{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2025/03/12/partidos-querem-novas-eleicoes-o-mais-rapidamente-possivel" }, "headline": "Partidos querem novas elei\u00e7\u00f5es o mais rapidamente poss\u00edvel", "description": "L\u00edderes partid\u00e1rios defendem elei\u00e7\u00f5es r\u00e1pidas podendo estas em duas datas poss\u00edveis: 11 ou 18 de maio. Palavra final pertence a Marcelo Rebelo de Sousa, que realiza amanh\u00e3 o Conselho de Estado, devendo fazer o an\u00fancio oficial em breve.", "articleBody": "Ningu\u00e9m parecia querer elei\u00e7\u00f5es antecipadas, mas, a faz\u00ea-las, que seja o mais rapidamente poss\u00edvel. O presidente da Rep\u00fablica ouviu hoje os partidos com assento parlamentar em Bel\u00e9m de forma a ter todas as cartas para determinar a melhor solu\u00e7\u00e3o para o atual ime pol\u00edtico.Lu\u00eds Montenegro foi o primeiro a ser recebido. 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Sobre acordos \u00e0 esquerda e uma eventual coliga\u00e7\u00e3o pr\u00e9-eleitoral, o l\u00edder do partido Livre disse que esse tema foi \u201cfantasma lan\u00e7ado pela direita\u201d, recusando-se a apontar cen\u00e1rios. O deputado n\u00e3o recusou, no entanto, em apontar armas a Lu\u00eds Montenegro, afirmando n\u00e3o entender como \u00e9 que o ainda primeiro-ministro ser\u00e1, novamente, candidato.O secret\u00e1rio-geral do Livre disse ainda que \u00a0\u201co tempo dir\u00e1 porque \u00e9 que o primeiro-ministro rejeita cabalmente\u201d a hip\u00f3tese de ar a empresa para uma gest\u00e3o profissional e que cabe agora aos \u201ortugueses escolher o interesse do pa\u00eds contra qualquer chantagem\u201d.In\u00eas Sousa Real do partido PAN n\u00e3o fugiu \u00e0 tend\u00eancia, pedindo elei\u00e7\u00f5es antecipadas. A deputada explicou que prefere 18 de maio, para dar tempo aos partidos de se organizarem internamente.O presidente da Rep\u00fablica demonstrou \u201csensibilidade e preocupa\u00e7\u00e3o naquilo que foram os argumentos dos partidos para que o processo democr\u00e1tico interno tamb\u00e9m seja respeitado\u201d, afirmou aos jornalistas In\u00eas Sousa Real.Abertura de \u0022inqu\u00e9rito preventivo\u0022 \u00e0 empresa da fam\u00edlia do PMFace \u00e0s comunica\u00e7\u00f5es dos l\u00edderes partid\u00e1rios, e perante o hist\u00f3rico do presidente da Rep\u00fablica, a decis\u00e3o de Marcelo Rebelo de Sousa parece amplamente anunciada, mas a comunica\u00e7\u00e3o final n\u00e3o \u00e9 ainda conhecida. Al\u00e9m das reuni\u00f5es com os partidos, Marcelo tamb\u00e9m convocou o Conselho de Estado, que se realiza amanh\u00e3, pelo que uma decis\u00e3o s\u00f3 dever\u00e1 ser conhecida ap\u00f3s o encontro.A atual crise pol\u00edtica acontece ap\u00f3s o chumbo da mo\u00e7\u00e3o de confian\u00e7a ao Governo, que levou o veto de toda a oposi\u00e7\u00e3o com exce\u00e7\u00e3o da Iniciativa Liberal. A vota\u00e7\u00e3o aconteceu ap\u00f3s duas mo\u00e7\u00f5es de censura, \u00e0s quais o primeiro-ministro sobreviveu, lan\u00e7adas pelo Chega e pelo P na sequ\u00eancia da pol\u00e9mica que envolve Lu\u00eds Montenegro e a empresa da fam\u00edlia, Spinumviva. O caso levantou d\u00favidas\u00a0sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos p\u00fablicos e pol\u00edticos.Esta quarta-feira ficou a saber-se que o Minist\u00e9rio P\u00fablico abriu uma \u0022averigua\u00e7\u00e3o preventiva\u0022 relativa \u00e0 empresa\u00a0da fam\u00edlia do primeiro-ministro, cujo o prop\u00f3sito \u00e9 avaliar se existem elementos que justifiquem a abertura de um inqu\u00e9rito. 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Partidos querem novas eleições o mais rapidamente possível

