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Telefonar \u00e0 m\u00e3e para lhe dizer que a filha estava a regressar a casa foi a maior emo\u00e7\u00e3o dos \u00faltimos dois anos\u0022, itiu a primeira-ministra.\u0022N\u00e3o tenho informa\u00e7\u00f5es sobre o papel que teve Elon Musk na liberta\u00e7\u00e3o de Cecilia Sala\u0022, respondeu ainda Meloni, quando questionada sobre o poss\u00edvel envolvimento do bilion\u00e1rio norte-americano.As aten\u00e7\u00f5es viraram-se ent\u00e3o para o caso referente ao engenheiro iraniano Mohammad Abedini Najafabadi, detido no aeroporto de Malpensa no \u00e2mbito de um mandado de captura dos EUA. Segundo alguns analistas, a liberta\u00e7\u00e3o de Sala estaria dependente de uma tomada de decis\u00e3o semelhante relativamente a este homem.\u0022O caso Abedini est\u00e1 a ser analisado t\u00e9cnica e politicamente pelo Minist\u00e9rio da Justi\u00e7a. Temos de o discutir com os nossos amigos americanos. Gostaria de falar sobre o assunto com Biden, mas ele n\u00e3o p\u00f4de estar em Roma. Trata-se de um trabalho complexo que deve ser discutido nas inst\u00e2ncias competentes\u0022, considerou Meloni.Meloni: \u0022N\u00e3o falei com Musk sobre a Starlink\u0022Recentemente, Meloni viajou para Mar-a-Lago, na Fl\u00f3rida, para se encontrar com o presidente eleito dos EUA , Donald Trump. A primeira-ministra nega que tenha discutido assuntos relacionados com o sistema de comunica\u00e7\u00e3o Starlink, com o bilion\u00e1rio Elon Musk, nessa ocasi\u00e3o.\u0022Nunca falei pessoalmente com Elon Musk sobre a Starlink. A SpaceX explicou a tecnologia ao governo. S\u00e3o intera\u00e7\u00f5es normais com as empresas. Estamos na fase de investiga\u00e7\u00e3o e n\u00e3o compreendo as acusa\u00e7\u00f5es que foram feitas\u0022, referiu a governante.\u0022Tamb\u00e9m n\u00e3o estou esclarecida sobre o assunto. \u00c9 uma quest\u00e3o de assegurar algumas comunica\u00e7\u00f5es muito sens\u00edveis e delicadas. N\u00e3o h\u00e1 alternativa p\u00fablica. 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George Soros faz isso, o que corresponde a uma interfer\u00eancia nos Estados nacionais\u0022, disse Meloni.Meloni: \u0022Excluo uma entrada for\u00e7ada dos EUA no Panam\u00e1 e na Gronel\u00e2ndia\u0022\u0022Sinto que posso excluir que os EUA, nos pr\u00f3ximos anos, tentem assumir com recurso \u00e0 for\u00e7a territ\u00f3rios que lhes interessam\u0022, apontou ainda a primeira-ministra, relativamente \u00e0s declara\u00e7\u00f5es de Donald Trump sobre o Panam\u00e1 e a Gronel\u00e2ndia nos \u00faltimos dias.\u0022Penso que as declara\u00e7\u00f5es s\u00e3o uma mensagem dirigida a outros grandes atores mundiais, em vez de pretens\u00f5es hostis contra esses pa\u00edses. O Canal do Panam\u00e1 \u00e9 crucial para o mercado mundial e para os EUA. A Gronel\u00e2ndia \u00e9 um territ\u00f3rio estrat\u00e9gico rico em mat\u00e9rias-primas\u0022, disse, acrescentando: \u0022Tratam-se de territ\u00f3rios em que temos assistido a uma crescente proemin\u00eancia chinesa.\u0022\u0022Estas declara\u00e7\u00f5es fazem parte do debate, a longa dist\u00e2ncia, entre as grandes pot\u00eancias, uma forma en\u00e9rgica de dizer que os Estados Unidos n\u00e3o ficar\u00e3o de bra\u00e7os cruzados perante as iniciativas de outros grandes atores mundiais em \u00e1reas de interesse estrat\u00e9gico para os Estados Unidos e o Ocidente\u0022, concluiu.Meloni confirmou que est\u00e1 a ponderar se ir\u00e1 assistir \u00e0 tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro.O futuro da Ucr\u00e2niaA imprensa questionou Meloni sobre a possibilidade de um afastamento dos EUA na Ucr\u00e2nia, a ades\u00e3o \u00e0 NATO e uma poss\u00edvel \u0022paz justa\u0022 com a R\u00fassia ap\u00f3s a invas\u00e3o que come\u00e7ou em 2022.\u0022N\u00e3o prevejo uma retirada dos EUA. Trump falou de 'paz pela for\u00e7a'. Se hoje se fala de paz, \u00e9 porque a R\u00fassia ficou um pouco atolada na Ucr\u00e2nia, gra\u00e7as \u00e0 coragem do povo ucraniano e ao apoio do Ocidente. Trump sabe-o bem\u0022, afirmou Meloni.