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Parlamento da Geórgia dá luz verde à lei dos "agentes estrangeiros"

Manifestantes protestam contra lei dos "agentes estrangeiros" em Tbilisi na Geórgia
Manifestantes protestam contra lei dos "agentes estrangeiros" em Tbilisi na Geórgia Direitos de autor Shakh Aivazov/AP
Direitos de autor Shakh Aivazov/AP
De Euronews
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O partido no poder, o Sonho georgiano, aliou-se ao partido Democrático da Geórgia para anular o veto da presidente do país. Aprovação criou revolta entre a multidão que se juntou no exterior do parlamento na capital georgiana.

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O parlamento da Geórgia deu luz verde final à chamada lei sobre os "agentes estrangeiros" esta terça-feira, ficando assim anulado o veto da presidente Salome Zurabishvili, o que deixou revoltados os manifestantes reunidos no exterior do parlamento e põe em risco a aproximação da Geórgia à União Europeia (UE).

Centenas de manifestantes, na sua maioria jovens, gritaram “Russos!” e “Escravos!” enquanto agitavam bandeiras da Geórgia e da UE. A legislação tem provocado muita instabilidade na rua, e a polícia tem respondido com detenções aos múltiplos protestos. 

O partido no poder, o Sonho Georgiano, como se esperava, fez ar a lei. Aliado ao partido Democrático da Geórgia, o Sonho Georgiano tem 84 dos 150 lugares do hemiciclo. Era necessária uma maioria simples de 76 votos para fazer cair o veto de Zurabishvili.

A lei regressa agora à presidente Zurabishvili para ser assinada. Se a chefe de Estado se recusar a fazê-lo, o presidente do parlamento, Shalva Papuashvili, membro do Sonho Georgiano, pode a legislação e publicá-la.

A aprovação ocorreu apesar dos apelos de última hora da UE e de vários Estados-Membros da UE aos deputados georgianos para que não assem aquela que ficou conhecida como a “lei russa” devido à sua semelhança com a legislação introduzida pelo Kremlin para silenciar a oposição e a liberdade de expressão.

O chefe da política externa da UE, Josep Borrell, disse na segunda-feira que o bloco tinha começado a pesar as opções no caso de a Geórgia aprovar a lei. Segundo Borrell, será tomada uma decisão no próximo mês.

O Provedor de Justiça da Geórgia, Levan Ioseliani, também alertou para a necessidade de alterar a lei de modo a limitar os danos que, diz, esta irá causar à sociedade civil.

A lei exige que as organizações da sociedade civil e os meios de comunicação social que recebam mais de 20% do financiamento de fontes estrangeiras se submetam a uma supervisão que poderá incluir sanções por infrações penais ainda não definidas.

Os críticos afirmam que a legislação foi introduzida pelo Sonho Georgiano, fundado pelo magnata georgiano Bidzina Ivanishvili, próximo da Rússia, a fim de cimentar o controlo do partido no poder antes das eleições do final do ano, consideradas cruciais para a trajetória de integração europeia da Geórgia.

O partido Sonho georgiano insiste que continua empenhado em aderir às instituições ocidentais, sublinhando que a lei visa apenas aumentar a transparência do financiamento das organizações não-governamentais.

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