Em causa paralisações convocadas, por diferentes sindicatos, desde esta quarta-feira até 14 de maio. Mas, de acordo com a - Comboios de Portugal, prevê-se um "especial impacto" entre os dias 7 e 13 de maio.
Até ao próximo dia 14 de maio, a circulação de comboios em Portugal poderá sofrer perturbações, na sequência de várias greves convocadas, por diferentes sindicatos, com início a partir desta quarta-feira, dia 7.
Paralisações que prometem afetar a vida de muitos cidadãos e trabalhadores portugueses, mas também de turistas estrangeiros, que com o aproximar da época de verão começam, cada vez mais, a colocar o país na sua lista de destinos a visitar.
Seja qual for o seu caso, importa ter em conta que, nos dias 7 e 8 de maio, sentir-se-á o impacto da greve convocada por várias organizações sindicais (ASCEF, ASSIFECO, FECTRANS, FENTCOP, SINAFE, SINDEFER, SINFA, SINFB, SINTTI, SIOFA, SNAQ, SNTSF, STF e STMEFE). Sendo que, a partir de domingo, e até quarta-feira, será a vez da paralisação organizada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI).
Acresce a isto o facto de, durante todos estes dias, estarem em curso várias paralisações, de diferentes formatos, promovidas pelo SMAQ (Sindicato dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses), que vigorarão durante um período total de uma semana.
Tendo em conta estas convocatórias, a - Comboios de Portugal alerta, em comunicado, que estão previstas "fortes perturbações na circulação, com especial impacto entre os dias 7 e 13 de maio".
Até porque, detalha a mesma entidade, "não foram definidos serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral", pelo que "a não garante a circulação de comboios sobretudo nos dias 7, 8 e 9 de maio".
Algo que já a ser sentido na manhã desta quarta-feira. De acordo com o balanço feito pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS), aqui citado pela agência Lusa, a circulação de comboios está atualmente parada em todo o país, registando-se uma adesão de 100% à greve de trabalhadores convocada por várias organizações sindicais para o dia de hoje.
Em comunicado, a FECTRANS tinha já justificado, anteriormente, a necessidade de levar a cabo esta paralisação depois de as organizações sindicais não terem aceitado uma "imposição do aumento salarial inferior ao do salário mínimo nacional", que está em negociação. E, ainda, pelo facto de, posteriormente, "terem dado acordo à última proposta apresentada pela istração da empresa" nesse sentido, mas depois terem sido informados, pelo presidente da , "que não o podia implementar por falta de autorização do Governo", justificando-o com o facto de o executivo estar em gestão.
Uma tese que é, igualmente, ecoada pelo Sindicato dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses: "A tutela continua a refugiar-se no argumento de 'estar em gestão' para não aplicar o acordo estabelecido para a reestruturação das tabelas salariais, cujo objetivo é a recuperação do poder de compra perdido pelos trabalhadores da em relação ao salário mínimo e a aproximação dos seus salários ao praticado noutras empresas do setor ferroviário em Portugal."
O que fazer se já tiver comprado bilhete?
No aviso publicado no seu site, a propósito destas paralisações, a - Comboios de Portugal informa que quem já tiver adquirido bilhetes para viajar nestes dias poderá pedir um reembolso, "no valor total do bilhete adquirido". Ou, eventualmente, requerer a "troca gratuita para outro comboio da mesma categoria e na mesma classe".
Em causa uma política que abrange os comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional - excluindo, portanto, os comboios Urbanos.
O pedido de reembolso, ou troca, de viagens compradas na Bilheteira Online da - ou na aplicação móvel da empresa de transporte ferroviário - pode ser feito através do portal "my", na área “Os seus bilhetes”. Mas, para tal, deve submetê-lo até aos 15 minutos que antecedem a partida do comboio da estação onde teria início a sua viagem.
No entanto, poderá também receber a compensação devida nas bilheteiras da espalhadas por todo o país.
"ado este prazo, e até 10 dias após terminada a greve, pode ser pedido o reembolso através do preenchimento do formulário de o online 'Reembolso por Atraso ou Supressão', com o envio da digitalização do original do bilhete", nota ainda a empresa.