\u0022Estou dispon\u00edvel para apoiar as op\u00e7\u00f5es que est\u00e3o dispostas a ajudar a Ucr\u00e2nia. Estou convencida de que as garantias de seguran\u00e7a para a Ucr\u00e2nia s\u00e3o cruciais para conseguir a paz\u0022 nesse territ\u00f3rio, afirmou.\u0022No ado, a R\u00fassia violou acordos que tinha assinado. Sem garantias de seguran\u00e7a, n\u00e3o podemos ter a certeza de que tal n\u00e3o voltar\u00e1 a acontecer. N\u00e3o sou eu que determino quais s\u00e3o as condi\u00e7\u00f5es para uma paz justa. Se a Ucr\u00e2nia concordar, penso que ser\u00e1 uma paz justa\u0022.Rela\u00e7\u00f5es entre It\u00e1lia e Gr\u00e9ciaA primeira-ministra referiu-se ainda \u00e0s rela\u00e7\u00f5es entre It\u00e1lia e a Gr\u00e9cia. \u0022As rela\u00e7\u00f5es s\u00e3o muito boas. Eu e Kyriakos Mitsotakis (chefe do Governo) falamos sobre muitos assuntos tendo uma abordagem comum: defesa, seguran\u00e7a, imigra\u00e7\u00e3o, prote\u00e7\u00e3o do territ\u00f3rio face a fen\u00f3menos meteorol\u00f3gicos extremos\u0022, afirmou Meloni.\u0022H\u00e1 uma cimeira intergovernamental agendada para Roma. Queremos colocar no papel a extens\u00e3o da colabora\u00e7\u00e3o, especialmente em mat\u00e9ria de seguran\u00e7a e coopera\u00e7\u00e3o civil.\u0022Centros de migrantes na Alb\u00e2niaA imprensa tamb\u00e9m pediu esclarecimentos \u00e0 governante sobre a gest\u00e3o dos centros de migrantes na Alb\u00e2nia, a pol\u00e9mica sobre a sua utiliza\u00e7\u00e3o e a oposi\u00e7\u00e3o dos magistrados.\u0022As decis\u00f5es do Supremo Tribunal d\u00e3o raz\u00e3o ao governo. Cabe ao governo determinar quais s\u00e3o os pa\u00edses seguros e o juiz n\u00e3o pode sistematicamente n\u00e3o aplicar a deten\u00e7\u00e3o. Pode justificar o caso concreto. Os magistrados n\u00e3o entram no m\u00e9rito do caso individual. Os centros na Alb\u00e2nia est\u00e3o prontos a entrar em funcionamento\u0022, comentou Meloni.A rela\u00e7\u00e3o com a imprensa italianaA primeira-ministra falou sobre a liberdade de imprensa em It\u00e1lia e a sua rela\u00e7\u00e3o com os jornalistas, afirmando que n\u00e3o est\u00e1 de forma alguma a restringir esse direito . Uma cr\u00edtica que, de facto, \u00e9 feita em It\u00e1lia por alguns jornais e pela oposi\u00e7\u00e3o. \u0022Sou acusada de n\u00e3o responder \u00e0s perguntas dos jornalistas. Pedi para fazer um c\u00e1lculo sobre 2024: verificou-se que, ao longo do ano, respondi a 350 perguntas, quase uma por dia. N\u00e3o me sinto obrigada a defender-me da acusa\u00e7\u00e3p de que represento uma limita\u00e7\u00e3o ou um problema para a liberdade de imprensa ou para a democracia\u0022, afirmou a primeira-ministra.\u0022Acontece que encontro cita\u00e7\u00f5es de palavras que nunca disse e factos relatados sobre mim que n\u00e3o aconteceram. Gostaria que tent\u00e1ssemos come\u00e7ar numa base diferente. Garanto ainda mais respeito pelo vosso trabalho e atrevo-me a pedir respeito pelo meu.\u0022Giorgia Meloni falou, em seguida, da demiss\u00e3o de Elisabetta Belloni da dire\u00e7\u00e3o do Departamento de Informa\u00e7\u00f5es de Seguran\u00e7a, confirmando que o substituto ser\u00e1 Vittorio Rizzi, atual diretor-adjunto da Ag\u00eancia de Informa\u00e7\u00f5es Internas e de Seguran\u00e7a (AISI).", "dateCreated": "2025-01-09T09:59:15+01:00", "dateModified": "2025-01-09T13:24:38+01:00", "datePublished": "2025-01-09T13:24:38+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F95%2F92%2F16%2F1440x810_cmsv2_d42af96f-9f24-5531-a040-0bc493f207ac-8959216.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, d\u00e1 a confer\u00eancia de imprensa de encerramento do ano de 2024 em Roma, a 9 de janeiro de 2025", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F95%2F92%2F16%2F432x243_cmsv2_d42af96f-9f24-5531-a040-0bc493f207ac-8959216.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Gozzo", "givenName": "Filippo", "name": "Filippo Gozzo", "url": "/perfis/3134", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
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Da libertação de Cecília Sala a Elon Musk: Giorgia Meloni dá conferência de imprensa anual

