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UE não deve preocupar-se com Trump, diz embaixadora dos EUA para a NATO

Embaixadora dos Estados Unidos na NATO Julianne Smith
Embaixadora dos Estados Unidos na NATO Julianne Smith Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones & Shona Murray
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É "prematuro" que os aliados da NATO tirem "conclusões" sobre o impacto do potencial regresso de Donald Trump na aliança militar, disse a embaixadora dos EUA para a NATO, Julianne Smith, em entrevista à Euronews.

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"Há sempre uma diferença entre o que os candidatos dizem na campanha e o que realmente acontece se assumirem um papel de liderança", disse Julianne Smith, quinta-feira, em Bruxelas, recusando fazer "quaisquer previsões" sobre as eleições presidenciais dos EUA, em novembro.

O antigo presidente republicano dos EUA perfila-se como potencial vencedor das primárias no seu partido e aumentou a vantagem sobre o atual presidente democrata, Joe Biden, nas primeiras sondagens.

Trump, um cético sobre o papel da NATO, afirmou que, se assumisse a Casa Branca, poderia resolver a guerra na Ucrânia "em 24 horas".

Julianne Smith disse que os aliados devem olhar "não para um único indivíduo ou um único candidato", mas sim para os dados das sondagens que sugerem que a grande maioria do público norte-americano apoia fortemente a aliança.

Na Europa cresce o receio de que um regresso de Trump possa perturbar a política firmemente alinhada do Ocidente em relação à Ucrânia e o renovado sentido de propósito que a NATO assumiu desde a invasão russa daquele país.

A única coisa em que os republicanos e os democratas se unem é nas questões da NATO. Vemos um apoio forte e profundo à aliança da NATO à direita, à esquerda e a todos os níveis intermédios.
Julianne Smith
Embaixadora dos EUA para a NATO

O comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, revelou, no início do  mês, que Trump disse à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que os EUA não ajudariam a Europa se esta fosse atacada.

"Tem de compreender que, se a Europa estiver sob ataque, nunca iremos ajudá-la e apoiá-la", disse Trump, durante o Fórum Económico Mundial, em Davos, em 2020, acrescentando que "a propósito, a NATO está morta".

O ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, John Bolton, também disse ao jornal americano The Hill, em agosto ado, que os EUA vão deixar a NATO se Trump ganhar este ano.

Mas Smith diz que é "prematuro tirar certas conclusões" e que a aliança vai "lidar com isso no futuro".

Dinheiro para a Ucrânia congelado

Quase a chegar ao segundo aniversário da invasão russa da Ucrânia, os planos de apoio financeiro dos EUA e da União Europeia estão congelados.

Os EUA são o maior doador ao governo de Kiev, mas o apoio ficou refém das reivindicações de alguns membros do Partido Republicano, que exigem concesssões ao nível da política interna de migração. 

A UE ainda não conseguiu  aprovar o Mecanismo para a Ucrânia, um fundo de 50 mil milhões de euros, para 2024-2027, bloqueado pela Hungria.

O primeiro-ministro da Bélgica (país que tem presidência rotativa da UE), Alexander De Croo, avisou o Parlamento Europeu que o regresso de Donald Trump poderia deixar a Europa "por sua conta" e que os europeus não deveriam temer isso, mas sim trabalhar para que a UE tenha uma "base mais sólida, mais forte, mais soberana, mais autossuficiente".

No que diz respeito à NATO, a embaixadora Smith disse que os europeus podem ter a certeza de que o apoio dos EUA à aliança vai continuar, independentemente da mudança de istração da Casa Branca.

"A única coisa em que os republicanos e os democratas se unem é nas questões da NATO", explicou. "Vemos um apoio forte e profundo à aliança da NATO à direita, à esquerda e a todos os níveis intermédios."

Depois da Turquia, espera-se ratificação da Hungria sobre Suécia

Smith também se mostrou confiante de que o pedido de adesão da Suécia à NATO, feito em maio de 2022, será aprovado rapidamente. O processo tem estado bloqueado devido à resistência da Turquia e da Hungria, dois dos 31 membros da Aliança, sendo que o segundo também é membro da UE, como a Suécia.

O parlamento turco aprovou a candidatura da Suécia, na terça-feira, depois de ter resistido durante meses, acusando o governo de Estocolmo de dar abrigo a militantes curdos, alegadamente envolvidos num golpe de Estado falhado, em 2016.

A decisão turca pressiona a Hungria a seguir o exemplo, com o primeiro-ministro, Viktor Orbán, a prometer instar o Parlamento húngaro a ratificar, rapidamente, a adesão da Suécia.

O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, aceitou o convite de Orbán para uma reunião, em breve, mas não se sabe quando ou onde. Tal poderá ocorrer a 1 de fevreiro, em Bruxelas, durante a cimeira da UE extraordinária, segundo fontes diplomáticas.

"Temos a garantia de que a Hungria vai avançar e concluir o processo", disse, também, a embaixadora.

"Os húngaros compreendem, o primeiro-ministro Orbán compreende que somos mais fortes com a Suécia no âmbito desta aliança. É bom para a Suécia e é bom para a aliança da NATO. Estou confiante de que vamos lá chegar", acrescentou Julianne Smith.

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