispendioso. E, por vezes, não se trata apenas de uma proteína do vírus, mas de muitas diferentes".

As bactérias sintéticas não patogénicas criadas no centro de investigalção de Barcelona foram concebidas para estimular as respostas dos sistemas imunitários dos animais.

Luis Serrano, diretor do Centro de Regulação Genómica e coordenador em Espanha do projeto europeu MYCOSYNVAC, sublinha que uma vez compreendido e criado um organismo, a linguagem universal do ADN permite encontrar formas de novas aplicações biológicas.

euronews

"Temos sido capazes de criar anticorpos.Conseguimos criar moléculas que estimulam o sistema imunitário. Também conseguimos criar enzimas. Podemos matar outras bactérias. Podemos até matar bactérias que infectam os pulmões humanos. Agora, a ideia é sermos capazes de criar proteínas do coronavírus nessas mesmas bactérias. Essas proteínas podem eventualmente ligar-se às células humanas do pulmão e bloquear a entrada do vírus nas células humanas".

Para transformar as bactérias num aliado dos sistemas imunitários, é preciso primeiro disfarçá-las dentro do corpo. Isso é feito através da modificação do genoma da bactéria. Para isso, os cientistas em Bordéus trabalham com levedura.

Yonathan Arfi é microbiologista INRAE , um dos mais prestigiados institutos de investigação sobre agricultura, alimentação e ambiente.

euronews

"Com a bactéria mycoplasma pneumonie não temos muitas ferramentas para produzir o genoma modificado e por isso utilizamos levedura. Dentro da levedura, temos muitas ferramentas que nos permitem modificar o genoma. Somos capazes de remover os genes maus e de inserir aquele que queremos manter. A levedura vai construir, usando a nossa orientação, um novo genoma, a que chamamos

um genoma sintético que basicamente só tem as partes boas que queremos para a nossa vacina".

Em relação à Covid-19, os cientistas pensam que os conhecimentos em biologia sintética poderão eventualmente produzir resultados significativos em certas linhas de investigação. Mas os resultados só estarão disponíviveis no final de 2021.

* Imagens de drones: cortesia Biofaction

Drone pictures courtesy of Biofaction.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia