{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/03/27/diploma-europeu-tem-muita-ambicao-e-nenhum-financamento" }, "headline": "Diploma europeu tem muita ambi\u00e7\u00e3o e nenhum financiamento", "description": "A Comiss\u00e3o Europeia revelou planos para criar um diploma europeu para o n\u00edvel universit\u00e1rio que ser\u00e1 reconhecido em toda a UE, mas sem financiamento pr\u00f3prio.", "articleBody": "A proposta prev\u00ea que as universidades dos 27 pa\u00edses da UE se associem para oferecer programas de estudo conjuntos a n\u00edvel de licenciatura, mestrado ou doutoramento, que dar\u00e3o origem aos chamados \u0022diploma europeus\u0022 reconhecidos em todo o bloco, segundo foi apresentado, na quarta-feira, em confer\u00eancia de imprensa, em Bruxelas . O sistema estar\u00e1 aberto a institui\u00e7\u00f5es p\u00fablicas e privadas dos Estados-membros da UE, com a possibilidade de as universidades dos pa\u00edses parceiros do programa Erasmus+ tamb\u00e9m aderirem. O vice-presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Margaritis Schinas, afirmou\u00a0estar \u0022convencido\u0022 de que o diploma europeu \u00e9 a \u0022pr\u00f3xima grande novidade\u0022 em termos de tornar os benef\u00edcios da integra\u00e7\u00e3o europeia tang\u00edveis para os cidad\u00e3os. \u0022N\u00e3o tenho d\u00favidas (...) de que, dentro de alguns anos, o Diploma Europeu encontrar\u00e1 o seu lugar ao lado do espa\u00e7o Schengen, do Erasmus, do mercado \u00fanico e do euro, como realiza\u00e7\u00f5es europeias concretas\u0022, disse Schinas. 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Sem novo financiamento Para obter um diploma europeu, os estudantes ter\u00e3o de estudar em universidades de pelo menos dois Estados-membros diferentes, mas n\u00e3o ser\u00e1 libertado qualquer or\u00e7amento adicional para os ajudar a faz\u00ea-lo. \u0022O que estamos a fazer \u00e9 o contr\u00e1rio\u00a0 de uma abordagem elitista\u0022, afirmou Schinas, que explicou que n\u00e3o se cria uma\u00a0determinada classe de universidades, em pa\u00edses selecionados. \u0022Ao contr\u00e1rio de uma no\u00e7\u00e3o elitista, o programa \u00e9 inclusivo e est\u00e1 aberto a qualquer pessoa, a qualquer universidade, de qualquer Estado-membro\u0022, acrescentou Ilianova. \u0022As universidades n\u00e3o europeias da Ivy League est\u00e3o verdadeiramente interessadas nos diplomas europeus, porque v\u00eaem nisto uma oportunidade para subirem na hierarquia\u0022, acrescentou Schinas. Bruxelas acredita que o programa ir\u00e1 complementar o Erasmus+, sem d\u00favida a iniciativa mais popular e reconhecida da UE, que permite aos estudantes estudar ou trabalhar nas universidades de outros pa\u00edses europeus que n\u00e3o o de origem.\u00a0 O bloco investiu 26,2 mil milh\u00f5es de euros no Erasmus durante o per\u00edodo 2021-2027, com os estudantes a receberem at\u00e9 390 euros, por m\u00eas, em bolsas financiadas pela UE para os ajudar a estudar no estrangeiro. Os futuros estudantes poder\u00e3o utilizar o financiamento Erasmus para os ajudar a obter o Diploma Europeu, disse Schinas. D\u00favidas sobre o apoio nacional De acordo com a iniciativa da Comiss\u00e3o, as universidades inscrever-se-iam no sistema numa base puramente volunt\u00e1ria e n\u00e3o receberiam qualquer novo financiamento. No entanto, as universidades poupariam ao partilharem os seus recursos. O sistema envolve duas fases: A primeira consiste num r\u00f3tulo europeu que constituiria um selo de aprova\u00e7\u00e3o para demonstrar que um programa de estudos conjunto cumpre os requisitos do diploma europeu. A segunda \u00e9 um diploma europeu de pleno direito que seria atribu\u00eddo conjuntamente por v\u00e1rias universidades de diferentes Estados-membros. Para tal, seria necess\u00e1rio que os Estados-membros alterassem a sua legisla\u00e7\u00e3o nacional. A Associa\u00e7\u00e3o Europeia de Universidades congratulou-se com o projeto da Comiss\u00e3o, mas afirmou que o seu sucesso \u0022depende, antes de mais, da aplica\u00e7\u00e3o, em toda a Europa, das ferramentas e dos instrumentos relacionados com os programas conjuntos que j\u00e1 existem\u0022. A apresenta\u00e7\u00e3o da proposta \u00e9 apenas um primeiro o para o desenvolvimento de um plano global. 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Diploma europeu tem muita ambição e nenhum financiamento

O Vice-Presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, e a Comissária Europeia para a Educação, Iliana Ivanova, apresentam o projeto de um diploma europeu
O Vice-Presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, e a Comissária Europeia para a Educação, Iliana Ivanova, apresentam o projeto de um diploma europeu Direitos de autor Jennifer Jacquemart/CCE
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De Mared Gwyn Jones
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A Comissão Europeia revelou planos para criar um diploma europeu para o nível universitário que será reconhecido em toda a UE, mas sem financiamento próprio.

