Chefe de Estado quer que resultados das conversações lhe sejam comunicados no final da próxima semana. Os principais partidos da Áustria recusam governar com a extrema-direita, vencedora das eleições legislativas.
O presidente da Áustria afirmou que quer clareza para o país, depois dos mais fortes partidos políticos austríacos terem afirmado que não trabalharão com a extrema-direita, vencedora das eleições legislativas, para formar um governo de coligação.
Alexander Van der Bellen pediu ao líder do Partido da Liberdade, Herbert Kickl, de extrema-direita, ao atual Chanceler Karl Nehammer, do Partido Popular Austríaco, conservador, e a Andreas Babler, do Partido Social-Democrata, de centro-esquerda, que dialoguem e lhe comuniquem o resultado das conversações na próxima semana.
"Solicito aos líderes dos três partidos mais votados, Herbert Kickl, Karl Nehammer e Andreas Babler, que mantenham conversações entre si, ao nível dos líderes partidários, e que esclareçam de forma fiável que tipo de cooperação mútua é ou seria concebível em princípio.", declarou o chefe de Estado austríaco, Alexander Van der Bellen.
O Partido da Liberdade, de extrema-direita, ficou em primeiro lugar nas eleições de 29 de setembro, com 28,8% dos votos, assegurando o seu melhor resultado de sempre.
Se o seu líder, o eurocético Herbert Kickl, não conseguir formar governo, a alternativa será uma coligação liderada pelo Partido Popular com os sociais-democratas de centro-esquerda.
Anteriormente, o partido da Liberdade era o parceiro mais fraco dos governos liderados pelo Partido Popular.
No início do mês, cerca de 25 mil pessoas protestaram no centro de Viena contra um eventual governo de extrema-direita.
Não existe um prazo formal para a formação de um novo executivo na Áustria.