{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/02/23/comissao-europeia-desbloqueara-137-mil-milhoes-de-euros-para-polonia" }, "headline": "Comiss\u00e3o Europeia desbloquear\u00e1 137 mil milh\u00f5es de euros para Pol\u00f3nia ", "description": "A Comiss\u00e3o Europeia prepara-se para desbloquear at\u00e9 137 mil milh\u00f5es de euros de fundos de coes\u00e3o e de recupera\u00e7\u00e3o para a Pol\u00f3nia, que estavam bloqueados devido a um procedimento por infra\u00e7\u00e3o ligado a viola\u00e7\u00f5es do Estado de direito.", "articleBody": "\u0022Estamos impressionados com os seus esfor\u00e7os e os do povo polaco para restaurar o Estado de direito como a espinha dorsal da sua sociedade. Uma sociedade em que todos cumprem as regras. Uma sociedade em que as pessoas e as empresas podem confiar nas institui\u00e7\u00f5es e responsabilizar as autoridades\u0022, declarou Ursula von der Leyen, presidente da Comiss\u00e3o Europeia, ap\u00f3s o encontro com o primeiro-ministro, Donald Tusk, sexta-feira, em Vars\u00f3via (capital da Pol\u00f3nia). O avan\u00e7o surge dias depois de o governo polaco ter apresentado, em Bruxelas, um \u0022plano de a\u00e7\u00e3o\u0022 com nove projetos de lei destinados a restaurar a independ\u00eancia judicial, desde o mais alto tribunal do pa\u00eds at\u00e9 aos tribunais inferiores. \u0022Com base nas reformas que lan\u00e7ou e no n\u00famero de medidas imediatas que tomou em mat\u00e9ria de independ\u00eancia judicial, tenho boas not\u00edcias: na pr\u00f3xima semana, o Col\u00e9gio (de Comiss\u00e1rios) apresentar\u00e1 duas decis\u00f5es sobre os fundos europeus que est\u00e3o atualmente bloqueados para a Pol\u00f3nia. Estas decis\u00f5es ir\u00e3o libertar at\u00e9 137 mil milh\u00f5es de euros para a Pol\u00f3nia\u0022, disse a presidente da Comiss\u00e3o Europeia. Bruxelas bloquou as verbas na sequ\u00eancia de um processo, iniciado em 2017, quando estava no governo o partido nacionalista de direita, Lei e Justi\u00e7a . O o a 76,5 mil milh\u00f5es de euros em fundos de coes\u00e3o, atribu\u00eddos para o per\u00edodo 2021-2027, ficou congelado devido a viola\u00e7\u00f5es dos Tratados da UE ao n\u00edvel do Estado de direito, principalmente centradas num decl\u00ednio persistente da independ\u00eancia judicial e na crescente interfer\u00eancia pol\u00edtica nos tribunais. O bloqueio financeiro inclui, ainda, o o pleno ao Plano de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia (apoio ap\u00f3s a pandemia) que combina 34,5 mil milh\u00f5es de euros em empr\u00e9stimos a juros baixos e 25,3 mil milh\u00f5es de euros em subven\u00e7\u00f5es. Apenas 5,1 mil milh\u00f5es de euros em \u0022pr\u00e9-financiamento\u0022 foram libertados at\u00e9 agora. Verbas condicionadas a reformas Quando tomou posse, em meados de dezembro pasado, Tusk prometeu restabelecer as rela\u00e7\u00f5es entre Bruxelas e Vars\u00f3via, restaurar a democracia e libertar os fundos congelados, de que o pa\u00eds precisa urgentemente