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Ready to moving to #mektory #space center of #Tallinn to film next space magazine on #cubesats, on euronews pic.twitter.com/pJIHFbg80L— claudio rosmino (claudiorosmino) 8 Janvier 2016 Falamos de sat\u00e9lites que cabem na palma da m\u00e3o e que podem pesar de um a dez quilos. Os componentes utilizados baseiam-se nos equipamentos j\u00e1 existentes, o que reduz os custos num processo que leva o seu tempo. Segundo Vihmand, \u201cdemora-se tr\u00eas anos da elabora\u00e7\u00e3o do projeto at\u00e9 \u00e0 concretiza\u00e7\u00e3o do sat\u00e9lite. 80% do tempo \u00e9 gasto em reuni\u00f5es e no trabalho ao computador. Depois, na produ\u00e7\u00e3o da pe\u00e7a final que vai para o espa\u00e7o, e que \u00e9 montada pelas m\u00e1quinas, basta um minuto para juntar todos os componentes.\u201d Na verdade, os elementos que comp\u00f5em um cubesat podem ser obtidos atrav\u00e9s de uma impressora 3D ou adquiridos na Internet. 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O gigantesco mundo dos nanossatélites

O gigantesco mundo dos nanossatélites
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Os nanossatélites são pequenos cubos que prometem determinar o futuro da exploração espacial, desde as incursões a Marte até à observação de

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Os nanossatélites são pequenos cubos que prometem determinar o futuro da exploração espacial, desde as incursões a Marte até à observação de asteróides potencialmente perigosos para a Terra. No Centro Espacial Mektory de Tallin, na Estónia, um grupo de estudantes está precisamente a construir um destes concentrados de tecnologia.

Também conhecidos como cubesats, os nanossatélites abrem um sem número de possibilidades na aventura espacial. Daí que o seu desenvolvimento desperte o interesse tanto das grandes agências espaciais, como das universidades, como esta na capital estoniana, que integra o centro de inovação Mektory.

“Nunca imaginei que um dia pudesse participar na construção de um satélite. Sempre achei que só a NASA o fazia. E agora é o que estou a fazer na minha universidade”, afirma Marta Hang, aluna do Programa Cubesat.

Este programa universitário internacional para o desenvolvimento de nanossatélites reúne estudantes, professores, plataformas tecnológicas e a indústria espacial. O objetivo é formar futuros especialistas deste setor. Para isso, nada melhor do que participar numa missão espacial. “Estamos a desenvolver uma unidade de um satélite em forma de cubo para deteção remota, ou seja captar imagens da Terra”, explica Mart Vihmand, diretor do Merkory.

Ready to moving to #mektory#space center of #Tallinn to film next space magazine on #cubesats, on euronews</a> <a href="https://t.co/pJIHFbg80L">pic.twitter.com/pJIHFbg80L</a></p>&mdash; claudio rosmino (claudiorosmino) 8 Janvier 2016

Falamos de satélites que cabem na palma da mão e que podem pesar de um a dez quilos. Os componentes utilizados baseiam-se nos equipamentos já existentes, o que reduz os custos num processo que leva o seu tempo. Segundo Vihmand, “demora-se três anos da elaboração do projeto até à concretização do satélite. 80% do tempo é gasto em reuniões e no trabalho ao computador. Depois, na produção da peça final que vai para o espaço, e que é montada pelas máquinas, basta um minuto para juntar todos os componentes.”

Na verdade, os elementos que compõem um cubesat podem ser obtidos através de uma impressora 3D ou adquiridos na Internet.

A Agência Espacial Europeia (ESA) pretende utilizar esta nanotecnologia nas futuras etapas da exploração do sistema solar. É Roger Walker quem está a coordenar o desenvolvimento dos nanossatélites no seio da ESA. “Ao longo do tempo, os computadores foram encolhendo. Há algumas décadas, um computador podia ocupar o espaço de uma sala. Agora reduz-se a um telemóvel. No setor espacial temos satélites, que antes tinham a dimensão de uma máquina de lavar roupa, que são agora do tamanho de uma caixa de sapatos”, salienta.

Os cubesats podem ser utilizados com várias finalidades: podem testar tecnologias em órbita a custos reduzidos, conduzir observações espaciais ou tirar medidas. Walker afirma que possuem “todas as funcionalidades que um satélite tem. Os painéis solares que integram permitem gerar energia, distribuí-la internamente, comunicar com a base na Terra, conduzir experiências e transmitir os dados obtidos.”

Em Noordwijk, na Holanda, a agência europeia testa o QARMAN, um nanossatélite de estudo de novas tecnologias de reentrada na atmosfera. Mas os objetivos vão ainda mais longe: planeia-se uma missão conjunta com a NASA na qual estes satélites poderão ajudar a neutralizar asteróides em rota de colisão com a Terra.

“Estamos a estudar os cubesats para fins científicos e exploratórios e uma das missões planeadas consiste exatamente em nos colocarmos às cavalitas de um asteróide. Os satélites seriam então lançados para fornecer dados sobre esse asteróide antes de a nave da NASA o intercetar”, declara Walker.

Outra vantagem óbvia é a redução considerável das dimensões do lixo espacial. O processo de miniaturização de componentes não pára de surpreender e, nos próximos anos, as missões previstas à Lua e a Marte já contam com os nanossatélites.

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