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Alemanha assinala o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald

Flores sobre uma placa comemorativa do antigo campo de concentração de Buchenwald para assinalar o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, 6 de abril de 2025
Flores sobre uma placa comemorativa do antigo campo de concentração de Buchenwald para assinalar o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, 6 de abril de 2025 Direitos de autor Bodo Schackow/(c) Copyright 2025, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
Direitos de autor Bodo Schackow/(c) Copyright 2025, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
De Malek Fouda com AP
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O antigo presidente alemão Christian Wulff participou no evento do 80º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Buchenwald, no domingo.

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A Alemanha assinalou, no domingo, o 80º aniversário da libertação do campo de concentração nazi de Buchenwald, com um dos antigos presidentes do país a alertar para a "radicalização e a viragem mundial para a direita".

O governador do estado da Turíngia, Mario Voigt, e o antigo presidente alemão Christian Wulff discursaram numa cerimónia na cidade de Weimar, perto de Buchenwald, que contou com a presença de dezenas de pessoas, incluindo vários sobreviventes do Holocausto de toda a Europa.

Voigt classificou o campo de concentração como um "local de desumanização sistemática" e afirmou que tudo o que aconteceu no campo de extermínio foi "concebido para quebrar o espírito e a dignidade humana".

O campo de concentração de Buchenwald foi criado em 1937. Mais de 55.000 dos quase 300 mil detidos no campo e seus satélites foram assassinados pelos nazis ou morreram de fome ou em resultado de experiências médicas antes da libertação do campo, a 11 de abril de 1945.

No período que antecedeu a cerimónia, as autoridades israelitas opam-se ao discurso de comemoração do filósofo Omri Boehm, neto de um sobrevivente do Holocausto e conhecido crítico do governo israelita e das suas ações em Gaza, o que levou os organizadores a retirarem o convite.

O antigo presidente alemão Christian Wulff discursa na cerimónia que assinala o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, no domingo.
O antigo presidente alemão Christian Wulff discursa na cerimónia que assinala o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, no domingo. Bodo Schackow/(c) Copyright 2025, dpa (www.dpa.de)

Wulff lançou um aviso sobre a atual situação política global e a mudança para a direita na política que tem vindo mudar o panorama da Europa e de grande parte do mundo, comparando-o à era nazi.

"Devido à brutalização e radicalização e a uma mudança mundial para a direita, posso agora - e isto deixa-me inquieto - imaginar mais claramente como isto poderia ter acontecido naquela época", disse Wulff referindo-se aos desenvolvimentos que levaram à consolidação do poder nazi.

Wulff apelou a um compromisso ativo com a democracia e na preservação da humanidade. "Temos uma responsabilidade permanente, contínua e eterna, porque não podemos permitir que o mal volte a prevalecer".

O ex-presidente alemão criticou o aumento do sentimento anti-imigração, defendido pelo partido de extrema-direita AfD, e disse que aqueles que "banalizam" o partido "estão a ignorar o facto de que a ideologia da Alternativa para a Alemanha está a criar um terreno fértil para que as pessoas se sintam desconfortáveis na Alemanha e que estão realmente em perigo".

Naftali Fürst discursa na cerimónia de colocação de coroas de flores para assinalar o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, 6 de abril.
Naftali Fürst discursa na cerimónia de colocação de coroas de flores para assinalar o 80º aniversário da libertação do campo de concentração de Buchenwald, 6 de abril.Bodo Schackow/(c) Copyright 2025, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten

Naftali Fürst, de 92 anos, sobrevivente do Holocausto, discursou na cerimónia de colocação de coroas de flores realizada na antiga área do campo. Entre os 9 e os 12 anos esteve em quatro campos de concentração diferentes, incluindo o infame Auschwitz.

"Neste momento, já somos muito poucos. Em breve, aremos definitivamente o testemunho da memória para vós. Ao fazê-lo, estamos a confiar-vos uma responsabilidade histórica", disse Fürst dirigindo-se ao número cada vez menor de sobreviventes do Holocausto.

"Lembrem-se, em nosso nome, do que aprenderam connosco. Porque vocês são as testemunhas das testemunhas", acrescentou.

"Continuem a regressar a este lugar, a Buchenwald, onde a civilização foi reduzida a zero. Permaneçam vigilantes em nosso nome e em memória de nós", acrescentou.

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