{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/01/22/estado-palestiniano-e-uma-obrigacao-diz-ue-em-repreensao-a-pm-de-israel" }, "headline": "Estado palestiniano \u00e9 uma obriga\u00e7\u00e3o, diz UE em repreens\u00e3o a PM de Israel", "description": "A diplomacia da UE critica a recusa do primeiro-ministro de Israel em que seja criado um Estado palestiniano. Em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 imprensa, segunda-feira, \u00e0 chegada para uma reuni\u00e3o de Neg\u00f3cios Estrangeiros, em Bruxelas, ministros de alguns dos 27 pa\u00edses foram perempt\u00f3rios nesta condi\u00e7\u00e3o para a paz.", "articleBody": "\u201cAs declara\u00e7\u00f5es de Benjamin Netanyahu (PM de Israel) s\u00e3o preocupantes. Precisamos de um Estado palestino com garantias de seguran\u00e7a para todos\u201d, disse o ministro franc\u00eas, St\u00e9phane S\u00e9journ\u00e9.\u00a0 No fim de semana, Netanyahu redobrou a sua oposi\u00e7\u00e3o ao estabelecimento de um Estado palestino ap\u00f3s a guerra, desafiando a press\u00e3o do Ocidente por uma chamada solu\u00e7\u00e3o de dois Estados, que \u00e9 tamb\u00e9m defendida pelos EUA, maior aliado de Israel. As observa\u00e7\u00f5es do primeiro-ministro israelita foram criticadas por v\u00e1rios ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros do bloco, que reiteraram que a cria\u00e7\u00e3o de um Estado palestiniano deve fazer parte das futuras negocia\u00e7\u00f5es de paz. O irland\u00eas Miche\u00e1l Martin descreveu os coment\u00e1rios de Netanyahu como \u0022inaceit\u00e1veis\u0022, exortando o primeiro-ministro israelita a \u0022ouvir a grande maioria do mundo que quer a paz e que quer a solu\u00e7\u00e3o de dois Estados (...) a garantia de seguran\u00e7a definitiva para Israel e para\u00a0 os cidad\u00e3os.\u0022 \u201cOs palestinianos s\u00f3 podem viver com dignidade, em seguran\u00e7a e em liberdade se Israel viver em seguran\u00e7a. \u00c9 por isso que a solu\u00e7\u00e3o de dois Estados \u00e9 a \u00fanica solu\u00e7\u00e3o e aqueles que n\u00e3o querem saber dela ainda n\u00e3o apresentaram qualquer outra alternativa\u0022, disse Annalena Baerbock, da Alemanha. O seu hom\u00f3logo austr\u00edaco, Alexander Schallenberg, considerado um dos aliados mais leais de Israel no bloco, tamb\u00e9m descreveu as declara\u00e7\u00f5es de Netanyahu como \u0022m\u00edopes\u0022, defendendo o direito dos palestinos \u00e0 autodetermina\u00e7\u00e3o como a \u0022\u00fanica solu\u00e7\u00e3o\u0022. \u0022Nem os israelitas desaparecer\u00e3o no ar, nem os palestinianos. Ambos ter\u00e3o que viver lado a lado nesta regi\u00e3o\u0022, disse Schallenberg. Partilhando o descontentamento dos seus colegas, Kri\u0161j\u0101nis Kari\u0146\u0161, da Let\u00f3nia foi mais longe ao apelar a Bruxelas para que usasse a sua influ\u00eancia econ\u00f3mica para obter concess\u00f5es de Israel. \u201cA maior alavancagem da Europa sempre foi a sua carteira\u201d, disse Kari\u0146\u0161. \u0022A Uni\u00e3o Europeia tem um dinheiro de apoio incr\u00edvel por todo o lado. Vemos que na pol\u00edtica interna da UE, o dinheiro pode ajudar a concentrar as mentes, e penso que dever\u00edamos come\u00e7ar a pensar sobre isto a n\u00edvel internacional\u0022, acrescentou. Autoridade Palestiniana acusa Israel de \u0022impunidade\u0022 O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, denunciou a \u201cimpunidade\u201d de Netanyahu, mas questionou a capacidade do bloco para o influenciar, em declara\u00e7\u00f5es \u00e0 Euronews , quando chegou para participar na reuni\u00e3o, a convite da UE. \u201cN\u00e3o creio que eles (os ministros da UE) possam realmente oferecer mais do que condol\u00eancias\u201d, disse al-Maliki \u00e0 Euronews. \u0022Sim, eles t\u00eam tentado, mas como a guerra continua e a matan\u00e7a realmente continua, ent\u00e3o (...) acredito que n\u00e3o conseguiram muito em termos de qualquer tipo de envolvimento da sua parte\u0022, acrescentou. Tanto al-Maliki como o seu hom\u00f3logo israelita, Israel Katz, participaram em discuss\u00f5es com os ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da UE, mas n\u00e3o se espera que os dois se encontrem. Katz recusou-se a comentar, nas suas declara\u00e7\u00f5es aos jornalistas, a rejei\u00e7\u00e3o controversa da solu\u00e7\u00e3o de dois Estados por parte do primeiro-ministro e concentrou a sua curta interven\u00e7\u00e3o na liberta\u00e7\u00e3o de ref\u00e9ns. Tamb\u00e9m estar\u00e3o presentes na reuni\u00e3o os chefes da diplomacia do Egito, Jord\u00e2nia e Ar\u00e1bia Saudita. Em discuss\u00e3o est\u00e1 um roteiro de paz de 10 pontos, apresentado