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Procuradores romenos acusam Georgescu de seis crimes num caso que abala o país

O político ultranacionalista romeno Calin Georgescu acena a apoiantes reunidos para um protesto diante do parlamento romeno em Bucareste, 22 de fevereiro de 2025
O político ultranacionalista romeno Calin Georgescu acena a apoiantes reunidos para um protesto diante do parlamento romeno em Bucareste, 22 de fevereiro de 2025 Direitos de autor AP Photo
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De Aleksandar BrezarEuronews Romania
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O político ultranacionalista romeno foi detido pela polícia na quarta-feira para ser interrogado sobre fontes de financiamento falsas e informações enganosas na sua última campanha.

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Os procuradores romenos abriram um processo criminal contra o político ultranacionalista e candidato às eleições presidenciais de 2024, Călin Georgescu, por seis acusações, incluindo atos inconstitucionais e falsas declarações financeiras, avançaram as autoridades esta quarta-feira.

As acusações também giram em torno do seu apoio a simpatizantes da Guarda de Ferro, um movimento e partido político fascista e antissemita anterior à Segunda Guerra Mundial, algo que é ilegal ao abrigo da lei romena.

Georgescu está, assim, proibido de sair do país e não está autorizado a criar novas contas nas redes sociais para além das que já possui, segundo fontes da Euronews Roménia.

Esta quarta-feira, Georgescu tinha sido detido por agentes da polícia quando seguia no trânsito e foi levado, depois, para a Procuradoria-Geral para ser interrogado.

De acordo com fontes da Euronews Roménia, os procuradores interrogaram Georgescu no âmbito de uma investigação que alegadamente se debruça sobre as "despesas zero" declaradas por Georgescu na campanha eleitoral do ano ado.

Nesse momento, terá sido convidado a fornecer informações sobre dois factos: "falsas declarações sobre as fontes de financiamento" e "comunicação de informações falsas", noticiou a Euronews Roménia.

Em antecipação ao interrogatório, os procuradores recolheram toda a documentação utilizada por Georgescu para se inscrever na corrida presidencial, revelaram fontes judiciais à Euronews Roménia.

Georgescu estava a caminho para apresentar a sua candidatura à presidência, esta quarta-feira, quando foi parado no trânsito, segundo informa um comunicado publicado pela sua equipa no Facebook.

"Há cerca de 30 minutos, o sistema parou-o no trânsito e mandou-o encostar para ser interrogado na Procuradoria-Geral da República. Onde está a democracia, onde estão os parceiros que devem defender a democracia", lê-se no comunicado.

Os apoiantes do Partido dos Jovens (POT), de extrema-direita, que se separou de um outro partido de extrema-direita, a Aliança para a União dos Romenos (AUR), e que se encontra entre os principais apoiantes de Georgescu, anunciaram que irão reunir-se, em protesto, em frente à Procuradoria-Geral.

“O poder judicial tem o dever de apresentar provas extremamente sólidas ao público [...] para que esta investigação criminal não seja transformada num manifesto eleitoral de um determinado candidato”, referiu, por sua vez, o primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu, numa declaração esta quarta-feira.

“O poder judicial é independente e a lei deve ser aplicada independentemente das pessoas envolvidas, respeitando os direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos”, acrescentou Ciolacu.

Rusgas em cinco distritos

O interrogatório de Georgescu que faz parte de uma ação policial a nível nacional que envolveu também rusgas a um total de 27 indivíduos sob investigação por vários crimes, incluindo atos inconstitucionais, detenção de esconderijos de armas ilegais, instigação ao racismo, fascismo e xenofobia e "promoção de um culto de personalidade acusado de genocídio e crimes de guerra".

As rusgas, que tiveram lugar em mais de 40 locais em cinco distritos romenos, incluem também Horațiu Potra, um mercenário anteriormente ligado a Georgescu.

Potra, que é proprietário de uma empresa militar privada e antigo mercenário da Legião Estrangeira sa, foi detido em meados de dezembro por alegações de organização de protestos em larga escala a favor de Georgescu.

Foi ainda investigado no âmbito de uma acusação de posse de armas e munições, bem como de incitamento público a reuniões ilegais, mas acabou por ser libertado.

Georgescu venceu a primeira volta das eleições presidenciais romenas em dezembro, que o Tribunal Constitucional do país anulou após terem sido desclassificados relatórios dos serviços secretos que mostravam o envolvimento da Rússia em ações de influência sobre os eleitores, através das redes sociais, com vista a fomentar o apoio no candidato, na altura relativamente desconhecido.

Nos últimos tempos, temas relacionados com a política romena aram subitamente para a ribalta entre os principais aliados do presidente dos EUA, Donald Trump, com o seu vice-presidente JD Vance, Elon Musk e Donald Trump Jr. a apoiarem Georgescu e a criticarem Bucareste por ter anulado a votação de dezembro.

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