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Protesto dos agricultores no Parlamento Europeu, que debateu a PAC

Os protestos dos agricultores são transversais a muitos Estados-membros da UE
Os protestos dos agricultores são transversais a muitos Estados-membros da UE Direitos de autor Alvaro Barrientos/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Alvaro Barrientos/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
De Sandor Zsiros
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A vaga de protestos dos agricultores também chegou ao Parlamento Europeu, reunido em sessão plenária, na cidade fancesa de Estrasburgo. No exterior ouviram-se as queixas contra leis que alegadamente quebram a sua competividade, enquanto que no interior decorria um debate sobre a PAC.

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"Sim, é verdade que recebermos subsídios da Europa, mas é absurda a forma como trabalhamos.  Preferimos ganhar a vida decentemente com o que vendemos do que depender de subsídios", disse um agricultor à euronews.

A Política Agrícola Comum (PAC) recebe um dos maiores envelopes da União Europeia, que é distribuído através de subsídios para o setor. O orçamento plurianual do bloco em vigor é de 1,2 biliões de euros, sendo que a PAC recebeu quase um terço deste valor, ou seja, cerca de 400 mil milhões de euros.

O ex-comissário europeu da Agricultura e atual eurodeputado Dacian Ciolos, liberal da Roménia, disse à euronews que o atual sistema está ultraado e que deve haver uma reforma que desvincule o setor da chamada "subsídio-dependência".

"O que está errado é a forma como o dinheiro é atribuído. Na minha opinião, os pagamentos diretos que temos há várias décadas não estão adaptados às necessidades sociais relacionadas com as atividades agrícolas. Se perguntarmos aos agricultores, eles não pedem mais subsídios, mas sim um melhor preço para a sua produção", referiu, em entrevista à euronews.

Já o co-líder da bancada dos verdes, Philippe Lamberts (Bélgica), considera que o mais grave é que 80% dos subsídios sejam entregues aos grandes grupos da indústria agropecuária e não aos pequenos agricultores.

Philippe Lamberts diz que esses produtores não são remunerados de forma justa por causa da pressão das cadeias de retalho: "Estas pessoas estão a ser esmagadas. E se queremos mudar isso, temos primeiro de alterar a estrutura do mercado e limitar o poder no mercado tanto dos fornecedores como, sobretudo, dos seus clientes que são os grandes retalhistas e a indústria agrícola".

"Só assim os verdadeiros agricultores poderão viver do seu trabalho. E, depois, devem ser recompensados pela PAC por todos os serviços que prestam à sociedade, tais como a recuperação da qualidade da água, da biodiversidade e dos solos, que são serviços que não podem vender", acrescentou.

A bancada dos conservadores considera que a PAC é prejudicial a uma boa regulação do mercado e um dos seus eurodeputados dá o exemplo do seu país: "Os agricultores checos estão constantemente a recomendar a abolição de todos os subsídios. Estamos prontos para competir, mas com uma concorrência justa", afirmouAlexandr Vondr.

No âmbito do atual orçamento da UE, a PAC vai ser aplicada até 2027. Contudo, o tema deverá manter-se no topo da agenda devido às eleições europeias de junho.

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