Estonianos de origem russa querem promover a unidade entre grupos étnicos dentro do país.
Quase 300 mil russos que vivem na Estónia votam regularmente nas eleições e vão inclusivamente votar nas próximas eleições europeias de junho. Geralmente elegem candidatos que falam a língua russa.
Jana Toom é uma das candidatas mais populares. Os apoiantes são sobretudo pró-europeus e distanciam-se das ações e objetivos do Kremlin.
"A primeira coisa que precisamos são as chamadas nações políticas. Nós não temos isso na Estónia. Na Estónia, nós medimos tudo pelo ADN, por assim dizer. Recuso-me absolutamente a responsabilizar as crianças de língua russa na Estónia pelo que Putin está a fazer," disse à Euronews.
Os jovens estonianos de origem russa também querem promover a unidade entre grupos étnicos dentro do país.
Maria Derlos, uma eleitora europeia de origem russa, diz que o candidato em que vai votar deve "representar e entender as lutas, desafios e oportunidades das minorias de língua russa, e não apenas ignorá-las".
Há também vozes pró-russas no país, como Aivo Peterson, um candidato ao Parlamento Europeu que está agora na prisão. Não se sabe bem o que acontecerá aos votos dos seus apoiantes.
"O partido ou movimento de Aivo Peterson é muito amigo de Putin", diz Anvar Samost, chefe editorial da emissora pública estoniana ERR. "A ironia é que o principal candidato - ou talvez o único candidato deste partido - está à espera que o tribunal decida em prisão preventiva porque há uma acusação contra ele por cooperar com os serviços especiais russos", acrescenta.
No entanto, nem todos os russos poderão votar nas próximas eleições da UE. Parte da diáspora russa na Estónia inclui aqueles que, apesar dos anos ados no país, não têm cidadania estoniana.