para pagar projetos de desenvolvimento para acelerar as transi\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gica e digital. A Pol\u00f3nia agiu rapidamente para solicitar um primeiro pagamento de 6,3 mil milh\u00f5es de euros em subven\u00e7\u00f5es e empr\u00e9stimos do fundo de recupera\u00e7\u00e3o e apresentar uma autoavalia\u00e7\u00e3o para os fundos de coes\u00e3o. Este facto desencadeou o processo interno da Comiss\u00e3o Europeia para verificar o cumprimento das condi\u00e7\u00f5es judiciais. \u0022Conseguimos realmente o que quer\u00edamos. Este \u00e9 um dia muito importante para n\u00f3s, porque fizemos muito. Foi feito um enorme esfor\u00e7o. Os cidad\u00e3os polacos escolheram a democracia e o Estado de direito no dia 15 de outubro e s\u00e3o os verdadeiros her\u00f3is da hist\u00f3ria da Pol\u00f3nia\u0022, afirmou Tusk, referindo-se \u00e0s \u00faltimas elei\u00e7\u00f5es.\u00a0 \u0022Trata-se de muito dinheiro. E vamos us\u00e1-lo para enfrentar os importantes desafios com que estamos a lidar agora\u0022, disse. Mesmo que a Comiss\u00e3o Europeia adopte as decis\u00f5es na pr\u00f3xima semana, os desembolsos n\u00e3o ser\u00e3o imediatos nem absolutos. Os fundos de coes\u00e3o s\u00e3o pagos gradualmente, de acordo com a evolu\u00e7\u00e3o dos projectos no terreno. Por outro lado, os fundos de recupera\u00e7\u00e3o s\u00e3o divididos em frac\u00e7\u00f5es e est\u00e3o estritamente ligados \u00e0 conclus\u00e3o das reformas e dos investimentos. Os Estados-membros t\u00eam at\u00e9 agosto de 2026 para cumprirem os seus compromissos. Ambas as verbas est\u00e3o ligadas ao restabelecimento da independ\u00eancia do sistema judicial e obrigam o Governo polaco a anular os efeitos das altera\u00e7\u00f5es controversas introduzidas pelo PiS, nomeadamente no que se refere \u00e0 sec\u00e7\u00e3o disciplinar do Supremo Tribunal, que tinha poderes para punir os magistrados de acordo com as suas decis\u00f5es. No ano ado, o Tribunal de Justi\u00e7a Europeu (TJE) anulou a reforma judicial, argumentando que era \u0022incompat\u00edvel com as garantias de o a um tribunal independente e imparcial\u0022. ", "dateCreated": "2024-02-23T12:10:58+01:00", "dateModified": "2024-02-23T13:35:07+01:00", "datePublished": "2024-02-23T13:34:51+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F26%2F20%2F44%2F1440x810_cmsv2_3bfba3d8-ff5b-5dd2-bdcf-dfb3a41f7a04-8262044.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Ursula von der Leyen visitou a Pol\u00f3nia, onde foi recebida pelo PM Donald Tusk", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F26%2F20%2F44%2F432x243_cmsv2_3bfba3d8-ff5b-5dd2-bdcf-dfb3a41f7a04-8262044.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Liboreiro", "givenName": "Jorge", "name": "Jorge Liboreiro", "url": "/perfis/1858", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@JorgeLiboreiro", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Comissão Europeia desbloqueará 137 mil milhões de euros para Polónia