pelo chefe da pol\u00edtica externa do bloco, Josep Borrell, que pretende reunir a UE e outros agentes internacionais importantes em torno de um plano comum para p\u00f4r fim \u00e0s hostilidades na Faixa de Gaza, estabelecer um Estado palestiniano independente e trazer seguran\u00e7a a longo prazo na regi\u00e3o. O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros da Jord\u00e2nia, Ayman Safadi, tamb\u00e9m criticou veementemente a posi\u00e7\u00e3o israelita, que descreveu como uma \u201cagenda racista radical\u201d, e apoiou a perspectiva de san\u00e7\u00f5es espec\u00edficas para pressionar Israel. \u0022Israel, com esta atual agress\u00e3o a Gaza (...) est\u00e1 a condenar o futuro da regi\u00e3o a mais conflitos e mais guerra\u0022, explicou Safadi, acrescentando que o mundo deveria tomar \u0022medidas\u0022 contra Israel como a \u0022parte que nega o direito da regi\u00e3o de viver em seguran\u00e7a.\u0022 A reuni\u00e3o de alto risco ocorre no momento em que o n\u00famero de mortos na sitiada Faixa de Gaza chega a 25 mil, de acordo com o minist\u00e9rio da Sa\u00fade istrado pelo Hamas. \u00c0 medida que os combates se concentram na principal cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, os receios de repercuss\u00f5es regionais tamb\u00e9m continuam vivos, uma vez que os servi\u00e7os secretos indicam que os rebeldes Houthi (do I\u00e9men, apoiados pelo Ir\u00e3o) procuram mais armas para aumentar os seus ataques a navios comerciais que navegam no Mar Vermelho. San\u00e7\u00f5es aos colonos e miss\u00e3o no Mar Vermelho Espera-se, tamb\u00e9m, que os 27 ministros dos Neg\u00f3cios Estrangeiros discutam os planos da UE para sancionar os colonos israelitas respons\u00e1veis por ataques violentos no territ\u00f3rio palestiniano ocupado da Cisjord\u00e2nia, seguindo o exemplo dos EUA e do Reino Unido. O bloco estabeleceu, na sexta-feira, um novo quadro de san\u00e7\u00f5es para atingir diretamente os indiv\u00edduos que apoiam o Hamas e a Jihad Isl\u00e2mica Palestina, designadas como organiza\u00e7\u00f5es terroristas pela UE. Tamb\u00e9m sancionou mais seis indiv\u00edduos respons\u00e1veis por \u201cfornecer apoio financeiro ao Hamas\u201d, que estar\u00e3o agora sujeitos ao congelamento de bens e \u00e0 proibi\u00e7\u00e3o de viajar para a UE. Mas o ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros checo, Jan Lipavsk\u00fd, disse n\u00e3o ter conhecimento de que uma proposta para sancionar os colonos israelitas estava \u0022seriamente sobre a mesa da UE\u0022. Segundo fontes diplom\u00e1ticas, as discuss\u00f5es sobre san\u00e7\u00f5es aos colonos israelitas est\u00e3o menos avan\u00e7adas e \u00e9 pouco prov\u00e1vel que sejam aprovadas separadamente. O ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros irland\u00eas, Miche\u00e1l Martin, disse que \u0022um ou dois pa\u00edses\u0022 se opunham a tais san\u00e7\u00f5es e prometeu \u0022pressionar com muita for\u00e7a\u0022 para trazer esses pa\u00edses a bordo. \u201cEstarei conversando com aqueles que possam ter reservas em pressionar fortemente por uma pol\u00edtica de san\u00e7\u00f5es em toda a UE em rela\u00e7\u00e3o ao que est\u00e1 acontecendo na Cisjord\u00e2nia, porque isso tamb\u00e9m est\u00e1 criando enormes tens\u00f5es\u201d, disse Martin. Tamb\u00e9m est\u00e3o na agenda os planos da UE enviar uma miss\u00e3o naval para patrulhar o Mar Vermelho, onde navios europeus foram sabotados pelos rebeldes Houthi. Segundo um documento ao qual a Euronews teve o, o bloco pondera enviar pelo menos tr\u00eas navios de guerra, que segundo fontes diplom\u00e1ticas dever\u00e3o vir da Alemanha, It\u00e1lia e Fran\u00e7a. A B\u00e9lgica tamb\u00e9m se comprometeu a enviar a sua pr\u00f3pria fragata como parte da miss\u00e3o da UE, segundo a imprensa local. ", "dateCreated": "2024-01-22T10:01:41+01:00", "dateModified": "2024-01-22T15:06:35+01:00", "datePublished": "2024-01-22T14:51:31+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F18%2F72%2F46%2F1440x810_cmsv2_26b67e5f-1021-534d-bf30-59799f2cf7fb-8187246.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Josep Borrell, Chefe da diplomacia da UE", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F18%2F72%2F46%2F432x243_cmsv2_26b67e5f-1021-534d-bf30-59799f2cf7fb-8187246.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Jones", "givenName": "Mared Gwyn", "name": "Mared Gwyn Jones", "url": "/perfis/2766", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@MaredGwyn", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Estado palestiniano é uma obrigação, diz UE em repreensão a PM de Israel