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A proposta prevê que as universidades dos 27 países da UE se associem para oferecer programas de estudo conjuntos a nível de licenciatura, mestrado ou doutoramento, que darão origem aos chamados "diploma europeus" reconhecidos em todo o bloco, segundo foi apresentado, na quarta-feira, em conferência de imprensa, em Bruxelas .

O sistema estará aberto a instituições públicas e privadas dos Estados-membros da UE, com a possibilidade de as universidades dos países parceiros do programa Erasmus+ também aderirem.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, afirmou estar "convencido" de que o diploma europeu é a "próxima grande novidade" em termos de tornar os benefícios da integração europeia tangíveis para os cidadãos.

"Não tenho dúvidas (...) de que, dentro de alguns anos, o Diploma Europeu encontrará o seu lugar ao lado do espaço Schengen, do Erasmus, do mercado único e do euro, como realizações europeias concretas", disse Schinas.

A comissária europeia para a Educação e Juventude, Iliana Ivanova, disse que o plano era uma resposta às exigências dos estudantes, das universidades e dos empregadores e que iria aumentar a competividade, "assegurando o lugar da Europa na corrida mundial ao talento".

Mas, apesar do seu entusiasmo, a dupla teve dificuldade em explicar a necessidade dos novos diplomas ou como funcionariam na prática. 

Atualmente, não existe um reconhecimento automático dos diplomas académicos em toda a UE, o que significa que os estudantes têm de se submeter a procedimentos complexos e dispendiosos para que os seus documentos sejam reconhecidos noutro país.

Ao contrário de uma noção elitista, o programa é inclusivo e está aberto a qualquer pessoa, a qualquer universidade, de qualquer Estado-membro.
Iliana Ivanova
Comissária europeia para a Educação e Juventude

Schinas afirmou que o projeto não se destina a "substituir o reconhecimento de diplomas ou qualificações profissionais" de uma única instituição, mas sim a oferecer uma "via opcional" de um diploma europeu. A perspetiva de obter um diploma europeu em vários Estados-membros poderá atrair mais talentos de países terceiros.

Sem novo financiamento

Para obter um diploma europeu, os estudantes terão de estudar em universidades de pelo menos dois Estados-membros diferentes, mas não será libertado qualquer orçamento adicional para os ajudar a fazê-lo.

"O que estamos a fazer é o contrário  de uma abordagem elitista", afirmou Schinas, que explicou que não se cria uma determinada classe de universidades, em países selecionados.

"Ao contrário de uma noção elitista, o programa é inclusivo e está aberto a qualquer pessoa, a qualquer universidade, de qualquer Estado-membro", acrescentou Ilianova.

"As universidades não europeias da Ivy League estão verdadeiramente interessadas nos diplomas europeus, porque vêem nisto uma oportunidade para subirem na hierarquia", acrescentou Schinas.

Bruxelas acredita que o programa irá complementar o Erasmus+, sem dúvida a iniciativa mais popular e reconhecida da UE, que permite aos estudantes estudar ou trabalhar nas universidades de outros países europeus que não o de origem. 

O bloco investiu 26,2 mil milhões de euros no Erasmus durante o período 2021-2027, com os estudantes a receberem até 390 euros, por mês, em bolsas financiadas pela UE para os ajudar a estudar no estrangeiro.

Os futuros estudantes poderão utilizar o financiamento Erasmus para os ajudar a obter o Diploma Europeu, disse Schinas.

Dúvidas sobre o apoio nacional

De acordo com a iniciativa da Comissão, as universidades inscrever-se-iam no sistema numa base puramente voluntária e não receberiam qualquer novo financiamento. No entanto, as universidades poupariam ao partilharem os seus recursos.

O sistema envolve duas fases:

  • A primeira consiste num rótulo europeu que constituiria um selo de aprovação para demonstrar que um programa de estudos conjunto cumpre os requisitos do diploma europeu.
  • A segunda é um diploma europeu de pleno direito que seria atribuído conjuntamente por várias universidades de diferentes Estados-membros. Para tal, seria necessário que os Estados-membros alterassem a sua legislação nacional.

A Associação Europeia de Universidades congratulou-se com o projeto da Comissão, mas afirmou que o seu sucesso "depende, antes de mais, da aplicação, em toda a Europa, das ferramentas e dos instrumentos relacionados com os programas conjuntos que já existem".

A apresentação da proposta é apenas um primeiro o para o desenvolvimento de um plano global. O trabalho intensificar-se-á no segundo semestre deste ano, disse um funcionário da UE, o que significa que o assunto ficará nas mãos da presidência húngara do Conselho da UE.

Atualmente, mais de 30 institutos húngaros estão suspensos do programa emblemático Erasmus+ da UE devido a preocupações com a sua autonomia em relação ao governo.

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