{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/11/13/yulia-navalnaya-vaiada-por-ucranianos-na-web-summit" }, "headline": "Yulia Navalnaya vaiada por ucranianos na Web Summit", "description": "Vi\u00fava de Navalny disse ser \u201ccontra a guerra\u201d e que esta \u201cdevia ter terminado ontem\u201d. Opositora do regime russo foi alvo de protestos quando falava no evento que se realiza em Lisboa.", "articleBody": "Yulia Navalnaya foi uma das oradoras convidadas a participar na Web Summit. Numa interven\u00e7\u00e3o sobre autocracia e tecnologia, o discurso n\u00e3o ter\u00e1 sido aquele que mais esperada. Durante uma das suas interven\u00e7\u00f5es, a opositora do regime russo foi fortemente vaiada por membros da plateia, nomeadamente cidad\u00e3os ucranianos.Os gritos ecoavam: \u201ropaganda! A R\u00fassia \u00e9 um estado terrorista!\u201d e \u0022Parem a R\u00fassia. 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Yulia Navalnaya vaiada por ucranianos na Web Summit

Yulia Navalnaya entra no palco durante a Iniciativa Global Clinton, na terça-feira, 24 de setembro de 2024, em Nova Iorque.
Yulia Navalnaya entra no palco durante a Iniciativa Global Clinton, na terça-feira, 24 de setembro de 2024, em Nova Iorque. Direitos de autor Andres Kudacki/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Andres Kudacki/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Diana Rosa Rodrigues
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Viúva de Navalny disse ser “contra a guerra” e que esta “devia ter terminado ontem”. Opositora do regime russo foi alvo de protestos quando falava no evento que se realiza em Lisboa.

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Yulia Navalnaya foi uma das oradoras convidadas a participar na Web Summit. Numa intervenção sobre autocracia e tecnologia, o discurso não terá sido aquele que mais esperada. Durante uma das suas intervenções, a opositora do regime russo foi fortemente vaiada por membros da plateia, nomeadamente cidadãos ucranianos.

Os gritos ecoavam: “Propaganda! A Rússia é um estado terrorista!” e "Parem a Rússia. Parem com a guerra", com a viúva de Alexei Navalny a convidar os manifestantes a subirem ao palco para dizerem o que gritavam a partir da assistência.

Uma mulher acabou por  subir ao palco para questionar a viúva de Alexey Navalny a propósito da sua posição sobre o conflito na Ucrânia.  

“Gostava de lhe perguntar, enquanto líder da oposição na Rússia, se apoia a guerra na Ucrânia”, questionou.

Navalnaya foi perentória na resposta, afirmando que não apoia o conflito, que deve terminar imediatamente.

"Não apoio a guerra. Uma trégua era o melhor para a Rússia neste momento e já devia ter acontecido ontem”, afirmou. "Somos todos oposição. Temos de estar todos do mesmo lado", acrescentou Yulia Navalnaya.

A ativista disse ainda ter ficado surpreendida com a questão, recordando o ado de oposição a Putin do marido, que determinou a sua prisão.

“Alexei Navalny foi o líder da oposição na Rússia de Putin durante muitos anos. Lutou contra o regime de Putin, mesmo na prisão. Contra a guerra. Foi colocado um tribunal na prisão para o julgar, mas ele continuou a resistir. Não acredito que haja pessoas que venham para este palco e me perguntem isto”, afirmou com um tom de indignação.

O tema ou para uma segunda intervenção da russa, que voltou a condenar o conflito, lembrando os russos que se encontram presos  por irem contra o regime de Vladimir Putin.

“A Ucrânia está a lutar. Mas quero recordar que o regime de Vladimir Putin iniciou esta guerra e temos de apoiar a Ucrânia. A Ucrânia defende a sua própria independência. É muito importante apoiar o país, mas também é importante recordar as pessoas na Rússia que tentam fazer algo contra este regime e tentam travar esta guerra. É muito importante não esquecer estes russos que estão presos”, explicou.

Ucranianos criticam convites internacionais para oradores russos

Khrystyna Zhuk foi uma das ucranianas presentes no protesto durante o evento, tendo divulgado vário videos nas redes sociais, apelando a que mais se juntassem à manifestação.

“O mundo deve recordar a guerra na Ucrânia e não convidar representantes do país 404 para eventos internacionais”, sublinhou Zhuk numa publicação no Instagram.

Se olharmos aos comentários, a clara maioria revela a mesma opinião, criticando os convites realizados a oradores russos, independentemente de se apresentarem como oposição.

Apesar de se apresentar como clara oposição a Vladimir Putin, Alexei Navalny não era visto com total confiança pelos ucranianos. Ainda que não tenha revelado apoio ao conflito, o russo nunca mostrou uma oposição clara face à anexação de territórios, antes pelo contrário.

Em outubro de 2014, sete meses depois de a Rússia anexar a Crimeia e ter começado uma guerra civil no leste da Ucrânia, Navalny deu uma resposta que não agradou aos ucranianos sobre a anexação do território. “A Crimeia é do povo que vive na Crimeia”, afirmou Navalny, afirmando ainda que não via um futuro ucraniano para o território. O opositor condenou, no entanto, o processo de anexação, afirmando que este se tratou de uma "violação flagrante de todas as normas internacionais”.

"Ucranianos não precisam inventar um inimigo na oposição russa"

O evento foi comentado pela própria Navalnaya. Nas redes sociais, a viúva de Navalny voltou a reforçar como ficou surpreendida pela questão, replicando por escritou as palavras que disse durante a sua intervenção.

No texto, Navalnaya reforçou que que inimigo dos ucranianos é o mesmo que o dela, numa referência clara a Vladimir Putin.

"Também disse que temos apenas um inimigo. E os ucranianos não precisam inventar um inimigo para si próprios na oposição russa" afirmou a publicação na rede social X.

“Tenho ambições políticas”

Numa das suas intervenções, a viúva de Navalny confirmou que tem “ambições políticas” na Rússia e que pretende candidatar-se à presidência do país, algo que também já confirmou em outras ocasiões.

Além disso, a opositora ao regime de Putin diz querer ver o atual líder do russo preso enquanto o país se transforma numa sociedade democrática.“Putin cometeu muitos crimes na Rússia, começou a guerra, matou dissidentes, pôs muitas pessoas na prisão. Quero que ele assista à Rússia a transformar-se numa sociedade democrática na cadeia.”

As autoridades prisionais russas confirmaram a morte de Alexei Navalny, principal figura da oposição russa a 16 de fevereiro deste ano, depois de ter sido transferido da prisão onde estava para uma colónia penal numa região remota do Ártico.

Após a morte do opositor russo, a esposa ocupou rapidamente o lugar de ativista política, tendo exercido trabalho nesse sentido desde essa altura.

Apesar de responsabilizar diretamente o presidente russo pela morte do marido, Navalnaya garantiu que não é a vingança que a move.“Eu amo o meu país. Os meus filhos adoram o país. Quero voltar ao meu país. Há um criminoso que lidera o meu país. Vi a luta do meu marido por anos”, justificou. Porque é que vamos dar o país a Putin?”, questionou.

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