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A hist\u00f3rica cidade alem\u00e3 de Dresden foi a eleita para debater como a IA nos pode ajudar a viajar de volta ao ado das grandes cidades do Velho Continente, num encontro que serviu tamb\u00e9m para discutir orienta\u00e7\u00f5es para o futuro. O objetivo a por ajudar-nos a navegar por 5.000 anos de hist\u00f3ria europeia com o apoio de ferramentas digitais, intelig\u00eancia artificial e mundos virtuais. Segundo os investigadores, os desafios s\u00e3o enormes. \u0022O processo de digitaliza\u00e7\u00e3o deve tornar-se mais r\u00e1pido e mais barato, para que grandes quantidades de material possam ser digitalizadas. O segundo grande desafio que enfrentamos \u00e9 o que fazer com as imagens que obtemos\u0022, afirma Thomas Aigner, presidente do Centro Internacional de Pesquisa de Arquivos, questionando: \u0022Como podemos converter as imagens contidas nas informa\u00e7\u00f5es em informa\u00e7\u00f5es digitais? 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Portanto, o utilizador est\u00e1 de certa forma a construir uma corrente de conhecimento \u00e0 qual toda a sociedade tamb\u00e9m pode recorrer\u0022, nota Dorit Chuvos, da Universidade de Veneza. At\u00e9 ao momento, cerca de 400 institui\u00e7\u00f5es aderiram \u00e0 iniciativa. Viagens virtuais no tempo j\u00e1 s\u00e3o poss\u00edveis em pequenas cidades como Sion, na Su\u00ed\u00e7a, mas tamb\u00e9m em Amsterd\u00e3o (Holanda), Viena (\u00c1ustria), Budapeste (Hungria), Veneza (It\u00e1lia) ou Paris (Fran\u00e7a). 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Futuris: Uma viagem virtual no tempo pelo património cultural europeu

Em parceria comThe European Commission
Futuris: Uma viagem virtual no tempo pelo património cultural europeu
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De João Paulo GodinhoJulian Lopez Gomez
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Investigadores europeus uniram-se em torno das tecnologias do futuro para resgatar a herança cultural europeia na iniciativa Máquina do Tempo.

A inteligência artificial (IA) está presente em cada vez mais domínios das nossas vidas e promete moldar profundamente o nosso futuro comum, mas é agora também uma arma para a reconstituição do ado e do património cultural da Europa.

É essa a esperança de cientistas informáticos, historiadores, arquivistas e gestores de património de diversas nacionalidades, que combinaram esforços na iniciativa Máquina do Tempo.

A histórica cidade alemã de Dresden foi a eleita para debater como a IA nos pode ajudar a viajar de volta ao ado das grandes cidades do Velho Continente, num encontro que serviu também para discutir orientações para o futuro.

O objetivo a por ajudar-nos a navegar por 5.000 anos de história europeia com o apoio de ferramentas digitais, inteligência artificial e mundos virtuais. Segundo os investigadores, os desafios são enormes.

"O processo de digitalização deve tornar-se mais rápido e mais barato, para que grandes quantidades de material possam ser digitalizadas. O segundo grande desafio que enfrentamos é o que fazer com as imagens que obtemos", afirma Thomas Aigner, presidente do Centro Internacional de Pesquisa de Arquivos, questionando: "Como podemos converter as imagens contidas nas informações em informações digitais? E, por exemplo, como podemos converter automaticamente manuscritos difíceis dos séculos XVI, XVII ou da Idade Média em textos que podem ser processados posteriormente?"

Soluções digitais para trabalhar a informação do ado

As soluções chegam com a ajuda da IA, geralmente na forma de métodos de reconhecimento de textos manuscritos e imagens, que ajudam a alimentar o que os investigadores definem como a "Grande Informação do ado".

De acordo com Julia Noordegraaf, professora de Património Digital da Universidade de Amesterdão, "o poder da inteligência artificial é a ampliação da pesquisa", com a tecnologia a trabalhar sobre testamentos e outro tipo de descrições feitas pelos habitantes da cidade nos últimos 400 anos.

"No ado, teria realmente de mergulhar na leitura de todos esses documentos manuscritos. Agora, os arquivos da cidade utilizam softwares de reconhecimento manuscrito que transcrevem automaticamente manuscritos e notas, o que nos permite desenhar todos os objetos, pessoas e eventos nesses dados", observa.

Os investigadores esperam que as ferramentas ajudem os europeus não apenas a aprender sobre o seu ado, mas também a aumentar o seu sentimento de pertença a uma história cheia de diferenças, mas com uma raiz comum.

Para o cientista informático Frédéric Kaplan, da École Polytechnique Fédérale de Lausanne, a história local, familiar e até individual são tão relevantes quanto a 'Grande Informação do ado' e que são elas que atestam a riqueza do contexto histórico.

"Por um lado, há a história oficial. Mas existem também todas as outras histórias: a história da sua rua, a história da sua família... E essas outras histórias também são tão importantes quanto a 'grande história'. Todas essas histórias diferentes se misturam nesta ‘Grande Informação do ado’, que é capaz de interconectá-las e que permite reconstruir essa complexidade do contexto histórico", declara.

Do uso académico à aplicação no turismo

Os dados interativos, de acordo com os investigadores, estão a ser projetados para ajudar académicos e indústrias, mas também cidadãos e turistas a descobrirem, explorarem e analisarem dados do nosso ado comum na Europa.

"Antes de partir, um turista pode usar esta aplicação para preparar a sua viagem. Depois visita a cidade e, ao voltar, pode fazer o das suas próprias fotos, partilhando-as para que outros possam usar. Portanto, o utilizador está de certa forma a construir uma corrente de conhecimento à qual toda a sociedade também pode recorrer", nota Dorit Chuvos, da Universidade de Veneza.

Até ao momento, cerca de 400 instituições aderiram à iniciativa. Viagens virtuais no tempo já são possíveis em pequenas cidades como Sion, na Suíça, mas também em Amsterdão (Holanda), Viena (Áustria), Budapeste (Hungria), Veneza (Itália) ou Paris (França).

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