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Defesa e economia dominam Agenda Estratégica a adotar na cimeira da UE

The 27 leaders of the European Union will adopt a strategic agenda for the European commission to execute
The 27 leaders of the European Union will adopt a strategic agenda for the European commission to execute Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
De Isabel Marques da Silva
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A resposta à guerra na Ucrânia tem um impacto importante na definição da Agenda Estratégica da UE para 2024-2029, que será adotada na cimeira de líderes, no final do mês, em Bruxelas. O Pacto Ecológico vai ter um maior foco na defesa e na competitividade económica.

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A Agenda Estratégica é uma espécie de roteiro político que a próxima Comissão Europeia deve seguir até 2029, tendo sido desenhada pelo Conselho Europeu, que reúne os líderes dos 27 países.

A União não desistirá do Pacto Ecológico - com vista à ação climática que diminua a poluição e a produção de energia limpa e ível - e da agenda digital, mas há uma mudança de enfoque no sentido da segurança e da autonomia, segundo o analista do centro de estudos Bruegel, Simone Tagliapietra: "Agora, as políticas ecológicas vão sofrer uma nova guinada na Europa".

"Essas políticas serão colocadas ao serviço da competitividade, por um lado, e da segurança, por outro. Itso faz sentido porque ao longo dos últimos cinco anos fizemos muita legislação para o Pacto Ecológico Europeu, e agora precisamos de ar para a implementação”, acrescentou.

O Pacto Ecológico é um quadro legislativo importante para a política climática, a fim de combater a poluição e produzir energia limpa e ível, especialmente para diminuir a dependência de combustíveis fósseis da Rússia e de outros fornecedores em países não democráticos.

O que acontecerá à Europa em termos das suas próprias capacidades de defesa no caso de, digamos, os EUA reteriram parte do apoio no contexto da NATO?
Simone Tagliapietra
Analista político, Bruegel

As circunstâncias geopolíticas - que o analista descreveu como "novas águas turbulentas internacionais" - que influenciam a agenda vão para além da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Está em causa a política comercial desleal da China e a necessidade de parcerias para obter mtérias-primas e novos mercados, nomeadamente em África e na América do Sul, ajudando a criar emprego e crescimento eocnómico para essas populações.

Uma "Europa forte e segura" e uma "Europa próspera e competitiva" são os principais motores da agenda. O objetivo é criar uma maior capacidade industrial, em termos civis e militares, também para reduzir a dependência do principal aliado: os EUA.

"Há outro elemento que é muito importante: as eleições nos EUA e o que acontecerá se Trump voltar à Casa Branca. O que acontecerá à Europa em termos das suas próprias capacidades de defesa no caso de, digamos, os EUA reteriram parte do apoio no contexto da NATO?", questiona Tagliapietra.

Novos recursos financeiros e o alargamento

Outra questão em aberto é que os 27 líderes da UE têm ambição, mas como obter o dinheiro necessário para torná-la realidade? O analista do Bruegel considera que há três possíveis fontes de receita que devem ser reformadas.

"Em primeiro lugar, precisamos de utilizar melhor o orçamento europeu. Deverá ser feita uma discussão sobre como vamos gastar esse dinheiro e qual será o seu tamanho", refreriu.

"O segundo é o Banco Europeu de Investimento, que certamente desempenhará um papel maior nos próximos anos no que diz respeito a todos esses elementos. E, finalmente, nova dívida. Existirá a possibilidade de criar uma nova linha de crédito após o fim do programa Próxima Geração UE, em 2026?", concluiu.

A agenda também inclui um capítulo denominado "Europa Livre e Democrática", para fortalecer o Estado de direito.

A unanimidade que temos atualmente sobre política externa poderá ter de ser revista no futuro, porque não é concebível ter poder de veto para qualquer país se o clube se alargar ainda mais.
Simone Tagliapietra
Analista político, Brugel

Além disso, esta agenda deverá ajudar a pensar em como preparar o alargamento da União aos países do Leste, tais como a Ucrânia e a Moldova, e dos Balcãs Ocidentais.

"O alargamento implica que os países que querem entrar tenha a capacidade de aplicar a legislação da UE, o que exige muitas reformas nestes países e também exigirá uma nova governação a nível da UE. Portanto, também precisaremos repensar a forma como tomamos decisões: a unanimidade que temos atualmente sobre política externa poderá ter de ser revista no futuro, porque não é concebível ter poder de veto para qualquer país se o clube se alargar ainda mais", disse Tagliapietra.

A adoção desta agenda terá lugar durante a próxima cimeira da UE, nos dias 27 e 28 de junho, em Bruxelas.

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