Iniciativas como o "Janeiro Seco" e o "Janeiro Húmido" ganham cada vez mais popularidade, com a participação de milhões de pessoas em toda a Europa.
A decisão do ministro francês da Saúde de não consumir álcool em janeiro causou alguma surpresa no país, o maior produtor de vinho da Europa com 48 milhões de hectolitros.
No entanto, 17 milhões de pessoas em França, ou seja, uma em cada quatro, tencionam abster-se de beber álcool este mês, segundo o produtor de vinho sem álcool Chavin.
Na vizinha Bélgica, quase a mesma percentagem, 23%, afirmou participar no "Janeiro Seco" em 2023, de acordo com um estudo realizado pela Eurocare.
Na Alemanha, o maior produtor de cerveja da Europa, apenas 13% aceitaram o desafio em 2024, registando-se uma taxa de desistência de 52%, segundo um relatório da CGA/Nielsen.
O mesmo instituto de investigação calculou que, no ano ado, 22% dos italianos planeavam deixar completamente de ingerir bebidas alcoólicas e 40% comprometeram-se a reduzir o consumo de álcool.
No Reino Unido, onde o "Janeiro Seco" foi lançado, 15,5 milhões de pessoas, ou seja, 22,7% do britânicos, pretendem deixar de beber em janeiro de 2025.
A organização disse à Euronews que a participação no desafio abrangeu 184 países em 2024, com a Europa a representar 33% dos participantes.
O sucesso do "Janeiro Seco" deu origem a outras iniciativas como o "Janeiro Húmido", cujo objetivo é desenvolver uma relação mais saudável com o álcool, promovendo a moderação em vez da abstinência estrita.
Esta iniciativa está mais direcionada para as pessoas com problemas reais de alcoolismo, uma vez que os consumidores abusivos podem sofrer sintomas de abstinência se interromperem abruptamente o consumo de álcool.