O primeiro-ministro português Luís Montenegro, segundo à direita, gesticula durante um debate que precede a votação de uma moção de confiança no Parlamento português, em Lisboa
O primeiro-ministro português Luís Montenegro, segundo à direita, gesticula durante um debate que precede a votação de uma moção de confiança no Parlamento português, em Lisboa Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
De Diana Rosa Rodrigues
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Líderes partidários defendem eleições rápidas podendo estas em duas datas possíveis: 11 ou 18 de maio. Palavra final pertence a Marcelo Rebelo de Sousa, que realiza amanhã o Conselho de Estado, devendo fazer o anúncio oficial em breve.

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Ninguém parecia querer eleições antecipadas, mas, a fazê-las, que seja o mais rapidamente possível. O presidente da República ouviu hoje os partidos com assento parlamentar em Belém de forma a ter todas as cartas para determinar a melhor solução para o atual ime político.

Luís Montenegro foi o primeiro a ser recebido. O primeiro-ministro defendeu a realização de eleições junto do presidente da República que “devem ocorrer rapidamente”. Reconheceu que o “país vive uma situação complicada” e que, “não sendo um cenário desejável”, afirmou que o país não irá registar qualquer “perturbação no funcionamento”, nomeadamente na execução do PRR.

O Conselho Nacional do PSD reúne-se na quarta-feira à noite para analisar a situação política.

Seguiu-se Pedro Nuno Santos. O líder do maior partido da oposição afirmou que, apesar de não ser o cenário desejável, a realização de eleições "é a única forma que temos para clarificar a situação política em Portugal” e que o ato eleitoral deve ser visto como uma “oportunidade para desbloquear a situação de crise política em que nós estamos e iniciarmos uma nova fase da vida política em Portugal” com “confiança no Governo e no primeiro-ministro”.

Chega culpa o Governo mas está pronto para um acordo pós-eleitoral - sem Montenegro

Também a terceira maior força política no parlamento defendeu a realização de eleições e está confiante que é esse também o entendimento do presidente da República.

“Estou convencido também de que teremos esta quinta-feira um anúncio da dissolução do Parlamento e a marcação de eleições para o dia 11 de maio. Acho que isto - a 99% - é o que vai acontecer”, afirmou André Ventura, após o encontro com Marcelo Rebelo de Sousa.

O líder do Chega diz que o partido até está disponível para um acordo pós-eleitoral com o PSD, mas apenas de Luís Montenegro estiver fora da equação.

"A Luís Montenegro é um 'não é não' e não é nenhuma retaliação. É porque, nestas circunstâncias, é impossível haver confiança neste primeiro-ministro para poder governar", afirmou.

Também a Iniciativa liberal defendeu a realização de eleições antecipadas “tão depressa quanto possível", sublinhando a data de 11 de maio para a realização do escrutínio.  Rui Rocha garantiu que o partido irá a eleições sozinho e “com uma campanha ambiciosa”.

Ainda à direita, o CDS-PP, partido que compõe a coligação governamental, concorda com 11 e 18 de maio, ainda que com uma ligeira preferência pela segunda data devido às peregrinações do 13 de maio. Nuno Melo disse que o partido tudo fará para “o bom governo, que caiu, seja reconduzido”, tentando, nas ruas “conseguir justiça perante uma crise política escusada”. O líder do CDS e atual ministro da Defesa atira as culpas da atual situação para os partidos da oposição, principalmente o PS de Pedro Nuno Santos.

