O mandado indica que qualquer polícia que encontre o presidente da Republika Srpska, entidade de maioria sérvia do país, deve prendê-lo imediatamente.
O Tribunal da Bósnia e Herzegovina emitiu um mandado de detenção nacional contra Milorad Dodik e dois outros líderes políticos, depois de o presidente da entidade Republika Srpska da Bósnia, de maioria sérvia, ter ignorado um mandado a nível local na semana ada.
Os restantes visados são o primeiro-ministro da entidade, Radovan Višković, e o presidente da Assembleia Nacional, Nenad Stevandić. O mandado indica que qualquer polícia do país que os encontre deve prendê-los imediatamente.
São todos acusados de conduta anticonstitucional. Sendo que os meios de comunicação social bósnios informam que Stevandić já deixou o país em direção à Sérvia.
Dodik ainda não reagiu ao novo mandado, mas publicou, na rede social X, que a Republika Srpska está a tomar medidas para formar a sua própria força policial fronteiriça - que deverá controlar a fronteira entre a Federação da Bósnia e Herzegovina e a Republika Srpska, as duas entidades do país.
Dodik, que já afirmou anteriormente não reconhecer a Procuradoria-Geral do país, rejeitou a validade do mandado emitido na semana ada e quaisquer tentativas de o deter, e disse também que não se deslocará a Sarajevo para ser interrogado.
Um tribunal estatal da Bósnia condenou Dodik, no final de fevereiro, por contrariar as decisões do enviado da comunidade internacional para a paz no país, Christian Schmidt, o que constitui um ato criminoso. No entanto, a sentença não é definitiva e Dodik pode recorrer da mesma.
Pouco tempo depois, Dodik introduziu novas leis destinadas a proibir o funcionamento das instituições de segurança e judiciais estatais na Republika Srpska, que engloba cerca de metade do território dos Balcãs Ocidentais.
Decisões essas que foram temporariamente suspensas pelo Tribunal Constitucional a nível estatal.
A força europeia de manutenção da paz para a Bósnia, a EUFOR, informou estar a aumentar o número de efetivos no local em resposta às tensões.