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Anti-imigração e antifascismo: Dois protestos opostos juntaram centenas de pessoas nas ruas do Porto

Arquivo: Manifestantes marcham em Lisboa contra a imigração descontrolada em Portugal, 29 de setembro de 2024
Arquivo: Manifestantes marcham em Lisboa contra a imigração descontrolada em Portugal, 29 de setembro de 2024 Direitos de autor Captura de Tela/EBU
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De Manuel Ribeiro com Agências
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A cidade do Porto foi palco de duas manifestações: uma sobre anti-imigração, organizada pelo partido da extrema-direita, Chega, e outra antifascismo, organizada por 28 associações sociais. Ambos os protestos realizaram-se em ruas próximas, mas nunca se cruzaram.

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Dois protestos de fações opostas juntaram centenas de pessoas, no sábado, nas ruas do Porto. Uma contra a imigração ilegal e a insegurança e outra contra o fascismo e racismo.

A primeira, organizada pelo Chega, reuniu centenas de pessoas que desceram as ruas até à Avenida dos Aliados, a principal praça de eventos da cidade, naquele a que o seu líder, André Ventura voltou a classificar “dia histórico”, tal como na manifestação anti-imigração realizada em setembro, em Lisboa. A segurança em torno de Ventura foi apertada. 

“Sejam brancos, amarelos, negros ou azuis, nós sabemos ao que vêm”, disse Ventura. “Não estamos dispostos a ser invadidos”, acrescentou o deputado no seu discurso perante centenas de pessoas que empunhavam bandeiras nacionais e cartazes contra a imigração descontrolada, a qual consideram ser uma das responsáveis pela insegurança nas ruas.

O líder do Chega exigiu "mais segurança e controlo da imigração num país em que nos últimos dois anos os imigrantes aumentaram 95%", disse Ventura, em declarações à imprensa.

“Portugal precisa de imigrantes que venham para cá trabalhar, não precisamos que venham para cá para cometer crimes. Portugal, como todos os países decentes, tem de controlar as suas fronteiras, e até agora não o fez”, disse Ventura.

Alguns apoiantes do Chega encabeçavam chapéus “MAGA” (Make America Great Again), semelhante aos da campanha de Donald Trump.

Semelhança que o líder do partido da extrema-direita traduziu também no seu discurso: "O próximo governo, que eu espero encabeçar, vai dizer a todos que cá estiverem e cometerem crimes que vão ter uma prenda de Natal, vão ganhar um bilhete de volta para o seu país de origem e vão pagar esse bilhete", disse. “(...) Não podem, nem comer gatos, nem cães, nem lagartos. Este país é nosso", (...) "aqui mandamos nós", afirmou perante os seus apoiantes.

Segundo um elemento ligado ao partido Chega, cerca de 900 pessoas terão participado na manifestação do Porto. Muitas viajaram de autocarro desde Lisboa, Setúbal, Faro, Leiria, Braga e Vila Real, cita a agência de notícias Lusa.

"O mundo não tem fronteiras"

A segunda manifestação, em resposta à do Chega, foi organizada por 28 coletivos sociais, que juntaram movimentos feministas, antifascistas, antirracistas e da comunidade LGBT pela defesa à habitação e regularização de imigrantes.

A contra manifestação aconteceu no Campo 24 de agosto, uma praça não muito longe do local onde se realizou o protesto do Chega. Cerca de 700 pessoas posicionaram-se de viva voz contra o racismo e antifascismo. “Chega de discurso de ódio”, disse uma manifestante ao canal de televisão SIC.

Estes movimentos exigem que os imigrantes tenham o direito à regularização e defendem que não são eles a causa da insegurança. “Não são os imigrantes que nos fazem ter medo nas ruas”, acrescentou a manifestante ao mesmo canal.

”Portugal é um país de emigrantes e migrantes e portanto é pela inclusão de todos, nós precisamos deles e eles precisam de nós. O mundo não tem fronteiras”, disse outra manifestante à televisão estatal RTP.

Desde o ano ado que existem mais cerca de 33% de estrangeiros a viver em Portugal, e mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento apresentado pelo Governo em junho.

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