Há anos que se espalham falsos rumores de que Brigitte Macron é transgénero. Agora, Candace Owens, uma comentadora americana de extrema-direita, publicou um vídeo em que os repete e ganha milhões de visualizações.
A teoria da conspiração, já desmentida, de que Brigitte Macron, a mulher do presidente francês Emmanuel Macron, nasceu homem e fez a transição para mulher, tem sido repetidamente avançada nos últimos anos.
Na sexta-feira, a comentadora norte-americana de extrema-direita Candace Owens lançou um vídeo intitulado "Becoming Brigitte: An Introduction".
Nele, repete a afirmação de que Macron nasceu homem e se chamava Jean-Michel Trogneux e afirma ainda ser alvo de uma ameaça legal. O vídeo, que dura 40 minutos, liga tangencialmente os Macrons a uma conspiração mais vasta que envolve pedófilos e uma ordem mundial de elite.
"Quando eu disse que apostaria toda a minha carreira profissional no facto de Brigitte Macron, a atual primeira-dama de França, ter nascido homem, houve muitas pessoas que não acreditaram em mim, porque isso parece uma loucura", diz Owens.
Ela não apresenta provas para sustentar a afirmação - e não é verdade.
O que é a teoria da conspiração sobre Brigitte Macron?
A teoria da conspiração tem estado a circular desde que Emmanuel Macron foi eleito pela primeira vez em 2017. Foi então promovida pela jornalista Natacha Rey.
Ela afirmava que Brigitte nunca existiu e que o seu irmão Jean-Michel Trogneux tinha mudado de género e começado a usar esse nome.
Rey foi entrevistada por Amandine Roy, uma autoproclamada médium espiritual, para um vídeo do YouTube em 2021, e a falsa teoria tornou-se viral antes das eleições presidenciais sas de 2022.
A suposta prova frequentemente apontada é uma fotografia de Jean-Michiel em criança, que mostra semelhanças com Brigitte, mas como são irmãos, isso não é invulgar.
Este facto levou Brigitte Macron a apresentar uma queixa por difamação contra Roy e Rey. Em setembro, a dupla foi condenada por um tribunal francês a pagar 8.000 euros de indemnização a Brigitte Macron e 5.000 euros ao seu irmão.
Emmanuel Macron também comentou as queixas pela primeira vez no ano ado, dizendo: "Ainda há alguns loucos por aí".