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, dá a conferência de imprensa de encerramento do ano de 2024 em Roma, a 9 de janeiro de 2025
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, dá a conferência de imprensa de encerramento do ano de 2024 em Roma, a 9 de janeiro de 2025 Direitos de autor Alessandra Tarantino/AP
Direitos de autor Alessandra Tarantino/AP
De Filippo Gozzo
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A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, deu a sua conferência de imprensa anual. Muitos temas em cima da mesa, desde a libertação de Cecilia Sala e o Médio Oriente, até às relações com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, Elon Musk e a União Europeia.

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A libertação de Cecilia Sala foi o resultado de um "complexo trabalho de triangulação diplomática com o Irão e os EUA".

A primeira-ministra italiana , Giorgia Meloni, respondeu às perguntas dos jornalistas na Câmara dos Deputados, esta quinta-feira, durante a habitual conferência de imprensa anual. A reunião teve lugar poucas horas depois da libertação da jornalista Cecilia Sala, que esteve detida durante 21 dias numa prisão em Teerão, no Irão.

"Foi um bom dia para toda a Itália e para mim. Telefonar à mãe para lhe dizer que a filha estava a regressar a casa foi a maior emoção dos últimos dois anos", itiu a primeira-ministra.

"Não tenho informações sobre o papel que teve Elon Musk na libertação de Cecilia Sala", respondeu ainda Meloni, quando questionada sobre o possível envolvimento do bilionário norte-americano.

As atenções viraram-se então para o caso referente ao engenheiro iraniano Mohammad Abedini Najafabadi, detido no aeroporto de Malpensa no âmbito de um mandado de captura dos EUA. Segundo alguns analistas, a libertação de Sala estaria dependente de uma tomada de decisão semelhante relativamente a este homem.

"O caso Abedini está a ser analisado técnica e politicamente pelo Ministério da Justiça. Temos de o discutir com os nossos amigos americanos. Gostaria de falar sobre o assunto com Biden, mas ele não pôde estar em Roma. Trata-se de um trabalho complexo que deve ser discutido nas instâncias competentes", considerou Meloni.

Meloni: "Não falei com Musk sobre a Starlink"

Recentemente, Meloni viajou para Mar-a-Lago, na Flórida, para se encontrar com o presidente eleito dos EUA , Donald Trump. A primeira-ministra nega que tenha discutido assuntos relacionados com o sistema de comunicação Starlink, com o bilionário Elon Musk, nessa ocasião.

"Nunca falei pessoalmente com Elon Musk sobre a Starlink. A SpaceX explicou a tecnologia ao governo. São interações normais com as empresas. Estamos na fase de investigação e não compreendo as acusações que foram feitas", referiu a governante.

"Também não estou esclarecida sobre o assunto. É uma questão de assegurar algumas comunicações muito sensíveis e delicadas. Não há alternativa pública. A alternativa é não ter qualquer proteção destes dados. A questão a discutir é o cenário preferido em dois cenários sub-óptimos", continuou.

"O problema da SpaceX é o facto de ser privada ou as ideias políticas de Elon Musk? Eu avalio os investimentos estrangeiros apenas através da lente do interesse nacional, não das amizades", respondeu Meloni, referindo-se à relação de amizade que mantém com o bilionário americano.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, chega a Roma para participar na conferência de imprensa de fim de ano relativa a 2024, 9 de janeiro de 2025
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, chega a Roma para participar na conferência de imprensa de fim de ano relativa a 2024, 9 de janeiro de 2025Alessandra Tarantino/AP

Questionada novamente sobre a possível interferência de Musk na política internacional, Meloni defendeu Musk e criticou George Soros. "Musk é uma pessoa muito conhecida e rica que exprime as suas posições, mas não é o primeiro. Já vi muitas pessoas conhecidas e ricas a expressar as suas opiniões. O problema é quando as pessoas ricas utilizam esses recursos para financiar partidos, associações e políticos em todo o mundo, de modo a influenciar as escolhas dos Estados-nação. Isso não é feito por Musk: não tenho conhecimento de que ele financie partidos políticos. George Soros faz isso, o que corresponde a uma interferência nos Estados nacionais", disse Meloni.

