{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/03/18/investimento-na-siria-e-necessario-para-evitar-novas-vagas-migratorias-diz-chefe-da-oim" }, "headline": "Investimento na S\u00edria \u00e9 necess\u00e1rio para evitar novas vagas migrat\u00f3rias, diz chefe da OIM", "description": "As discuss\u00f5es sobre o regresso dos refugiados s\u00edrios n\u00e3o devem ser feitas \u201cisoladamente\u201d do contexto econ\u00f3mico e pol\u00edtico mais abrangente, disse \u00e0 Euronews a diretora-geral da ag\u00eancia de migra\u00e7\u00f5es da ONU.", "articleBody": "Os Estados devem investir na transi\u00e7\u00e3o na S\u00edria, na sequ\u00eancia da queda do regime de Bashar al-Assad, sob pena de poderem enfrentar futuras vagas migrat\u00f3rias, afirmou a diretora-geral da Organiza\u00e7\u00e3o Internacional das Migra\u00e7\u00f5es (OIM), em entrevista \u00e0 Euronews.\u0022Estamos a encorajar os Estados a investir realmente neste processo de constru\u00e7\u00e3o da paz, a investir na revitaliza\u00e7\u00e3o da S\u00edria, a investir na assist\u00eancia humanit\u00e1ria\u0022, disse a diretora-geral da entidade, Amy Pope, \u00e0 Euronews, na segunda-feira, dia em que os ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da UE se reuniram com o seu hom\u00f3logo s\u00edrio na nona edi\u00e7\u00e3o da confer\u00eancia de doadores da UE para a S\u00edria.A Uni\u00e3o Europeia anunciou quase 2,5 mil milh\u00f5es de euros em apoio adicional aos s\u00edrios durante a confer\u00eancia, com o total de donativos da UE e de doadores parceiros a atingir os 5,8 mil milh\u00f5es de euros.\u0022Se as pessoas regressam a casa e s\u00e3o sujeitas a viol\u00eancia ou n\u00e3o se sentem seguras, ou n\u00e3o t\u00eam um futuro, ent\u00e3o voltam a emigrar\u0022, acrescentou Pope.\u0022O nosso objetivo \u00e9 garantir que a conversa que os Estados est\u00e3o a ter sobre o regresso dos cidad\u00e3os s\u00edrios n\u00e3o \u00e9 feita de forma isolada\u0022, explicou, acrescentando: \u0022Ou seja, que est\u00e3o a ser feitas no contexto do investimento que \u00e9 necess\u00e1rio neste momento, n\u00e3o apenas em termos de investimento financeiro, mas tamb\u00e9m em termos de investimento pol\u00edtico no caminho a seguir\u201d.Na sequ\u00eancia da queda de Bashar al-Assad, pelo menos 14 Estados-membros da UE - incluindo a Alemanha, Fran\u00e7a e It\u00e1lia - suspenderam o tratamento de pedidos de asilo de cidad\u00e3os s\u00edrios.Alguns destes governos tamb\u00e9m indicaram que est\u00e3o a elaborar planos para facilitar o regresso volunt\u00e1rio dos refugiados, com o ministro do Interior austr\u00edaco a dar instru\u00e7\u00f5es ao seu Minist\u00e9rio para preparar o seu \u0022repatriamento ordeiro e a deporta\u00e7\u00e3o para a S\u00edria\u0022.A ideia de aumentar o n\u00famero de regressos volunt\u00e1rios \u00e0 S\u00edria j\u00e1 tinha conquistado for\u00e7a antes da queda do regime de al-Assad, \u00e0 medida que os governos de todo o bloco procuravam endurecer as suas pol\u00edticas migrat\u00f3rias.Um n\u00famero crescente de Estados-membros da UE est\u00e1 agora a ponderar as chamadas \u0022visitas explorat\u00f3rias\u0022, ou seja, breves visitas que permitiriam aos s\u00edrios regressar para avaliar as condi\u00e7\u00f5es no seu pa\u00eds, mantendo o seu estatuto de prote\u00e7\u00e3o no pa\u00eds de acolhimento.\u00c9 uma ideia que a ONU est\u00e1 a apoiar.\u201c\u00c9 \u00fatil para as pessoas voltarem e verem os desafios que podem ter ou como \u00e9 a situa\u00e7\u00e3o no terreno\u201d, disse Pope. \u201or isso, estamos a apoiar os s\u00edrios que desejam fazer isso.\u201d\u201c\u00c9 por isso que o investimento \u00e9 t\u00e3o importante [...]. Se as pessoas regressarem a casa e virem que n\u00e3o h\u00e1 l\u00e1 nada para elas e que n\u00e3o h\u00e1 assist\u00eancia humanit\u00e1ria, ou que n\u00e3o h\u00e1 investimento na reconstru\u00e7\u00e3o das suas comunidades, ent\u00e3o \u00e9 muito prov\u00e1vel que essas not\u00edcias cheguem \u00e0s comunidades s\u00edrias que est\u00e3o fora da S\u00edria e tenham o efeito de desencorajar as pessoas a regressar a casa.\u201dEm fevereiro, o Minist\u00e9rio do Interior franc\u00eas afirmou que os refugiados s\u00edrios em Fran\u00e7a poderiam em breve receber autoriza\u00e7\u00f5es especiais, v\u00e1lidas por um per\u00edodo m\u00e1ximo de tr\u00eas meses, para regressarem ao pa\u00eds para as chamadas \u201cvisitas explorat\u00f3rias\u201d, sem perderem o seu estatuto legal.A ag\u00eancia da ONU para os refugiados concluiu que 80% dos refugiados s\u00edrios manifestaram o desejo de regressar a casa um dia, enquanto 27% t\u00eam a \u201cinten\u00e7\u00e3o imediata\u201d de regressar nos pr\u00f3ximos 12 meses. 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Investimento na Síria é necessário para evitar novas vagas migratórias, diz chefe da OIM