Josep Borrell, Chefe da diplomacia da UE
Josep Borrell, Chefe da diplomacia da UE Direitos de autor EUROPEAN UNION/EUROPEAN UNION
Direitos de autor EUROPEAN UNION/EUROPEAN UNION
De Mared Gwyn JonesShona Murray, Isabel Marques da Silva (Trad.)
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A diplomacia da UE critica a recusa do primeiro-ministro de Israel em que seja criado um Estado palestiniano. Em declarações à imprensa, segunda-feira, à chegada para uma reunião de Negócios Estrangeiros, em Bruxelas, ministros de alguns dos 27 países foram peremptórios nesta condição para a paz.

PUBLICIDADE

“As declarações de Benjamin Netanyahu (PM de Israel) são preocupantes. Precisamos de um Estado palestino com garantias de segurança para todos”, disse o ministro francês, Stéphane Séjourné. 

No fim de semana, Netanyahu redobrou a sua oposição ao estabelecimento de um Estado palestino após a guerra, desafiando a pressão do Ocidente por uma chamada solução de dois Estados, que é também defendida pelos EUA, maior aliado de Israel.

As observações do primeiro-ministro israelita foram criticadas por vários ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, que reiteraram que a criação de um Estado palestiniano deve fazer parte das futuras negociações de paz.

Nem os israelitas desaparecerão no ar, nem os palestinianos. Ambos terão que viver lado a lado nesta região.
Alexander Schallenberg
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Áustria

O irlandês Micheál Martin descreveu os comentários de Netanyahu como "inaceitáveis", exortando o primeiro-ministro israelita a "ouvir a grande maioria do mundo que quer a paz e que quer a solução de dois Estados (...) a garantia de segurança definitiva para Israel e para  os cidadãos."

“Os palestinianos só podem viver com dignidade, em segurança e em liberdade se Israel viver em segurança. É por isso que a solução de dois Estados é a única solução e aqueles que não querem saber dela ainda não apresentaram qualquer outra alternativa", disse Annalena Baerbock, da Alemanha.

O seu homólogo austríaco, Alexander Schallenberg, considerado um dos aliados mais leais de Israel no bloco, também descreveu as declarações de Netanyahu como "míopes", defendendo o direito dos palestinos à autodeterminação como a "única solução".

"Nem os israelitas desaparecerão no ar, nem os palestinianos. Ambos terão que viver lado a lado nesta região", disse Schallenberg.

Partilhando o descontentamento dos seus colegas, Krišjānis Kariņš, da Letónia foi mais longe ao apelar a Bruxelas para que usasse a sua influência económica para obter concessões de Israel.

“A maior alavancagem da Europa sempre foi a sua carteira”, disse Kariņš. "A União Europeia tem um dinheiro de apoio incrível por todo o lado. Vemos que na política interna da UE, o dinheiro pode ajudar a concentrar as mentes, e penso que deveríamos começar a pensar sobre isto a nível internacional", acrescentou.

