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Oposição alemã contra benefícios fiscais para estrangeiros

Objetivo do Governo é conseguir atrair anualmente 400.000 trabalhadores qualificados
Objetivo do Governo é conseguir atrair anualmente 400.000 trabalhadores qualificados Direitos de autor Michael Reichel/AP
Direitos de autor Michael Reichel/AP
De Kristina Jovanovski
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Plano visa lidar com falta de mão-de-obra qualificada, numa altura em que o envelhecimento da população se sente cada vez mais no país. Oposição diz que a proposta é injusta para os trabalhadores nacionais.

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A Alemanha está a enfrentar um problema de escassez de mão-de-obra em várias áreas. O Governo está agora a propor reduções fiscais de 10 a 30% nos primeiros três anos, com certos limites, para atrair trabalhadores qualificados do estrangeiro.

Rohan Shinde, que vem da Índia e trabalha em logística, considera que esta medida pode ser apelativa para os compatriotas qualificados.

“Muito provavelmente tentariam migrar para cá. Isso iria motivar e aumentar a vontade de vir para cá”, diz Shinde.

Mas esta proposta do governo gerou críticas de vários sectores. O principal partido da oposição, a União Democrata-Cristã (CDU), de centro-direita, opõe-se a esta política. A CDU defende que os impostos ser reduzidos para todos os trabalhadores e não apenas para alguns.

A deputada Julia Klöckner, que faz parte da Comissão de Assuntos Económicos do parlamento diz que a proposta pode levar à polarização na sociedade, dividindo trabalhadores nacionais e estrangeiros, e até pode alimentar o extremismo.

“A sociedade está sob pressão devido à alta migração que temos na Alemanha, e agora seria um erro, um sinal errado, para os trabalhadores nacionais, que pagam muitos impostos, de que as pessoas que vêm de fora têm que pagar 30% a menos pelo mesmo trabalho”, diz Klöckner.

Políticas semelhantes na Europa

Outros países europeus oferecem incentivos fiscais para estrangeiros para responder à falta de mão-de-obra em algumas áreas.

Em julho, Portugal anunciou que ia retomar o programa de benefícios fiscais para estrangeiros, para atrair trabalhadores qualificados. A Suécia dá benefícios fiscais a pessoas com altos rendimentos ou que são especialistas em determinadas áreas. A Dinamarca também está a tentar atrair pessoas com altos rendimentos e investigadores com um imposto de cerca de 33%, enquanto os cidadãos podem pagar mais de 50%.

Rohan Shinde diz que ter mais dinheiro no bolso vai-lhe permitir investir na Alemanha e realizar alguns dos seus sonhos.

“Posso investir em ativos como comprar um apartamento, comprar um carro para mim, bem como levar os meus pais a viajar pelo mundo”, diz Shinde.

O objetivo do Governo é conseguir atrair anualmente 400.000 trabalhadores qualificados para o país a cada ano.

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