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Protestos dos agricultores poderão travar acordo UE-Mercosul

A presidente da Comissão Europeia com o presidente do Brasil, que atualmente também lidera o Mercosul
A presidente da Comissão Europeia com o presidente do Brasil, que atualmente também lidera o Mercosul Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Geert Vanden Wijngaert/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Shona Murray
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A vaga de protestos dos agricultores que se espraia por vários países europeus podera dar um golpe fatal ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, um bloco regional que reúne o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai.

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Entre as queixas dos agricultores ses e belgas, que por estes dias se manifestam nas ruas, estão a alegada concorrência desleal de produtos agrícolas importados de regiões com regras menos estritas, tais como a do Mercosul (na América do Sul), com a esta com a qual a UE estáa negociar há 20 anos.

"Temos tudo o que precisamos para produzir no nosso país, mas estamos a ser obrigados a não produzir para se poder do estrangeiro, onde as regras são piores quando comparadas com as nossas. Isto cria-nos obstáculos e é realmente impossível continuarmos a trabalhar desta forma", disse Simon Ecrepent, agricultor belga em protesto, esta terça-feira, em declarações à euronews.

O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu à Comissão Europeia para parar o processo negocial porque "é impossível concluir as negociações neste momento".

"A Comissão Europeia compreendeu que é impossível chegar a uma conclusão neste contexto. Penso que viu a situação em França, na Alemanha, na Polónia, nos Países Baixos, na Europa", disse o funcionário do governo francês, na segunda-feira, referindo-se aos protestos dos agricultores que eclodiram em todo o continente.

"Sabemos que a Comissão deu instruções aos seus negociadores para pôr fim às sessões de negociação no Brasil", acrescentou o funcionário.

Macron deverá discutir a questão numa reunião bilateral com a presidente da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, à margem da cimeira de líderes da UE, na quinta-feira.

As discussões prosseguem

O executivo comunitário, que estava empenhado em concluir o processo até ao final do seu mandato, dentro de poucos meses, reconheceu as dificuldades, mas não encerrou o diálogo.

"As discussões prosseguem e a União Europeia continua a cumprir o seu objetivo de chegar a um acordo que respeite os nossos objetivos em matéria de sustentabilidade e que respeite as nossas sensibilidades, nomeadamente no domínio agrícola", disse Eric Mamer, porta-voz da Comissão Europeia.

A Comissão Europeia afirmou que o interesse dos agricultores é uma "prioridade" em todas as suas negociações de comércio livre com países terceiros.

Após um primeiro acordo ao nível técnico, em 2019, a UE enviou um pedido de medidas adiicionais sobre preservação ambiental, que travou o processo de ratificação.

Os governos da Áustria, Bélgica, Irlanda e Países Baixos são outros que se mostram reticentes, ao contrário de países tais como Portugal e Espanha, dos mais entusiastas com o acordo.

O acordo também tem enfrentado obstáculos políticos do outro lado do Atlântico, com Bruxelas a recear que a vitória eleitoral do libertário de extrema-direita, Javier Millei, na Argentina, possa arruinar o acordo. Millei ameaçou abandonar o Mercosul durante a campanha eleitoral, mas Bruxelas continuou a insistir que está a trabalhar para um acordo.

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