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Presidente búlgaro recusa nomeação de governo provisório adiando eleições no país

Presidente da Bulgária, Rumen Radev, fala depois de votar numa assembleia de voto em Sófia, a 2 de abril de 2023
Presidente da Bulgária, Rumen Radev, fala depois de votar numa assembleia de voto em Sófia, a 2 de abril de 2023 Direitos de autor Valentina Petrova/Valentina Petrova
Direitos de autor Valentina Petrova/Valentina Petrova
De Euronews com AP
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Há dez dias o presidente búlgaro Rumen Radev nomeou Goritsa Grancharova-Kozhareva como nova primeira-ministra interina da Bulgária e pediu-lhe que formasse um governo. Hoje o presidente recusou o decreto relativo ao novo governo provisório por causa da escolha de um elemento.

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O presidente búlgaro, Rumen Radev, abriu um novo capítulo na história contemporânea da Bulgária ao recusar decretar um novo gabinete provisório proposto pela primeira-ministra indigitada Goritsa Grancharova-Kozhareva. A razão principal deve-se à inclusão de Kalin Stoyannov como ministro dos Assuntos Internos proposto pela primeira-ministra interina.

Isto acontece apenas dez dias depois de Radev ter dado posse a primeira-ministra interina dois meses após eleições.

A primeira-ministra apresentou esta manhã a sua lista de governo e Radev alertou para o facto do nome de Stoyanov não garantir eleições justas e apelou a Grancharova para que o substituísse, dando-lhe um prazo até às 15h00 de segunda-feira.

No entanto, a PM indigitada manteve a sua decisão "bem-informada e que não iria recuar", esclareceu.

“Chamei a atenção para o facto quando entreguei o mandato - para assegurar a acalmia da situação política e a realização de eleições justas. Obviamente, isto é impossível se o ministro Kalin Stoyanov mantiver o seu cargo. Será que Kalin Stoyanov é mais importante do que a formação de um governo e estão dispostos a assumir a responsabilidade por uma potencial crise constitucional por causa dele?”, afirmou Radev.

Perante a comunicaçao social, Radev anunciou: “Não ei o decreto de nomeação do governo que propus e, por conseguinte, o vosso compromisso de formar um governo acabou”, disse.

O atual governo provisório de Dimitar Glavchev permanecerá no poder até que o Parlamento apresente uma nova lista de potenciais primeiros-ministros. "Exercerei as minhas funções de primeiro-ministro interino durante o tempo necessário para que o país não entre numa crise constitucional", disse em declarações na página de facebook Dimitar Glavchev.

"É meu dever conduzir o país através desta situação sem precedentes. Tendo em conta a situação que se criou e, se tal evitar um subsequente bloqueio institucional, declaro que estou pronto a participar no procedimento constitucional para a nomeação de um primeiro-ministro interino", acrescentou.

Assim, o novo governo provisório não será empossado pelo parlamento na terça-feira, 20 de agosto como estava determinado, e significa que as eleições, inicialmente previstas para 20 de outubro, serão adiadas.

A Bulgária teve eleições antecipadas em junho e o país tem-se debatido com dificuldades para criar um governo estável e esta será a sétima eleição do país em três anos.

Questão constitucional ou política?

A decisão do presidente Radev abriu um precedente na Bulgária, mas os constitucionalistas estão divididos sobre se a questão é constitucional ou política.

"A crise não é constitucional, a crise é política e resulta da incapacidade da Assembleia Nacional de fornecer uma lista completa, de candidatos adequados,de entre os quais o Presidente deveria escolher, tal como estipulado no texto constitucional", explica Natalia Kselova, especialista em crise constitucional.

Kiselova diz que a data das próximas eleições poderá ser por volta do mês de dezembro.

De acordo com outro especialista, Orlin Kolev, o presidente nomeou-se a si próprio como último recurso. "Sob proposta do primeiro-ministro interino, o presidente deve emitir um decreto sobre a composição específica do Governo interino. Isto significa que a estrutura e a composição do pessoal se baseiam nas propostas do primeiro-ministro", disse o especialista em direito constitucional.

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