Pacote de ajuda conta com 7,2 mil milhões de euros. Presidente ucraniano diz que a ajuda disponibilizada vai ajudar a Ucrânia a alcançar a vitória contra a Rússia. Zelenskyy reúne-se hoje com Biden e Kamala Harris.
No dia em que Zelenskyy ruma à Casa Branca para mostrar o seu “plano de paz” a Joe Biden, o presidente norte-americano adiantou-se, anunciando esta manhã um novo pacote de ajuda para a Ucrânia no valor de 7,2 mil milhões de euros.
“Os Estados Unidos darão à Ucrânia o apoio de que necessita para vencer esta guerra”, afirmou Biden numa declaração, comprometendo-se a garantir que todo o financiamento aprovado seja desembolsado antes de deixar o cargo”, informou o presidente norte-americano.
O anúncio foi feito após os dois líderes terem-se reunido em Nova Iorque, num encontro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas.
O novo pacote da ajuda financeira é composto por 5,2 mil milhões em ajuda militar, previamente aprovados pelo Pentágono e 2 mil milhões estão incluídos na Iniciativa de Assistência à Segurança da Ucrânia.
Volodymyr Zelenskyy recorreu à rede social X para agradecer pela ajuda financeira.
"Utilizaremos esta assistência da forma mais eficiente e transparente possível para alcançar o nosso principal objetivo comum: a vitória da Ucrânia, uma paz justa e duradoura e a segurança transatlântica", é possível ler na publicação.
Volodymyr Zelenskyy visita Washington esta quinta-feira, numa altura em que o apoio dos EUA à luta do seu país contra a Rússia enfrenta um ajuste de contas partidário nas eleições presidenciais deste ano.
A vice-presidente Kamala Harris, a candidata democrata à presidência, comprometeu-se a continuar a enviar assistência militar à Ucrânia se for eleita. Ela terá a sua própria reunião com Zelenskyy depois de o líder ucraniano se sentar com o Presidente Joe Biden.
Ataques russos fazem oito feridos em Zaporijía
Em território ucraniano, uma noite de intensos bombardeamentos russos atingiu várias cidades na quarta-feira. Pelo menos oito pessoas ficaram feridas num ataque noturno em Zaporijía, incluindo um rapaz de 14 anos, segundo informou o chefe regional Ivan Fedorov na manhã de quinta-feira.
O Serviço de Emergência da Ucrânia afirma que 12 edifícios residenciais foram danificados na cidade e 18 pessoas foram retiradas.
Vídeos mostram casas fortemente danificadas, janelas rebentadas e paredes perfuradas com estilhaços.
Um outro ataque de drones a Ivano-Frankivsk danificou a rede elétrica da cidade. Quatro ruas centrais da cidade e algumas das adjacentes ficaram sem eletricidade.
Algumas das instituições de ensino da cidade terão cortes de energia durante pelo menos um dia e os autocarros elétricos também deixaram de circular em algumas rotas.
As defesas aéreas da Ucrânia também lutaram contra drones e mísseis sobre a capital do país, durante mais de cinco horas.
No total, a Rússia lançou seis mísseis e 78 drones contra a Ucrânia durante a noite de quarta para quinta-feira, disse a força aérea da Ucrânia. As defesas destruíram quatro dos mísseis e 66 drones no ar.
Putin propõe alterações à doutrina nuclear russa. Um "sinal de aviso" segundo o Kremlin
Vladimir Putin reuniu na quarta-feira o Conselho de Segurança da Rússia, durante o qual propôs alterações às condições da doutrina nacional para a utilização de dissuasão nuclear.
“É importante prever os desenvolvimentos de uma dada situação e adaptar as provisões dos documentos de planeamento estratégico de acordo com as realidades atuais”, afirmou o presidente russo.
As alterações permitiriam a Moscovo responder aos ataques ucranianos, utilizando essas armas.
Esta quinta-feira, o Kemlin voltou ao assunto, explicando que as alterações à doutrina nuclear têm como objetivo desencorajar os aliados ocidentais da Ucrânia de apoiarem ataques contra a Rússia, afirmou o Kremlin na quinta-feira.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas que as revisões do documento anunciadas pelo Presidente Vladimir Putin são um “sinal de aviso a esses países sobre as consequências no caso de se envolverem num ataque ao nosso país com vários meios, não necessariamente nucleares”.