Meloni: "Excluo uma entrada forçada dos EUA no Panamá e na Gronelândia"

"Sinto que posso excluir que os EUA, nos próximos anos, tentem assumir com recurso à força territórios que lhes interessam", apontou ainda a primeira-ministra, relativamente às declarações de Donald Trump sobre o Panamá e a Gronelândia nos últimos dias.

"Penso que as declarações são uma mensagem dirigida a outros grandes atores mundiais, em vez de pretensões hostis contra esses países. O Canal do Panamá é crucial para o mercado mundial e para os EUA. A Gronelândia é um território estratégico rico em matérias-primas", disse, acrescentando: "Tratam-se de territórios em que temos assistido a uma crescente proeminência chinesa."

"Estas declarações fazem parte do debate, a longa distância, entre as grandes potências, uma forma enérgica de dizer que os Estados Unidos não ficarão de braços cruzados perante as iniciativas de outros grandes atores mundiais em áreas de interesse estratégico para os Estados Unidos e o Ocidente", concluiu.

Meloni confirmou que está a ponderar se irá assistir à tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro.

O futuro da Ucrânia

A imprensa questionou Meloni sobre a possibilidade de um afastamento dos EUA na Ucrânia, a adesão à NATO e uma possível "paz justa" com a Rússia após a invasão que começou em 2022.

"Não prevejo uma retirada dos EUA. Trump falou de 'paz pela força'. Se hoje se fala de paz, é porque a Rússia ficou um pouco atolada na Ucrânia, graças à coragem do povo ucraniano e ao apoio do Ocidente. Trump sabe-o bem", afirmou Meloni.

"Estou disponível para apoiar as opções que estão dispostas a ajudar a Ucrânia. Estou convencida de que as garantias de segurança para a Ucrânia são cruciais para conseguir a paz" nesse território, afirmou.

"No ado, a Rússia violou acordos que tinha assinado. Sem garantias de segurança, não podemos ter a certeza de que tal não voltará a acontecer. Não sou eu que determino quais são as condições para uma paz justa. Se a Ucrânia concordar, penso que será uma paz justa".

Relações entre Itália e Grécia

A primeira-ministra referiu-se ainda às relações entre Itália e a Grécia. "As relações são muito boas. Eu e Kyriakos Mitsotakis (chefe do Governo) falamos sobre muitos assuntos tendo uma abordagem comum: defesa, segurança, imigração, proteção do território face a fenómenos meteorológicos extremos", afirmou Meloni.

"Há uma cimeira intergovernamental agendada para Roma. Queremos colocar no papel a extensão da colaboração, especialmente em matéria de segurança e cooperação civil."

Centros de migrantes na Albânia

A imprensa também pediu esclarecimentos à governante sobre a gestão dos centros de migrantes na Albânia, a polémica sobre a sua utilização e a oposição dos magistrados.

"As decisões do Supremo Tribunal dão razão ao governo. Cabe ao governo determinar quais são os países seguros e o juiz não pode sistematicamente não aplicar a detenção. Pode justificar o caso concreto. Os magistrados não entram no mérito do caso individual. Os centros na Albânia estão prontos a entrar em funcionamento", comentou Meloni.

A relação com a imprensa italiana

A primeira-ministra falou sobre a liberdade de imprensa em Itália e a sua relação com os jornalistas, afirmando que não está de forma alguma a restringir esse direito . Uma crítica que, de facto, é feita em Itália por alguns jornais e pela oposição.** "Sou acusada de não responder às perguntas dos jornalistas. Pedi para fazer um cálculo sobre 2024: verificou-se que, ao longo do ano, respondi a 350 perguntas, quase uma por dia. Não me sinto obrigada a defender-me da acusaçãp de que represento uma limitação ou um problema para a liberdade de imprensa ou para a democracia", afirmou a primeira-ministra.

"Acontece que encontro citações de palavras que nunca disse e factos relatados sobre mim que não aconteceram. Gostaria que tentássemos começar numa base diferente. Garanto ainda mais respeito pelo vosso trabalho e atrevo-me a pedir respeito pelo meu."

Giorgia Meloni falou, em seguida, da demissão de Elisabetta Belloni da direção do Departamento de Informações de Segurança, confirmando que o substituto será Vittorio Rizzi, atual diretor-adjunto da Agência de Informações Internas e de Segurança (AISI).

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