{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/03/07/adesao-da-ucrania-podera-custar-136-mil-milhoes-de-euros-ao-orcamento-da-ue" }, "headline": "Ades\u00e3o da Ucr\u00e2nia poder\u00e1 custar 136 mil milh\u00f5es de euros ao or\u00e7amento da UE", "description": "A ades\u00e3o da Ucr\u00e2nia \u00e0 Uni\u00e3o Europeia poder\u00e1 ter um impacto entre 110 mil milh\u00f5es e 136 mil milh\u00f5es de euros no or\u00e7amento, ao longo de sete anos, de acordo com um novo relat\u00f3rio do centro de estudos Bruegel.", "articleBody": "A proje\u00e7\u00e3o foi feita com base nas regras e prioridades do or\u00e7amento para 2021-2027, e\u00a0representaria entre 0,1% e 0,13% do produto interno bruto (PIB) da UE.\u00a0 A Ucr\u00e2nia\u00a0 obteve estatuto de candidata em dezembro ado .\u00a0 Neste valor n\u00e3o constam as verbas para a\u00a0reconstru\u00e7\u00e3o ap\u00f3s a guerra, estimadas em pelo menos 450 mil milh\u00f5es de euros ao longo da pr\u00f3xima d\u00e9cada, e partem do princ\u00edpio de que a Ucr\u00e2nia acabar\u00e1 por recuperar todos os territ\u00f3rios do Leste que as tropas russas ocuparam. O centro de estudos Bruegel, sedeado em Bruxelas, prev\u00ea que o governo de Kiev teria direito a: 85 mil milh\u00f5es de euros da Pol\u00edtica Agr\u00edcola Comum, cujos subs\u00eddios s\u00e3o atribu\u00eddos de acordo com a \u00e1rea de terras cultivadas. A Ucr\u00e2nia, com o seu poderoso setor agr\u00edcola, tornar-se-ia o maior benefici\u00e1rio desse programa. 32 mil milh\u00f5es de euros da Pol\u00edtica de Coes\u00e3o, que financia projetos de desenvolvimento. A afeta\u00e7\u00e3o dos fundos de coes\u00e3o est\u00e1 limitada a 2,3% do PIB de um Estado-membro. Sem este limite, a Ucr\u00e2nia teria direito a cerca de 190 mil milh\u00f5es de euros, ou seja, seis vezes mais. A Ucr\u00e2nia receberia ainda\u00a0 7 mil milh\u00f5es de euros de outros programas. No total, a Ucr\u00e2nia teria direito a cerca de 136 mil milh\u00f5es de euros (a pre\u00e7os correntes) ao longo de um per\u00edodo or\u00e7amental de sete anos. Este valor \u00e9 muito inferior aos 186 mil milh\u00f5es de euros que o jornal Financial Times noticiou,em outubro, com base num estudo elaborado pelo Conselho da UE No entanto, se o pa\u00eds n\u00e3o conseguir reconquistar o territ\u00f3rio ocupado pela R\u00fassia, perdendo controlo sobre popula\u00e7\u00e3o e recursos econ\u00f3micos, o Bruegel estima que a dota\u00e7\u00e3o baixar\u00e1 para 110 mil milh\u00f5es de euros. A ades\u00e3o da Ucr\u00e2nia \u0022dificilmente alteraria\u0022 o r\u00e1cio entre os pa\u00edses da UE que s\u00e3o contribuintes l\u00edquidos e os que s\u00e3o benefici\u00e1rios l\u00edquidos do or\u00e7amento da UE, mas provocaria, no entanto, uma remodela\u00e7\u00e3o tang\u00edvel das dota\u00e7\u00f5es or\u00e7amentais.\u00a0 Mesmo que o pa\u00eds conseguisse uma recupera\u00e7\u00e3o robusta ap\u00f3s a guerra, continuaria a ser consideravelmente mais pobre do que o atual Estado mais pobre da UE, a Bulg\u00e1ria, e provavelmente do que os pa\u00edses dos Balc\u00e3s Ocidentais, candidatos \u00e0 ades\u00e3o. Consequentemente, o PIB per capita da UE diminuiria, o que levaria a altera\u00e7\u00f5es na distribui\u00e7\u00e3o dos fundos de coes\u00e3o por cada regi\u00e3o eleg\u00edvel, disse Zsolt Darvas, analista do Bruegel e um dos autores do relat\u00f3rio.\u00a0 Al\u00e9m disso, a diferen\u00e7a de riqueza poderia estimular um \u00eaxodo de tr\u00eas a seis milh\u00f5es de ucranianos para outros pa\u00edses europeus, em busca de sal\u00e1rios mais elevados e de seguran\u00e7a laboral. \u0022Se a m\u00e9dia baixar, isso significa que algumas regi\u00f5es da UE que est\u00e3o atualmente na categoria mais baixa podem ar para as regi\u00f5es em transi\u00e7\u00e3o e algumas regi\u00f5es em transi\u00e7\u00e3o podem ar para as regi\u00f5es mais desenvolvidas\u0022, disse Darvas \u00e0 Euronews. \u0022Tamb\u00e9m conclu\u00edmos que os atuais pa\u00edses da UE receberiam menos 24 mil milh\u00f5es de euros de fundos de coes\u00e3o, simplesmente devido ao impacto mec\u00e2nico da Ucr\u00e2nia\u0022. Darvas referiu que o aumento do or\u00e7amento seria \u0022relativamente modesto\u0022 e, por isso, \u0022exequ\u00edvel\u0022, mas insistiu que as proje\u00e7\u00f5es eram estritamente \u0022hipot\u00e9ticas\u0022, uma vez que se espera que o bloco repense as suas regras internas e a tomada de decis\u00f5es antes de se alargar mais a Leste. Um risco oculto Para al\u00e9m de analisar as implica\u00e7\u00f5es financeiras da ades\u00e3o da Ucr\u00e2nia, o relat\u00f3rio tamb\u00e9m apresenta uma s\u00e9rie de sugest\u00f5es pol\u00edticas para garantir uma integra\u00e7\u00e3o suave. Por exemplo, o Bruegel recomenda que o bloco estabele\u00e7a um processo de alargamento faseado que permitiria \u00e0 Ucr\u00e2nia usufruir progressivamente dos benef\u00edcios da UE, tais como a aboli\u00e7\u00e3o das tarifas de roaming e a possibilidade de efetuar pagamentos em euros. Isto, por sua vez, incentivaria Kiev a empenhar-se nas grandes reformas necess\u00e1rias para desbloquear os 35 cap\u00edtulos das negocia\u00e7\u00f5es de ades\u00e3o. Mas, alerta o Bruegel, a transi\u00e7\u00e3o esconde um risco maior: A Ucr\u00e2nia, uma vez dentro do bloco, pode, a certa altura, cair num retrocesso democr\u00e1tico, como aconteceu com a Hungria e a Pol\u00f3nia. A Comiss\u00e3o Europeia abriu procedimentos de infra\u00e7\u00e3o contra esses pa\u00edses por causa do decl\u00ednio do Estado de direito, chegando ao ponto de congelar os fundos da UE . Esse precedente inspirou altera\u00e7\u00f5es ao quadro do alargamento, ando o cap\u00edtulo sobre valores fundamentais da UE a ser o primeiro e o \u00faltimo a ser encerrado. Foi acrescentando um princ\u00edpio de reversibilidade para interromper as conversa\u00e7\u00f5es se um candidato inverter os seus progressos. Darvas reconhece que o ponto de partida da Ucr\u00e2nia \u00e9 \u0022muito, muito fraco\u0022, uma vez que o pa\u00eds enfrenta uma m\u00e1 qualidade de governa\u00e7\u00e3o, elevados n\u00edveis de corrup\u00e7\u00e3o e a influ\u00eancia enraizada dos oligarcas. A lei marcial em vigor alterou o equil\u00edbrio de poder entre as institui\u00e7\u00f5es e ainda n\u00e3o \u00e9 claro quando ir\u00e1 terminar e quais os efeitos que ter\u00e1 no rescaldo. \u0022A quest\u00e3o crucial \u00e9 saber o que vai acontecer ao Estado de direito e \u00e0 democracia na Ucr\u00e2nia\u0022, disse Darvas. \u0022\u00c9 uma tarefa dif\u00edcil, mas depende sobretudo da Ucr\u00e2nia.\u0022 Consciente de uma poss\u00edvel reviravolta em Kiev, o relat\u00f3rio sugere que a UE deve inovar e conceber novas disposi\u00e7\u00f5es legais que possam garantir o respeito pelos valores fundamentais antes e depois da ades\u00e3o. Estes instrumentos inovadores poderiam ser inclu\u00eddos no tratado de ades\u00e3o que a Ucr\u00e2nia ia com o bloco e que seria ratificado por todos os parlamentos nacionais. Neste tratado, \u0022deveria ser inclu\u00edda uma cl\u00e1usula segundo a qual, se o pa\u00eds n\u00e3o cumprir determinados indicadores de refer\u00eancia enquanto membro da Uni\u00e3o Europeia, os seus direitos de voto podem ser suspensos de uma forma muito mais r\u00e1pida do que \u00e9 atualmente poss\u00edvel na UE\u0022, disse Darvas, referindo-se ao procedimento do artigo 7\u00ba, que apenas foi ativado contra a Hungria e a Pol\u00f3nia, mas nunca levado \u00e0s suas fases mais radicais. \u0022Al\u00e9m disso, o o aos fundos da UE poderia ser suspenso de uma forma muito mais r\u00e1pida. Por isso, penso que existe uma op\u00e7\u00e3o legal para proteger melhor a UE do retrocesso do Estado de direito e da corrup\u00e7\u00e3o\u0022. ", "dateCreated": "2024-03-06T15:03:47+01:00", "dateModified": "2024-03-07T07:01:07+01:00", "datePublished": "2024-03-07T07:00:22+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F28%2F88%2F56%2F1440x810_cmsv2_6f57cb9a-2fa1-5415-9382-bfe85d27bded-8288856.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O novo relat\u00f3rio do Bruegel analisa o impacto potencial da ades\u00e3o da Ucr\u00e2nia \u00e0 Uni\u00e3o Europeia.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F28%2F88%2F56%2F432x243_cmsv2_6f57cb9a-2fa1-5415-9382-bfe85d27bded-8288856.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Liboreiro", "givenName": "Jorge", "name": "Jorge Liboreiro", "url": "/perfis/1858", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@JorgeLiboreiro", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Adesão da Ucrânia poderá custar 136 mil milhões de euros ao orçamento da UE

