O Papa Francisco delineou a sua visão ecológica na carta "Irmão Sol", em junho. Nessa carta, o Papa afirmou que seriam instalados painéis solares numa propriedade do Vaticano nos arredores de Roma e que a energia gerada poderia suprir todas as necessidades energéticas da Cidade do Vaticano.
Foi inaugurado no Vaticano um novo teto com painéis solares para fornecer energia renovável ao museu.
Faz parte dos planos do Papa Francisco para garantir que a cidade-estado de Roma funcione inteiramente com energia verde.
O fornecedor italiano de energia ACEA instalou o telhado fotovoltaico em apenas seis meses na entrada do Pátio dos Corazze.
"O mais difícil é integrar e encontrar espaços para construir infra-estruturas fotovoltaicas em locais já muito construídos", afirmou a presidente da ACEA, Barbara Marinali.
"Este é um exemplo extraordinário de como se pode pensar, imaginar e construir um sistema que se integra com uma infraestrutura que já existe."
O Papa Francisco delineou a sua visão ecológica para o Vaticano na sua carta"Irmão Sol", em junho.
Nessa carta, o Papa Francisco descreveu a sua visão ecológica para o Vaticano na sua carta "Irmão Sol", em junho. Nela, afirmou que seriam instalados painéis solares numa propriedade do Vaticano nos arredores de Roma e que a energia gerada poderia suprir todas as necessidades energéticas da Cidade do Vaticano.
"É necessário fazer a transição para um modelo de desenvolvimento sustentável que reduza as emissões de gases com efeito de estufa para a atmosfera, tendo como objetivo a neutralidade climática", escreveu o pontífice.
Na sua carta, o pontífice prossegue: "A humanidade possui os meios tecnológicos para enfrentar essa transformação ambiental e suas perniciosas consequências éticas, sociais, econômicas e políticas, com a energia solar desempenhando um papel fundamental entre essas soluções".
O Papa Francisco já havia declarado sua posição sobre a crise climática em 2015, quando disse que iria "renovar o diálogo" sobre como estamos "construindo o futuro do planeta".
"Existe um forte consenso científico que indica um aquecimento preocupante do sistema climático. Nas últimas décadas, este aquecimento tem sido acompanhado por uma subida constante do nível do mar e por um aumento dos fenómenos meteorológicos extremos", escreveu o Papa numa carta intitulada Laudato Si', em maio de 2015.
Em julho de 2022, as coisas foram formalizadas quando o Vaticano aderiu à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, um acordo global entre as nações para abordar a "perigosa interferência humana no sistema climático".
A Cidade do Vaticano vai juntar-se à Albânia, Butão, Nepal, Paraguai, Islândia, Etiópia e República Democrática do Congo para se tornar um dos oito países do mundo a produzir 100% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis.
"Há compromissos que o Estado da Cidade do Vaticano assumiu na arena internacional. E não só os estamos a cumprir, como também estamos a dar o exemplo a outras realidades internacionais. Estamos também a dar conta disso na COP 29, a nível internacional. Indicámos os objectivos para 2030, que estamos a cumprir", afirmou Salvatore Farina, da istração do Estado da Cidade do Vaticano.