Meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que Donald Trump tinha tido uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, para discutir os os a dar para uma solução negociada.
O conselheiro de segurança nacional do presidente dos EUA, Donald Trump, Mike Waltz, revelou que membros seniores da istração norte-americana se reunirão com funcionários europeus esta semana para discutir como acabar com a guerra na Ucrânia.
A iniciativa surge quase três anos depois de a Rússia ter lançado a invasão total do país vizinho em 2022.
Menos de um dia antes do anúncio de Waltz, os meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que Trump tinha falado ao telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, para discutir os os para uma solução negociada.
Não houve confirmação imediata dessa conversa, nem por parte da Casa Branca, nem por parte do Kremlin.
O conselheiro de segurança nacional Mike Waltz recusou-se a comentar o assunto numa entrevista televisiva.
Waltz disse que a economia russa não está bem e que Trump "está preparado para taxar, impor tarifas e sancionar" Moscovo para levar Putin à mesa das negociações.
Mas Waltz também sublinhou que a istração Trump está a tentar usar os compromissos desta semana para iniciar conversações sobre um recuo em parte da assistência dos Estados Unidos à Ucrânia.
E afirmou que os aliados europeus também terão de assumir um papel mais importante no apoio à Ucrânia no futuro.
"Precisamos de recuperar esses custos e isso será uma parceria com os ucranianos em termos dos seus recursos naturais, do seu petróleo e gás e também da compra dos nossos", afirmou Waltz numa entrevista ao programa Meet the Press da NBC.
"Essas conversas vão ter lugar esta semana. E penso que o princípio subjacente é que os europeus têm de assumir este conflito daqui para a frente. O presidente Trump vai acabar com ele. E depois, em termos de garantias de segurança, isso vai ser diretamente com os europeus".
O vice-presidente JD Vance estará em Paris na segunda-feira para uma cimeira sobre inteligência artificial que reunirá responsáveis governamentais e, no final da semana, irá à Conferência de Segurança de Munique, onde o presidente Volodymyr Zelenskyy liderará a delegação da Ucrânia.
O secretário de Estado Marco Rubio, o secretário da Defesa Pete Hegseth e o enviado especial de Trump para a Ucrânia e a Rússia, Keith Kellogg, também participarão na conferência em Munique.
Na quarta-feira, Hegseth participará no principal fórum internacional de angariação de armas e munições para a Ucrânia.
O Reino Unido vai convocar a 26.ª reunião do Grupo de o para a Defesa da Ucrânia, um consórcio de cerca de 50 países parceiros, na quarta-feira, na sede da NATO, em Bruxelas.**
Kiev sob pressão
Durante a campanha para as eleições presidenciais, Trump vangloriou-se de que poderia pôr fim à guerra em 24 horas, o que mais tarde se transformou em seis meses, mas não deu pormenores sobre como o faria.
Indicou entretanto que os EUA estão a falar com a Rússia sobre a Ucrânia sem a participação de Kiev, dizendo que a sua istração já teve discussões "muito sérias".
Isso contraria a posição da istração Biden, que fez eco do apelo de Zelenskyy: "Nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".
O líder ucraniano sugeriu que qualquer acordo de paz alcançado sem o contributo de Kiev enviaria o perigoso sinal de que o aventureirismo compensa para os líderes autoritários da China, Coreia do Norte e Irão.
Entretanto, Trump disse que ele e Putin poderiam em breve tomar medidas "significativas" para pôr fim à guerra, na qual a Rússia está a sofrer pesadas baixas diárias, enquanto a sua economia sofre duras sanções ocidentais, inflação e uma grave escassez de mão de obra.
Mas a economia não entrou em colapso e, como Putin desencadeou a mais dura repressão contra a dissidência desde os tempos soviéticos, não enfrenta qualquer pressão interna para pôr fim à guerra.