O novo relatório do Bruegel analisa o impacto potencial da adesão da Ucrânia à União Europeia.
O novo relatório do Bruegel analisa o impacto potencial da adesão da Ucrânia à União Europeia. Direitos de autor European Union, 2024.
Direitos de autor European Union, 2024.
De Jorge Liboreiro
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A adesão da Ucrânia à União Europeia poderá ter um impacto entre 110 mil milhões e 136 mil milhões de euros no orçamento, ao longo de sete anos, de acordo com um novo relatório do centro de estudos Bruegel.

PUBLICIDADE

A projeção foi feita com base nas regras e prioridades do orçamento para 2021-2027, e representaria entre 0,1% e 0,13% do produto interno bruto (PIB) da UE.  A Ucrânia obteve estatuto de candidata em dezembro ado

Neste valor não constam as verbas para a reconstrução após a guerra, estimadas em pelo menos 450 mil milhões de euros ao longo da próxima década, e partem do princípio de que a Ucrânia acabará por recuperar todos os territórios do Leste que as tropas russas ocuparam.

O centro de estudos Bruegel, sedeado em Bruxelas, prevê que o governo de Kiev teria direito a:

  • 85 mil milhões de euros da Política Agrícola Comum, cujos subsídios são atribuídos de acordo com a área de terras cultivadas. A Ucrânia, com o seu poderoso setor agrícola, tornar-se-ia o maior beneficiário desse programa.
  • 32 mil milhões de euros da Política de Coesão, que financia projetos de desenvolvimento. A afetação dos fundos de coesão está limitada a 2,3% do PIB de um Estado-membro. Sem este limite, a Ucrânia teria direito a cerca de 190 mil milhões de euros, ou seja, seis vezes mais.
  • A Ucrânia receberia ainda 7 mil milhões de euros de outros programas.

No total, a Ucrânia teria direito a cerca de 136 mil milhões de euros (a preços correntes) ao longo de um período orçamental de sete anos. Este valor é muito inferior aos 186 mil milhões de euros que o jornal Financial Times noticiou,em outubro, com base num estudo elaborado pelo Conselho da UE

No entanto, se o país não conseguir reconquistar o território ocupado pela Rússia, perdendo controlo sobre população e recursos económicos, o Bruegel estima que a dotação baixará para 110 mil milhões de euros.

A adesão da Ucrânia "dificilmente alteraria" o rácio entre os países da UE que são contribuintes líquidos e os que são beneficiários líquidos do orçamento da UE, mas provocaria, no entanto, uma remodelação tangível das dotações orçamentais. 

