O jihadista já está a cumprir uma pena de prisão perpétua pelo atentado contra o Museu Judaico de Bruxelas, em 2014.
Mehdi Nemmouche foi considerado culpado, na sexta-feira, de ter mantido reféns ocidentais e sírios ao serviço do grupo Estado Islâmico na Síria, entre 2013 e 2014. O Tribunal Especial de Paris condenou-o a prisão perpétua, com um período máximo de segurança de 22 anos. Isto significa que não poderá requerer a libertação antecipada durante este período.
O jihadista já está a cumprir uma pena de prisão perpétua pelo atentado contra o Museu Judaico de Bruxelas, em 2014. Matou quatro pessoas a tiro.
Durante o julgamento, vários ex-reféns ses contaram o horror dos dez meses que aram nas prisões do grupo Estado Islâmico, onde milhares de sírios foram torturados até à morte "dia e noite".
Antes do veredito, Mehdi Nemmouche afirmou: "Foi através do terrorismo que o povo sírio se libertou da ditadura e, sim, eu era um terrorista e nunca pedirei desculpa por isso, não me arrependo de um dia, nem de uma hora, nem de um ato".
Afirma ter lutado pelo grupo jihadista, mas nunca ter feito reféns ocidentais. Os quatro jornalistas ses que testemunharam durante o julgamento - Didier François, Edouard Elias, Nicolas Hénin e Pierre Torres - identificaram-no formalmente.
Duas outras pessoas foram julgadas. Abdelmalek Tanem foi condenado a 22 anos de prisão com um período de segurança de dois terços. O sírio Kaïs al-Abdallah, identificado como o número dois do EI em Raqqa, foi condenado a 20 anos de prisão.