O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, condenou o ataque e reiterou o apelo aos aliados ocidentais para que sejam disponibilizados mais sistemas de defesa aérea.
Equipas de salvamento no sul da Ucrânia trabalharam durante a noite para salvar duas mulheres que ficaram presas debaixo dos escombros durante mais de sete horas, depois de um míssil russo ter atingido uma clínica médica privada em Zaporíjia, na terça-feira.
O ataque matou seis pessoas e feriu outras 22, de acordo com os serviços de emergência da Ucrânia. As mulheres conseguiram ar as equipas de salvamento utilizando os próprios telemóveis.
Os ataques mortíferos em zonas civis têm sido uma das marcas da guerra, que dura há quase três anos. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, condenou o ataque, reiterando a necessidade urgente de mais sistemas de defesa aérea provenientes dos aliados ocidentais.
"Atualmente, não dispomos de sistemas suficientes para proteger o nosso país dos mísseis russos. Mas os nossos parceiros têm esses sistemas", afirmou Zelenskyy, no seu habitual discurso diário.
Zelenskyy exortou os aliados a utilizarem armamento de defesa aérea dos seus arsenais, afirmando que estes sistemas "devem salvar vidas e não ficar a acumular pó em bases de armazenamento".
Entretanto, a Ucrânia continuou os ataques de longo alcance contra zonas controladas pela Rússia.
Um ataque de drones ucranianos provocou um incêndio numa instalação industrial na região russa de Bryansk, onde as defesas aéreas terão intercetado 14 drones na madrugada desta quarta-feira, segundo as autoridades russas
Além disso, um ataque de mísseis ucranianos danificou uma instalação industrial em Taganrog, na região russa de Rostov, revelou o governador Yuri Slusar.
Zelenskyy manifestou, na segunda-feira, vontade para considerar o envio de tropas ocidentais para a Ucrânia como parte dos esforços para garantir a segurança do país e trabalhar para acabar com a guerra com a Rússia.
No Telegram, sublinhou que tal medida estaria em consonância com as aspirações da Ucrânia de aderir à NATO, mas salientou a necessidade de um calendário claro para a adesão do país à Aliança Atlântica e à União Europeia.
"Mas, antes disso, temos de saber claramente quando é que a Ucrânia entrará na União Europeia e quando é que entrará na NATO."