Ursula von der Leyen visitou a Polónia, onde foi recebida pelo PM Donald Tusk
Ursula von der Leyen visitou a Polónia, onde foi recebida pelo PM Donald Tusk Direitos de autor Czarek Sokolowski/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Czarek Sokolowski/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Jorge Liboreiro
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Comissão Europeia prepara-se para desbloquear até 137 mil milhões de euros de fundos de coesão e de recuperação para a Polónia, que estavam bloqueados devido a um procedimento por infração ligado a violações do Estado de direito.

PUBLICIDADE

"Estamos impressionados com os seus esforços e os do povo polaco para restaurar o Estado de direito como a espinha dorsal da sua sociedade. Uma sociedade em que todos cumprem as regras. Uma sociedade em que as pessoas e as empresas podem confiar nas instituições e responsabilizar as autoridades", declarou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, após o encontro com o primeiro-ministro, Donald Tusk, sexta-feira, em Varsóvia (capital da Polónia).

O avanço surge dias depois de o governo polaco ter apresentado, em Bruxelas, um "plano de ação" com nove projetos de lei destinados a restaurar a independência judicial, desde o mais alto tribunal do país até aos tribunais inferiores.

"Com base nas reformas que lançou e no número de medidas imediatas que tomou em matéria de independência judicial, tenho boas notícias: na próxima semana, o Colégio (de Comissários) apresentará duas decisões sobre os fundos europeus que estão atualmente bloqueados para a Polónia. Estas decisões irão libertar até 137 mil milhões de euros para a Polónia", disse a presidente da Comissão Europeia.

Bruxelas bloquou as verbas na sequência de um processo, iniciado em 2017, quando estava no governo o partido nacionalista de direita, Lei e Justiça . O o a 76,5 mil milhões de euros em fundos de coesão, atribuídos para o período 2021-2027, ficou congelado devido a violações dos Tratados da UE ao nível do Estado de direito, principalmente centradas num declínio persistente da independência judicial e na crescente interferência política nos tribunais.

Trata-se de muito dinheiro. E vamos usá-lo para enfrentar os importantes desafios com que estamos a lidar agora.
Donald Tusk
Primeiro-ministro, Polónia

O bloqueio financeiro inclui, ainda, o o pleno ao Plano de Recuperação e Resiliência (apoio após a pandemia) que combina 34,5 mil milhões de euros em empréstimos a juros baixos e 25,3 mil milhões de euros em subvenções. Apenas 5,1 mil milhões de euros em "pré-financiamento" foram libertados até agora.

Verbas condicionadas a reformas

Quando tomou posse, em meados de dezembro pasado, Tusk prometeu restabelecer as relações entre Bruxelas e Varsóvia, restaurar a democracia e libertar os fundos congelados, de que o país precisa urgentemente para pagar projetos de desenvolvimento para acelerar as transições ecológica e digital.

A Polónia agiu rapidamente para solicitar um primeiro pagamento de 6,3 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos do fundo de recuperação e apresentar uma autoavaliação para os fundos de coesão. Este facto desencadeou o processo interno da Comissão Europeia para verificar o cumprimento das condições judiciais.

"Conseguimos realmente o que queríamos. Este é um dia muito importante para nós, porque fizemos muito. Foi feito um enorme esforço. Os cidadãos polacos escolheram a democracia e o Estado de direito no dia 15 de outubro e são os verdadeiros heróis da história da Polónia", afirmou Tusk, referindo-se às últimas eleições. 

"Trata-se de muito dinheiro. E vamos usá-lo para enfrentar os importantes desafios com que estamos a lidar agora", disse.

Mesmo que a Comissão Europeia adopte as decisões na próxima semana, os desembolsos não serão imediatos nem absolutos. Os fundos de coesão são pagos gradualmente, de acordo com a evolução dos projectos no terreno.

Por outro lado, os fundos de recuperação são divididos em fracções e estão estritamente ligados à conclusão das reformas e dos investimentos. Os Estados-membros têm até agosto de 2026 para cumprirem os seus compromissos.

Ambas as verbas estão ligadas ao restabelecimento da independência do sistema judicial e obrigam o Governo polaco a anular os efeitos das alterações controversas introduzidas pelo PiS, nomeadamente no que se refere à secção disciplinar do Supremo Tribunal, que tinha poderes para punir os magistrados de acordo com as suas decisões.

No ano ado, o Tribunal de Justiça Europeu (TJE) anulou a reforma judicial, argumentando que era "incompatível com as garantias de o a um tribunal independente e imparcial".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Pelo menos 19 feridos em atropelamento na Polónia

Grupo organiza memorial para as crianças mortas em Gaza na baixa de Lisboa

Como os espiões russos obtiveram a nacionalidade portuguesa