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Guerra Israel-Hamas cria tensão diplomática na UE a uma semana da cimeira

Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE
Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
De Sandor Zsiros
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A uma semana da cimeira da União Europeia (UE), permanencem fortes divisões entre os 27 Estados-membros sobre a posição acerca da guerra entre Israel e o Hamas.

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Uma trégua permitiu libertar muitos reféns, mas a retomada da ofensiva israelita no território palestiniano, que causa muitas baixas civis, polariza as opiniões na UE. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell,  foi mesmo alvo de uma espécie de boicote da audiência, numa sessão, no início da semana, onde discursava sobre as atividades mlitares israelitas.

"O que estamos a assistir em Gaza é outra carnificina. Não sabemos quantas vítimas, ninguém sabe. Alguns estimam que sejam cerca de 15 mil, mas receio que debaixo dos escombros das casas destruídas devam estar muitas mais, com um elevado número de crianças", dizia Borrell, quando um membro da mesa de conferencistas o alertou de que havia pessoas a abandonarem a sala.

"As pessoas estão a sair da sala? Porquê? Talvez eu tenha dito algo inconviniente", comentou.

Borrell acrescentou que "um horror não pode justificar outro horror e a comunidade internacional está a manifestar-se cada vez mais para pôr termo a este horror".

Há opiniões diferentes e é isso que o alto representante deve refletir. Não apenas um lado da história.
Antonio López-Istúriz
Eurodeputado, centro-direita, Espanha

Um eurodeputado espanhol do centro-direita, Antonio López-Istúriz, disse à euronews que a diplomacia de Borrell não é imparcial e que segue a agenda política do governo socialista espanhol.

"Temos de esperar pelo Conselho Europeu para ver as posições dos diferentes Estados-membros e se podemos chegar a uma posição comum. Isso seria o ideal. Mas, entretanto, há opiniões diferentes e é isso que o alto representante deve refletir. Não apenas um lado da história", explicou.

Os defensores e os mais críticos

A visita dos chefes de governo da Bélgica e de Espanha a Israel, onde criticaram a desproporcionalidade do uso da força contra os civis palestinianos, criou forte tensão com o governo de Telavive.

Espanha, Bélgica e Irlanda tem sido dos países da UE mais críticos de Israel, enquanto que Alemanha, Áustria e Hungria são dos defensores mais acérrimos do direito à auto-defesa.

"Todos na União Europeia concordam, naturalmente, que devem ser evitadas as baixas civis em Gaza. Isso é algo que é claramente mencionado em todas as capitais. No entanto, onde vemos divisões entre os Estados-membros é no direito de auto-defesa de Israel",  afirmou o analista Bruno Lété, do German Marshall Fund of the US, em decalrações à euronews.

"Alguns Estados-membros estão a levar este argumento muito a sério e apoiam Israel nesta matéria. Mas vemos outros Estados-membros  que tentam efetivamente aligeirar este direito de autodefesa, argumentando que deve haver proporcionalidade e que a resposta de Israel não é de todo proporcional", concluiu.

Os líderes da UE deverão precisar a sua posição, num momento em que a ONU descreveu as condições em Gaza como "apocalípticas".

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