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Doenças crónicas na Europa: quais os países da OCDE a liderar o caminho dos cuidados de saúde?

A Grécia, Portugal e a Roménia têm resultados abaixo da média em mais de metade dos indicadores.
A Grécia, Portugal e a Roménia têm resultados abaixo da média em mais de metade dos indicadores. Direitos de autor Euronews
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De Inês Trindade Pereiravideo by Mert Can Yilmaz
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A Grécia, Portugal e a Roménia têm resultados abaixo da média da OCDE em mais de metade dos indicadores relacionados com a qualidade dos cuidados de saúde.

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A investigação, realizada nos países da OCDE na UE, mostrou que cerca de oito em cada 10 pessoas com 45 anos ou mais, que consultaram um profissional de cuidados primários, nos últimos seis meses, têm pelo menos uma doença crónica.

Mais de metade, tem duas ou mais doenças e mais de um quarto tem três ou mais.

Há 11 países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que também fazem parte da UE: França, Bélgica, Luxemburgo, Eslovénia, Chéquia, Grécia, Espanha, Países Baixos, Roménia, Portugal e Itália.

Mais de 70% das pessoas nesses países que vivem com várias doenças crónicas tomam, pelo menos, três medicamentos e mais de um terço toma quatro ou mais.

A maioria das pessoas com doenças crónicas referiu ter hipertensão, juntamente com artrite, doenças cardiovasculares e problemas respiratórios ou de saúde mental.

"As doenças crónicas são prevalentes, dispendiosas e representam um encargo considerável para os doentes, os prestadores de cuidados, os profissionais de saúde e os sistemas de saúde", segundo o último inquérito da OCDE aos pacientes.

A França e a Chéquia registaram a percentagem mais elevada de pessoas com duas ou mais doenças crónicas, a par das doenças mentais, com 77,24% e 70,13%, respetivamente.

Que fatores podem afetar os cuidados de saúde?

Em média, os indicadores de boa saúde das mulheres são 3% a 5% inferiores às dos homens.

Em alguns países, como Portugal e Itália, a diferença entre os géneros atinge os 9%, enquanto no Luxemburgo é inferior a 3%.

Entretanto, o estatuto socioeconómico, a idade e o facto de viver com múltiplas doenças crónicas são fatores importantes para a confiança no sistema de saúde.

Em Itália, por exemplo, quase três em cada quatro pessoas que vivem com doenças crónicas (74%) com rendimentos mais elevados, confiam no sistema de saúde, em comparação com 60% das pessoas com rendimentos mais baixos.

Isto representa uma diferença de 14 pontos percentuais na confiança.

De acordo com o inquérito da OCDE,o envelhecimento da população e o aumento da esperança de vida são acompanhados pelo aumento da prevalência de doenças crónicas, que representam atualmente 74% de todas as mortes a nível mundial.

Gastar mais em cuidados médicos pode levar a uma melhor saúde, mas nem sempre resulta em melhores resultados para todos os doentes.

A Chéquia e a Eslovénia, por exemplo, registaram bons resultados em termos de saúde da população, apesar de gastarem relativamente pouco em cuidados médicos por pessoa.

As pessoas que vivem com várias doenças crónicas e têm uma relação de longa data com um médico de família têm mais probabilidades de ter uma melhor qualidade dos cuidados médicos.

As proporções mais elevadas de pacientes com continuidade a longo prazo de cuidados de saúde, foram observadas na Roménia, na Chéquia e nos Países Baixos, onde mais de metade dos pacientes indicaram ter sido acompanhados pelo mesmo médico durante mais de uma década.

As pessoas mais idosas e menos instruídas, tendem a ter mais dificuldade em compreender as informações médicas e têm menos confiança na utilização da tecnologia digital para gerir a sua saúde.

Na Chéquia e em França, mais de 30% das pessoas afirmaram estar confiantes na utilização de informações de saúde provenientes da Internet, para tomar decisões de saúde, ao o que em Itália, na Roménia e na Bélgica essa percentagem foi inferior a 10%.

Editor de vídeo • Mert Can Yilmaz

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