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N\u00e3o nos podemos dar ao luxo de n\u00e3o nos envolvermos\u0022, afirmou, acrescentando que vai \u0022continuar a levantar\u0022 a quest\u00e3o do respeito pelos direitos humanos junto das autoridades tunisinas e eg\u00edpcias.\u0160uica tamb\u00e9m se comprometeu a realizar avalia\u00e7\u00f5es de impacto sobre os direitos humanos antes de qualquer acordo futuro, a implementar um \u0022controlo robusto\u0022 e a pedir o contributo do Parlamento antes de iniciar as negocia\u00e7\u00f5es.\u0022Todos os nossos acordos incluem a prote\u00e7\u00e3o dos direitos humanos\u0022, afirmou.\u0022Sem condi\u00e7\u00f5es, nada ser\u00e1 feito\u0022, acrescentou. \u0022Nenhum c\u00eantimo do dinheiro dos contribuintes europeus vai para as m\u00e3os erradas\u0022.\u0160uica, que no mandato anterior ocupou a pasta da Democracia e Demografia, sublinhou que \u00e9 necess\u00e1rio fazer mais para promover percursos seguros e legais; regressos seguros, dignos e volunt\u00e1rios; combater o contrabando de migrantes e refor\u00e7ar a gest\u00e3o das fronteiras.Disse ainda que estes acordos n\u00e3o t\u00eam apenas a ver com a migra\u00e7\u00e3o, mas tamb\u00e9m com a necessidade de garantir que a Uni\u00e3o Europeia se torne o \u0022parceiro fi\u00e1vel\u0022 de elei\u00e7\u00e3o para os pa\u00edses do Mediterr\u00e2neo, do M\u00e9dio Oriente e de \u00c1frica, com la\u00e7os mais profundos em mat\u00e9ria de energia e ind\u00fastria.Durante a audi\u00e7\u00e3o, \u0160uica foi tamb\u00e9m questionada sobre a sua estrat\u00e9gia para o M\u00e9dio Oriente e reiterou o apoio para uma solu\u00e7\u00e3o de dois Estados, prometendo aumentar a influ\u00eancia da Uni\u00e3o Europeia na regi\u00e3o.\u0022Queremos ser n\u00e3o s\u00f3 pagadores mas tamb\u00e9m atores\u0022, afirmou. \u0022N\u00e3o queremos ser o maior doador para tudo e n\u00e3o ter influ\u00eancia pol\u00edtica\u0022.", "dateCreated": "2024-11-05T15:55:49+01:00", "dateModified": "2024-11-05T19:52:23+01:00", "datePublished": "2024-11-05T19:52:23+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F83%2F38%2F46%2F1440x810_cmsv2_ba4f7b9c-29d4-53c1-8fec-c6fbcf20e22c-8833846.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Dubravka Suica, da Cro\u00e1cia, nomeada para o cargo de Comiss\u00e1ria Europeia para o Mediterr\u00e2neo, durante a audi\u00e7\u00e3o no Parlamento Europeu. 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Jordânia e Marrocos são os próximos países a beneficiar de acordos globais com a UE, diz a nova Comissária para o Mediterrâneo

Dubravka Suica, da Croácia, nomeada para o cargo de Comissária Europeia para o Mediterrâneo, durante a audição no Parlamento Europeu.
Dubravka Suica, da Croácia, nomeada para o cargo de Comissária Europeia para o Mediterrâneo, durante a audição no Parlamento Europeu. Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
De Alice Tideyvideo by Aïda Sanchez Alonso
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A próxima Comissão Europeia deve incluir uma pasta para o Mediterrâneo, sublinhando a importância geopolítica que a União Europeia atribui a esta região.

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A Jordânia e Marrocos são os próximos países na linha da frente para celebrarem acordos abrangentes com a União Europeia, numa tentativa de travar as chegadas irregulares de migrantes e impulsionar os laços comerciais, disse a nova comissária para o Mediterrâneo aos eurodeputados, esta terça-feira.

Dubravka Šuica afirmou, em Bruxelas, durante uma audição de três horas, que se vai concentrar na das chamadas parcerias estratégicas e abrangentes com países terceiros, se conseguir um segundo mandato no executivo da União Europeia, agora com a pasta do Mediterrâneo.

"Vamos propor acordos estratégicos globais com todos os países, seja com o Médio Oriente, seja com África, seja com os países do Golfo", afirmou.

"As negociações já começaram com a Jordânia e estamos a tentar negociar com Marrocos", acrescentou. "Pensamos que estes dois países podem ser úteis para nós e nós podemos ser úteis para eles".

Dois desses acordos foram fechados em julho de 2023 com o Egito e com a Tunísia, no valor de 7,4 mil milhões de euros e 1 milhão de euros, respetivamente, mas geraram muita polémica devido a preocupações com os direitos humanos e retrocesso democrático nestes dois países do norte da África.

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o seu homólogo tunisino, Kais Saied, foram ambos acusados pela oposição política interna e por organizações de defesa dos direitos humanos de estarem a aumentar o controlo sobre o poder e a liderar regimes autoritários.

Questionada sobre o motivo pelo qual a Comissão Europeia não efetuou uma avaliação de impacto sobre os direitos humanos antes de os acordos com o Cairo e Tunes, Šuica insistiu que o fator tempo era essencial, uma vez que ambos os países "estavam à beira do colapso e, por essa razão, tínhamos de agir com urgência".

Disse ainda que os acordos de assistência macrofinanceira produziram bons resultados, incluindo "menos 80% menos migrantes vindos da Tunísia no ano ado em comparação com 2022". Revelou também que foram feitas avaliações sobre a implementação, mas "os resultados são de natureza confidencial" e não podem ser tornados públicos.

"Há coisas que temos de corrigir

Apesar de ter garantido aos membros da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu (AFET) que "há algumas coisas que temos de corrigir, há algumas lições aprendidas" com estes dois acordos, a comissária defendeu a estratégia da Comissão Europeia.

"Se não tivéssemos feito nada, seria melhor? Se não nos empenharmos, quem é que se vai empenhar? Não nos podemos dar ao luxo de não nos envolvermos", afirmou, acrescentando que vai "continuar a levantar" a questão do respeito pelos direitos humanos junto das autoridades tunisinas e egípcias.

Šuica também se comprometeu a realizar avaliações de impacto sobre os direitos humanos antes de qualquer acordo futuro, a implementar um "controlo robusto" e a pedir o contributo do Parlamento antes de iniciar as negociações.

"Todos os nossos acordos incluem a proteção dos direitos humanos", afirmou.

"Sem condições, nada será feito", acrescentou. "Nenhum cêntimo do dinheiro dos contribuintes europeus vai para as mãos erradas".

Šuica, que no mandato anterior ocupou a pasta da Democracia e Demografia, sublinhou que é necessário fazer mais para promover percursos seguros e legais; regressos seguros, dignos e voluntários; combater o contrabando de migrantes e reforçar a gestão das fronteiras.

Disse ainda que estes acordos não têm apenas a ver com a migração, mas também com a necessidade de garantir que a União Europeia se torne o "parceiro fiável" de eleição para os países do Mediterrâneo, do Médio Oriente e de África, com laços mais profundos em matéria de energia e indústria.

Durante a audição, Šuica foi também questionada sobre a sua estratégia para o Médio Oriente e reiterou o apoio para uma solução de dois Estados, prometendo aumentar a influência da União Europeia na região.

"Queremos ser não só pagadores mas também atores", afirmou. "Não queremos ser o maior doador para tudo e não ter influência política".

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