Mesmo que o país conseguisse uma recuperação robusta após a guerra, continuaria a ser consideravelmente mais pobre do que o atual Estado mais pobre da UE, a Bulgária, e provavelmente do que os países dos Balcãs Ocidentais, candidatos à adesão.

Consequentemente, o PIB per capita da UE diminuiria, o que levaria a alterações na distribuição dos fundos de coesão por cada região elegível, disse Zsolt Darvas, analista do Bruegel e um dos autores do relatório. 

Além disso, a diferença de riqueza poderia estimular um êxodo de três a seis milhões de ucranianos para outros países europeus, em busca de salários mais elevados e de segurança laboral.

"Se a média baixar, isso significa que algumas regiões da UE que estão atualmente na categoria mais baixa podem ar para as regiões em transição e algumas regiões em transição podem ar para as regiões mais desenvolvidas", disse Darvas à Euronews.

"Também concluímos que os atuais países da UE receberiam menos 24 mil milhões de euros de fundos de coesão, simplesmente devido ao impacto mecânico da Ucrânia".

Darvas referiu que o aumento do orçamento seria "relativamente modesto" e, por isso, "exequível", mas insistiu que as projeções eram estritamente "hipotéticas", uma vez que se espera que o bloco repense as suas regras internas e a tomada de decisões antes de se alargar mais a Leste.

Um risco oculto

Para além de analisar as implicações financeiras da adesão da Ucrânia, o relatório também apresenta uma série de sugestões políticas para garantir uma integração suave.

A questão crucial é saber o que vai acontecer ao Estado de direito e à democracia na Ucrânia.
Zsolt Darvas
Analista, Bruegel

Por exemplo, o Bruegel recomenda que o bloco estabeleça um processo de alargamento faseado que permitiria à Ucrânia usufruir progressivamente dos benefícios da UE, tais como a abolição das tarifas de roaming e a possibilidade de efetuar pagamentos em euros. Isto, por sua vez, incentivaria Kiev a empenhar-se nas grandes reformas necessárias para desbloquear os 35 capítulos das negociações de adesão.

Mas, alerta o Bruegel, a transição esconde um risco maior: A Ucrânia, uma vez dentro do bloco, pode, a certa altura, cair num retrocesso democrático, como aconteceu com a Hungria e a Polónia.

A Comissão Europeia abriu procedimentos de infração contra esses países por causa do declínio do Estado de direito, chegando ao ponto de congelar os fundos da UE. Esse precedente inspirou alterações ao quadro do alargamento, ando o capítulo sobre valores fundamentais da UE a ser o primeiro e o último a ser encerrado. Foi acrescentando um princípio de reversibilidade para interromper as conversações se um candidato inverter os seus progressos.

Darvas reconhece que o ponto de partida da Ucrânia é "muito, muito fraco", uma vez que o país enfrenta uma má qualidade de governação, elevados níveis de corrupção e a influência enraizada dos oligarcas. A lei marcial em vigor alterou o equilíbrio de poder entre as instituições e ainda não é claro quando irá terminar e quais os efeitos que terá no rescaldo.

"A questão crucial é saber o que vai acontecer ao Estado de direito e à democracia na Ucrânia", disse Darvas. "É uma tarefa difícil, mas depende sobretudo da Ucrânia."

Consciente de uma possível reviravolta em Kiev, o relatório sugere que a UE deve inovar e conceber novas disposições legais que possam garantir o respeito pelos valores fundamentais antes e depois da adesão. Estes instrumentos inovadores poderiam ser incluídos no tratado de adesão que a Ucrânia ia com o bloco e que seria ratificado por todos os parlamentos nacionais.

Neste tratado, "deveria ser incluída uma cláusula segundo a qual, se o país não cumprir determinados indicadores de referência enquanto membro da União Europeia, os seus direitos de voto podem ser suspensos de uma forma muito mais rápida do que é atualmente possível na UE", disse Darvas, referindo-se ao procedimento do artigo 7º, que apenas foi ativado contra a Hungria e a Polónia, mas nunca levado às suas fases mais radicais.

"Além disso, o o aos fundos da UE poderia ser suspenso de uma forma muito mais rápida. Por isso, penso que existe uma opção legal para proteger melhor a UE do retrocesso do Estado de direito e da corrupção".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Novos bombardeamentos na região de Kharkiv. Alargada a retirada forçada de famílias com crianças

"É preciso ser realista", diz Macron sobre a guerra na Ucrânia

Roménia, mina de sal de Praid em risco de desabamento: evacuações e alerta máximo de inundação