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Antiga presidente da Lituânia: "Se o Ocidente ceder dará espaço a Putin para preparar nova agressão"

Dalia Grybauskaité foi presidente da Lituânia entre 2009 e 2019
Dalia Grybauskaité foi presidente da Lituânia entre 2009 e 2019 Direitos de autor Mindaugas Kulbis/Copyright 2019 The AP. All rights reserved.
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De Joana Mourão Carvalho
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Em entrevista à Euronews, Dalia Grybauskaitė garante que a Lituânia vai continuar a ser um parceiro responsável da União Europeia, da Ucrânia e da NATO.

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A Lituânia vai continuar a ser um parceiro responsável da União Europeia e da Ucrânia se o centro-esquerda conseguir formar um novo governo. A garantia é dada pela antiga presidente lituana Dalia Grybauskaitė, em entrevista à Euronews.

"Há uma grande probabilidade de a Lituânia ter agora um governo de centro-esquerda. Mas do ponto de vista da política externa, não vejo quaisquer mudanças sérias. Será um trabalho de continuidade, teremos um comportamento responsável para com os nossos parceiros, uma postura pró-europeia, pró-NATO e pró-ucraniana. Deste ponto de vista, a Lituânia continuará a ser um bom parceiro para a União Europeia e para os nossos parceiros", comenta.

Na primeira volta das eleições legislativas, o Partido Social-Democrata da Lituânia (LSDP), de centro-esquerda, liderou os resultados, seguido do partido de centro-direita União da Pátria - Democratas-Cristãos (TS-LKD) da atual primeira-ministra, Ingrida Simonyte. 

A segunda volta está marcada para este domingo, dia 27 de outubro. A maioria dos círculos eleitorais uninominais votará para escolher entre os dois principais candidatos.

A segurança interna é uma das preocupações a marcar o processo eleitoral na Lituânia, país que faz parte do flanco oriental da NATO e da União Europeia. 

Para a antiga chefe de Estado do país, um acordo de paz na Ucrânia que permita à Rússia manter os territórios conquistados, como pretende Vladimir Putin, apenas vai dar espaço para a Rússia se preparar para uma nova agressão a outros países vizinhos, como os Estados Bálticos e não só.

"Se nós, países ocidentais e NATO, permitirmos que a Ucrânia ceda e faça esse tipo de compromisso, significará que o Ocidente não conseguiu resistir ao estado terrorista na fronteira. E isso também significará que daremos espaço para a Rússia se preparar para o próximo clima agressivo em relação aos seus vizinhos. E não são necessariamente os Estados bálticos. Poderia ser também a Moldova, até mesmo a Geórgia", alerta Dalia Grybauskaitė.

A ex-comissária europeia acredita que o presidente russo vai continuar a representar um perigo para toda a Europa enquanto for vivo.

"A Rússia de Putin hoje é um vizinho perigoso. Não é apenas a Rússia, mas a Rússia de Putin. Principalmente porque Putin começou uma guerra aberta contra os seus vizinhos, e não tem como voltar atrás. E até ao fim do seu tempo, estará num estado de espírito de guerra. Isso significa que, num ambiente de guerra mais ou menos intenso, ele será sempre perigoso para a União Europeia e seus vizinhos", acrescenta.

A ex-presidente da Lituânia considera ainda que as eleições norte-americanas também vão ter impacto nas relações com a Rússia e criar novos desafios à União Europeia, independentemente de quem sair vitorioso no próximo dia5 de novembro.

"Com a possível eleição de Kamala Harris, esses desafios serão, de certa forma, para que a Europa assuma mais responsabilidades de defesa e seja mais auto-resiliente. Com a potencial vitória de Donald Trump, esses desafios vão ser tão vastos que não teremos tempo para discutir e pensar, mas apenas para tomar decisões. E, deste ponto de vista, a Europa precisa de adotar uma postura muito séria para investir rapidamente na indústria de defesa, nas capacidades militares, e o processo de tomada de decisão tem de ser agilizado. Não haverá tempo para discussão. Putin não nos dará tempo para discussão", reforça.

Dalia Grybauskaitė esteve em Portugal para as Conferências do Estoril, onde participou esta sexta-feira num sobre diplomacia e cooperação internacional, juntamente com o antigo chefe de Estado da Mongólia, Elbegdorj Tsakhia, e o ex-primeiro ministro da Tunísia, Mehdi Jomaa.

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