Esquerda defende eleições antecipadas e espera sair reforçada

Mariana Mortágua defende que as eleições devem ser realizadas o mais rapidamente possível, mas, ao contrário do que avançaram alguns líderes, defende o dia 18 de maio, alegando razões istrativas. “Achamos dia 18 de maio mais razoável para haver tempo para cumprir as obrigações legais”, principalmente para os partidos mais pequenos.

A líder do Bloco de Esquerda quer ultraar o “ruído” que se prevê que exista durante a campanha eleitoral e “aproveitar as eleições para discutir problemas importantes, como a habitação, questões do trabalho e saúde”. Mariana Mortágua reconhece que será uma “campanha difícil”, mas diz-se “esperançosa e confiante que a esquerda possa sair reforçada.

Sobre uma eventual aliança pós-eleitoral com o PS, o Bloco de Esquerda descartou estabelecer cenários, mas disse que o partido nunca “faltou a nenhum diálogo”.

Paulo Raimundo, secretário-geral do P disse “acompanhar o calendário” que Marcelo já tinha antecipado para as eleições, referindo os dias 11 e 18 de maio, sem revelar uma preferência.

Em resposta às questões sobre possíveis alianças à esquerda, o líder comunista disse que “quem decide é o povo” e que só haverá solução “quanto mais força tiver o P”. 

Na saída da reunião, Rui Tavares, declarou que prefere o dia 11 de maio para a data das eleições. Sobre acordos à esquerda e uma eventual coligação pré-eleitoral, o líder do partido Livre disse que esse tema foi “fantasma lançado pela direita”, recusando-se a apontar cenários. O deputado não recusou, no entanto, em apontar armas a Luís Montenegro, afirmando não entender como é que o ainda primeiro-ministro será, novamente, candidato.

O secretário-geral do Livre disse ainda que  “o tempo dirá porque é que o primeiro-ministro rejeita cabalmente” a hipótese de ar a empresa para uma gestão profissional e que cabe agora aos “portugueses escolher o interesse do país contra qualquer chantagem”.

Inês Sousa Real do partido PAN não fugiu à tendência, pedindo eleições antecipadas. A deputada explicou que prefere 18 de maio, para dar tempo aos partidos de se organizarem internamente.

O presidente da República demonstrou “sensibilidade e preocupação naquilo que foram os argumentos dos partidos para que o processo democrático interno também seja respeitado”, afirmou aos jornalistas Inês Sousa Real.*

Abertura de "inquérito preventivo" à empresa da família do PM

Face às comunicações dos líderes partidários, e perante o histórico do presidente da República, a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa parece amplamente anunciada, mas a comunicação final não é ainda conhecida. Além das reuniões com os partidos, Marcelo também convocou o Conselho de Estado, que se realiza amanhã, pelo que uma decisão só deverá ser conhecida após o encontro.

A atual crise política acontece após o chumbo da moção de confiança ao Governo, que levou o veto de toda a oposição com exceção da Iniciativa Liberal. A votação aconteceu após duas moções de censura, às quais o primeiro-ministro sobreviveu, lançadas pelo Chega e pelo P na sequência da polémica que envolve Luís Montenegro e a empresa da família, Spinumviva. O caso levantou dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.

Esta quarta-feira ficou a saber-se que o Ministério Público abriu uma "averiguação preventiva" relativa à empresa da família do primeiro-ministro, cujo o propósito é avaliar se existem elementos que justifiquem a abertura de um inquérito. Segundo explicou hoje o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, chegaram à Procuradoria-geral três queixas relativas à empresa mas ,“dos elementos que recolhemos até agora, não há fundamento para abrir qualquer inquérito".

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