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UE apela à contenção de Israel e do Hezbollah no "momento da verdade" para o Líbano

O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Abdallah Bouhabib, em Beirute, no Líbano.
O chefe da política externa da União Europeia, Josep Borrell, fala durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro libanês dos Negócios Estrangeiros, Abdallah Bouhabib, em Beirute, no Líbano. Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
Direitos de autor Hussein Malla/Copyright 2024 The AP. All right reserved
De Mared Gwyn Jonesvideo by Aida Sanchez Alonso
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O aviso do bloco surge no meio de sinais de que Israel está a intensificar a sua ofensiva com uma incursão terrestre no Líbano.

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia apelaram a um "cessar-fogo imediato" entre o Hezbollah e Israel, perante a informação de que Israel lançou pequenos ataques ao Líbano antes de uma invasão terrestre iminente.

"A soberania de Israel e do Líbano tem de ser garantida e qualquer nova intervenção militar agravaria dramaticamente a situação e tem de ser evitada", afirmou o principal diplomata da UE, Josep Borrell, numa declaração após as conversações de emergência entre os ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco.

"Estamos muito preocupados com o risco de uma nova escalada do conflito em toda a região e apelamos a todas as partes na região para que mostrem contenção no interesse do desanuviamento".

"As armas devem agora calar-se e a voz da diplomacia deve falar e ser ouvida por todos", acrescentou Borrell.

No Líbano, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noël Barrot, instou Israel a "abster-se de qualquer incursão terrestre e a cessar os disparos", apelando ao Hezbollah para que faça o mesmo.

A reunião ministerial da UE, que decorreu por videochamada, teve um caráter informal, o que significa que não foram tomadas decisões sobre a resposta do bloco à escalada das hostilidades. As profundas divisões entre as posições dos países da UE sobre o conflito que envolve o Médio Oriente desde o início da guerra em Gaza, em outubro ado, enfraqueceram a influência diplomática do bloco na região.

A cautela da UE surge poucas horas depois de o ministro da defesa israelita, Yoav Gallant, ter afirmado que a "próxima fase" da guerra de Israel contra o Hezbollah "começará em breve", informando as tropas estacionadas junto à fronteira libanesa no norte de Israel.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deverá reunir o seu gabinete de segurança ainda esta segunda-feira.

Durante a noite de domingo, os ataques israelitas atingiram o coração de Beirute, capital do Líbano, pela primeira vez desde 7 de outubro, o que levou a comunidade internacional a esforçar-se por evitar que o conflito se alastrasse ainda mais.

Esta ação seguiu-se a sete dias consecutivos de ataques aéreos contra o Líbano, durante os quais foram assassinados vários altos responsáveis do Hezbollah, incluindo o seu líder Hassan Nasrallah. Israel também intensificou os ataques contra outros militantes apoiados pelo Irão, matando o líder do Hamas no Líbano e atacando os militantes Houthi no Iémen.

UE manifesta o seu apoio ao frágil governo libanês

Borrell reiterou também o empenho da UE em apoiar as autoridades libanesas e salientou os esforços em curso para prestar ajuda humanitária fundamental aos seus cidadãos.

Os ataques dirigidos aos líderes do Hezbollah e às infraestruturas em zonas civis levaram cerca de um milhão de pessoas no Líbano a fugir das suas casas, estimando-se que cerca de 100 000 tenham procurado refúgio na vizinha Síria.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia também disponibilizou 10 milhões de euros de ajuda humanitária adicional ao Líbano para ajudar as pessoas afetadas pela escalada de violência. Os medicamentos e o equipamento médico disponibilizados ao abrigo do mecanismo de proteção civil da UE foram entregues no domingo.

O agravamento da crise económica, a fragilidade do governo e a presença do Hezbollah no território libanês tornaram o Líbano vulnerável à instabilidade que assola a região desde 7 de outubro.

Em abril, os dirigentes da UE já se tinham comprometido a aprofundar as relações com o Líbano, receando uma escalada.

"A UE tem de se empenhar coletivamente na preservação das instituições estatais (do Líbano), que estão em risco de colapso", afirmou Borrell, acrescentando que a eleição de um presidente libanês é fundamental para apoiar a estabilidade do país.

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