Israel tem estado em guerra com o grupo militante Hamas, sediado em Gaza, desde outubro ado, depois de este ter lançado um ataque no sul de Israel que matou 1200 pessoas. Mais recentemente, abriu-se uma nova frente no Líbano, onde as IDF lançaram uma operação terrestre em 30 de setembro.
Centenas de manifestantes marcharam pelo centro de Roma para apelar a um cessar-fogo em Gaza.
Ao som de "Palestina livre, livre", os manifestantes exigiram também o fim dos combates no Líbano, que registaram um aumento das hostilidades nas últimas semanas.
"Nós, enquanto estudantes, sentimos que temos de sair à rua para continuar a exigir um cessar-fogo e para continuar a exigir liberdade, para exigir que o nosso governo nos proteja, não só quando as bases da ONU são atacadas, mas também quando há mulheres, homens e crianças debaixo das bombas, sem qualquer razão real, mas apenas por causa da loucura de Netanyahu, que prossegue uma política de ódio", disse um dos manifestantes, Pietro Marchioncini.
Israel e o grupo militante Hezbollah, sediado no Líbano, têm trocado tiros quase diários desde o início da guerra em Gaza, em outubro, deslocando milhares de pessoas de ambos os lados da fronteira.
As hostilidades intensificaram-se recentemente, com ambas as partes a atingirem alvos mais profundos no interior dos respectivos países.
Na sexta-feira, numa reunião do grupo MED9 de países do sul da UE, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, juntaram-se a Emmanuel Macron para condenar o que o Presidente francês chamou de "alvos deliberados" de Israel contra soldados pertencentes a uma força de paz da ONU no sul do Líbano, a UNIFIL.
Fontes da ONU afirmaram que as tropas israelitas abriram fogo contra três posições ocupadas pelos capacetes azuis no sul do Líbano, na quinta-feira. A França, a Espanha e a Itália contribuem com tropas para a UNIFIL.
"Não posso evitar voltar atrás e condenar o que aconteceu. Não é aceitável. Viola as disposições da Resolução 1701 da ONU. O Governo italiano, como sabem, protestou veementemente junto das autoridades israelitas", afirmou Meloni.
Entretanto, em 30 de setembro, Israel lançou no Líbano o que designou por uma operação terrestre com o objetivo de encontrar e eliminar posições do Hezbollah.
Acredita-se que possam existir cerca de 15.000 soldados israelitas no Líbano.
Protestos em Portugal
A capital portuguesa, Lisboa, assistiu a uma manifestação semelhante, com milhares de pessoas a apelarem ao fim das hostilidades em Gaza e a criticarem a cumplicidade dos governos ocidentais que vendem armas a Israel.
A guerra em Gaza eclodiu a 7 de outubro do ano ado, depois de o grupo militante Hamas ter lançado uma incursão relâmpago em Israel, matando cerca de 1200 pessoas e levando outras 250 para a Faixa de Gaza como reféns.
A resposta militar israelita foi quase imediata e devastou Gaza. Em agosto, a ONU afirmou que cerca de 80% dos edifícios da Faixa de Gaza tinham sido destruídos.
Esta situação provocou uma enorme catástrofe humanitária, com dezenas de milhares de habitantes de Gaza deslocados internamente, muitas vezes a viver em campos de tendas esquálidos, com pouco ou nenhum o a alimentos, água potável e instalações médicas.
O Ministério da Saúde, dirigido pelo Hamas, afirma que mais de 42.000 pessoas foram mortas em pouco mais de um ano de combates, mas não faz distinção entre combatentes e civis na sua contagem.