A nova diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), a norte-americana Amy Pope, fala durante uma conferência de imprensa, na sede europeia da ONU.
A nova diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), a norte-americana Amy Pope, fala durante uma conferência de imprensa, na sede europeia da ONU. Direitos de autor Salvatore Di Nolfi/' KEYSTONE / SALVATORE DI NOLFI
Direitos de autor Salvatore Di Nolfi/' KEYSTONE / SALVATORE DI NOLFI
De Mared Gwyn Jones
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As discussões sobre o regresso dos refugiados sírios não devem ser feitas “isoladamente” do contexto económico e político mais abrangente, disse à Euronews a diretora-geral da agência de migrações da ONU.

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Os Estados devem investir na transição na Síria, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad, sob pena de poderem enfrentar futuras vagas migratórias, afirmou a diretora-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), em entrevista à Euronews.

"Estamos a encorajar os Estados a investir realmente neste processo de construção da paz, a investir na revitalização da Síria, a investir na assistência humanitária", disse a diretora-geral da entidade, Amy Pope, à Euronews, na segunda-feira, dia em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE se reuniram com o seu homólogo sírio na nona edição da conferência de doadores da UE para a Síria.

A União Europeia anunciou quase 2,5 mil milhões de euros em apoio adicional aos sírios durante a conferência, com o total de donativos da UE e de doadores parceiros a atingir os 5,8 mil milhões de euros.

"Se as pessoas regressam a casa e são sujeitas a violência ou não se sentem seguras, ou não têm um futuro, então voltam a emigrar", acrescentou Pope.

"O nosso objetivo é garantir que a conversa que os Estados estão a ter sobre o regresso dos cidadãos sírios não é feita de forma isolada", explicou, acrescentando: "Ou seja, que estão a ser feitas no contexto do investimento que é necessário neste momento, não apenas em termos de investimento financeiro, mas também em termos de investimento político no caminho a seguir”.

Na sequência da queda de Bashar al-Assad, pelo menos 14 Estados-membros da UE - incluindo a Alemanha, França e Itália - suspenderam o tratamento de pedidos de asilo de cidadãos sírios.

Alguns destes governos também indicaram que estão a elaborar planos para facilitar o regresso voluntário dos refugiados, com o ministro do Interior austríaco a dar instruções ao seu Ministério para preparar o seu "repatriamento ordeiro e a deportação para a Síria".

A ideia de aumentar o número de regressos voluntários à Síria já tinha conquistado força antes da queda do regime de al-Assad, à medida que os governos de todo o bloco procuravam endurecer as suas políticas migratórias.

Um número crescente de Estados-membros da UE está agora a ponderar as chamadas "visitas exploratórias", ou seja, breves visitas que permitiriam aos sírios regressar para avaliar as condições no seu país, mantendo o seu estatuto de proteção no país de acolhimento.

É uma ideia que a ONU está a apoiar.

“É útil para as pessoas voltarem e verem os desafios que podem ter ou como é a situação no terreno”, disse Pope. “Por isso, estamos a apoiar os sírios que desejam fazer isso.”

É por isso que o investimento é tão importante [...]. Se as pessoas regressarem a casa e virem que não há lá nada para elas e que não há assistência humanitária, ou que não há investimento na reconstrução das suas comunidades, então é muito provável que essas notícias cheguem às comunidades sírias que estão fora da Síria e tenham o efeito de desencorajar as pessoas a regressar a casa.”

Em fevereiro, o Ministério do Interior francês afirmou que os refugiados sírios em França poderiam em breve receber autorizações especiais, válidas por um período máximo de três meses, para regressarem ao país para as chamadas “visitas exploratórias”, sem perderem o seu estatuto legal.

A agência da ONU para os refugiados concluiu que 80% dos refugiados sírios manifestaram o desejo de regressar a casa um dia, enquanto 27% têm a “intenção imediata” de regressar nos próximos 12 meses.

Cerca de 60% dos refugiados sírios afirmam, por sua vez, estar interessados em visitas de curta duração para avaliar a situação no terreno.

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