A manifestação em Barcelona ocorre pouco mais de um mês depois de um protesto pela mesma causa em Madrid.
Milhares de pessoas manifestaram-se nas ruas de Barcelona no sábado, exigindo uma redução generalizada das rendas e a melhoria das condições dos inquilinos. De acordo com as autoridades locais, 22.000 pessoas participaram na manifestação, enquanto os organizadores dizem que foram 126.000.
Entre as principais reivindicações, os residentes de Barcelona pedem uma maior promoção dos contratos de arrendamento por tempo indeterminado, a fim de, segundo os organizadores, “acabar com a chantagem e a insegurança no final de cada contrato”.
Pedem também a proibição da compra especulativa e o fim do aluguer para férias, recuperando as casas para as devolver ao uso residencial numa das cidades mais turísticas do continente europeu.
Sob o lema “S'ha Acabat” (“Acabou” em catalão), os grupos organizadores, entre os quais o Sindicat de Llogateres i Llogaters, exigem igualmente uma descida dos preços das rendas de, pelo menos, 50% e ameaçam convocar uma greve às rendas se tal não acontecer.
A porta-voz do sindicato, Carme Arcarazo, disse aos meios de comunicação que “não pode ser que os investidores venham às nossas cidades e joguem com os apartamentos como no Monopólio”. “Se nos unirmos, temos muito mais poder do que qualquer político ou rentista”, afirmou.
De acordo com um estudo do Banco de Espanha, 40% dos inquilinos espanhóis gastam 40% do seu rendimento no pagamento da renda e das contas. No entanto, na União Europeia, a despesa média é de 23% do salário.
Há pouco mais de um mês, teve lugar em Madrid uma manifestação maciça pela mesma causa, exigindo, entre outras coisas, uma reforma da Lei da Habitação do Estado e o fim dos chamados Vistos Dourados na capital.