O Parlamento Europeu aprovou na segunda-feira, 10 de março, a criação de novos gabinetes na Moldova e na Albânia, numa tentativa de reforçar a sua presença na Europa de Leste.
O Parlamento Europeu aprovou, na segunda-feira (10 de março), a criação de novos gabinetes de ligação na Moldova e na Albânia, no meio de preocupações de que a guerra na Ucrânia esteja a enfraquecer os laços da UE com a Europa de Leste, de acordo com um documento obtido pela Euronews e fontes familiarizadas com o assunto.
A Mesa, um órgão istrativo do Parlamento Europeu, "tomou nota do facto de que, devido à guerra de agressão em curso contra a Ucrânia, se revelou difícil cobrir a Moldova e os outros países da Parceria Oriental a partir do gabinete da antena a ser estabelecido em Kiev, e que teriam de ser consideradas soluções alternativas", lê-se no documento.
A criação de novos gabinetes segue-se a uma reforma geral da "Direção-Geral das Parcerias Parlamentares para a Democracia" do Parlamento Europeu, que já aprovou a criação de um novo gabinete em Kiev, a capital da Ucrânia.
Uma fonte familiarizada com o assunto disse à Euronews que o gabinete de Kiev deverá ser inaugurado na primavera deste ano.
O Parlamento Europeu tem gabinetes de ligação em toda a UE e alguns em países terceiros para fins estratégicos.
Por exemplo, o Parlamento Europeu tem "três antenas operacionais localizadas em Nova Iorque para as relações com as Nações Unidas, em Jacarta para as relações com a Associação das Nações do Sudeste Asiático e em Adis Abeba para as relações com a União Africana", lê-se no documento, estando também em curso um novo gabinete no Panamá para gerir as relações com a América Latina.
Os novos gabinetes das antenas em Chisinau e Tirana têm como objetivo impulsionar as relações com a UE, apoiando os parlamentos locais, a sociedade civil e o processo de adesão à UE, ao mesmo tempo que aumentam a visibilidade das actividades e posições do Parlamento, em particular no que se refere ao alargamento da UE, refere o documento.
O Parlamento Europeu não tem competências diretas em matéria de assuntos externos, que estão principalmente nas mãos da Comissão e do Conselho.
No entanto, estes novos gabinetes terão como principal objetivo colocar a instituição mais próxima dos processos de alargamento, disse à Euronews uma fonte familiarizada com o assunto.
A UE, no seu conjunto, tem gabinetes em muitos países do mundo, sob a gestão do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), que continua a ser a principal voz da UE fora do bloco.