Autoridade Palestiniana acusa Israel de "impunidade"

O ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, Riyad al-Maliki, denunciou a “impunidade” de Netanyahu, mas questionou a capacidade do bloco para o influenciar, em declarações à Euronews , quando chegou para participar na reunião, a convite da UE.

“Não creio que eles (os ministros da UE) possam realmente oferecer mais do que condolências”, disse al-Maliki à Euronews. "Sim, eles têm tentado, mas como a guerra continua e a matança realmente continua, então (...) acredito que não conseguiram muito em termos de qualquer tipo de envolvimento da sua parte", acrescentou.

Tanto al-Maliki como o seu homólogo israelita, Israel Katz, participaram em discussões com os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, mas não se espera que os dois se encontrem.

Katz recusou-se a comentar, nas suas declarações aos jornalistas, a rejeição controversa da solução de dois Estados por parte do primeiro-ministro e concentrou a sua curta intervenção na libertação de reféns.

Israel, com esta atual agressão a Gaza (...) está a condenar o futuro da região a mais conflitos e mais guerra.
Ayman Safadi
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Jordânia

Também estarão presentes na reunião os chefes da diplomacia do Egito, Jordânia e Arábia Saudita. Em discussão está um roteiro de paz de 10 pontos, apresentado pelo chefe da política externa do bloco, Josep Borrell, que pretende reunir a UE e outros agentes internacionais importantes em torno de um plano comum para pôr fim às hostilidades na Faixa de Gaza, estabelecer um Estado palestiniano independente e trazer segurança a longo prazo na região.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, também criticou veementemente a posição israelita, que descreveu como uma “agenda racista radical”, e apoiou a perspectiva de sanções específicas para pressionar Israel.

"Israel, com esta atual agressão a Gaza (...) está a condenar o futuro da região a mais conflitos e mais guerra", explicou Safadi, acrescentando que o mundo deveria tomar "medidas" contra Israel como a "parte que nega o direito da região de viver em segurança."

A reunião de alto risco ocorre no momento em que o número de mortos na sitiada Faixa de Gaza chega a 25 mil, de acordo com o ministério da Saúde istrado pelo Hamas.

À medida que os combates se concentram na principal cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, os receios de repercussões regionais também continuam vivos, uma vez que os serviços secretos indicam que os rebeldes Houthi (do Iémen, apoiados pelo Irão) procuram mais armas para aumentar os seus ataques a navios comerciais que navegam no Mar Vermelho.

Sanções aos colonos e missão no Mar Vermelho

Espera-se, também, que os 27 ministros dos Negócios Estrangeiros discutam os planos da UE para sancionar os colonos israelitas responsáveis por ataques violentos no território palestiniano ocupado da Cisjordânia, seguindo o exemplo dos EUA e do Reino Unido.

O bloco estabeleceu, na sexta-feira, um novo quadro de sanções para atingir diretamente os indivíduos que apoiam o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, designadas como organizações terroristas pela UE.

Também sancionou mais seis indivíduos responsáveis por “fornecer apoio financeiro ao Hamas”, que estarão agora sujeitos ao congelamento de bens e à proibição de viajar para a UE.

Mas o ministro dos Negócios Estrangeiros checo, Jan Lipavský, disse não ter conhecimento de que uma proposta para sancionar os colonos israelitas estava "seriamente sobre a mesa da UE".

Segundo fontes diplomáticas, as discussões sobre sanções aos colonos israelitas estão menos avançadas e é pouco provável que sejam aprovadas separadamente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, Micheál Martin, disse que "um ou dois países" se opunham a tais sanções e prometeu "pressionar com muita força" para trazer esses países a bordo.

“Estarei conversando com aqueles que possam ter reservas em pressionar fortemente por uma política de sanções em toda a UE em relação ao que está acontecendo na Cisjordânia, porque isso também está criando enormes tensões”, disse Martin.

Também estão na agenda os planos da UE enviar uma missão naval para patrulhar o Mar Vermelho, onde navios europeus foram sabotados pelos rebeldes Houthi.

Segundo um documento ao qual a Euronews teve o, o bloco pondera enviar pelo menos três navios de guerra, que segundo fontes diplomáticas deverão vir da Alemanha, Itália e França. A Bélgica também se comprometeu a enviar a sua própria fragata como parte da missão da UE, segundo a imprensa local.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Por que não podemos ter um Médio Oriente Unido?", diz sobrevivente do Holocausto

Netanyahu rejeita criação de um Estado palestiniano num cenário pós-guerra

Como os espiões russos obtiveram a nacionalidade portuguesa