{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/12/05/austria-volta-a-bloquear-adesao-da-romenia-e-da-bulgaria-ao-espaco-schengen" }, "headline": "\u00c1ustria volta a bloquear ades\u00e3o da Rom\u00e9nia e da Bulg\u00e1ria ao espa\u00e7o Schengen", "description": "A \u00c1ustria continua a bloquear a ades\u00e3o da Rom\u00e9nia e da Bulg\u00e1ria ao espa\u00e7o Schengen de livre circula\u00e7\u00e3o, argumentando que tem de ser feita uma reforma que resolva os problemas migrat\u00f3rios e de seguran\u00e7a, antes da entrada de novos Estados-membros.", "articleBody": "\u0022Schengen deve tornar-se melhor e n\u00e3o maior. N\u00e3o vejo grandes progressos neste dom\u00ednio, pelo que n\u00e3o consigo imaginar qualquer mudan\u00e7a agora\u0022, afirmou Gerhard Karner, ministro do Interior da \u00c1ustria, antes da reuni\u00e3o do Conselho de Ministros de Assuntos Internos da\u00a0 Uni\u00e3o Europeia (UE) -\u00a0 equivalente a istra\u00e7\u00e3o Interna -, ter\u00e7a-feira, em Bruxelas, para justificar a \u00a0resist\u00eancia deste governo expressa ao longo dos \u00faltimos anos. Na opini\u00e3o de Karner, o n\u00famero de controlos fronteiri\u00e7os que os pa\u00edses europeus impam nos \u00faltimos meses \u00e9 uma raz\u00e3o suficientemente forte para impedir uma maior expans\u00e3o do espa\u00e7o Schengen, que atualmente abrange 27 pa\u00edses, incluindo 23 Estados da Uni\u00e3o Europeia, abrangendo mais de 423 milh\u00f5es de cidad\u00e3os. 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A aceita\u00e7\u00e3o de novos membros em Schengen requer uma aporva\u00e7\u00e3o por unanimidade e, tal como Karner afirmou, na ter\u00e7a-feira, nada indica que a posi\u00e7\u00e3o da \u00c1ustria venha a mudar. Os Pa\u00edses Baixos tamb\u00e9m se op\u00f5em \u00e0 ades\u00e3o da Bulg\u00e1ria por quest\u00f5es de Estado de direito, embora esta posi\u00e7\u00e3o seja considerada um pouco mais flex\u00edvel do que o veto da \u00c1ustria. No entanto, os Pa\u00edses Baixos est\u00e3o a atravessar um per\u00edodo de transi\u00e7\u00e3o de poder, depois da vit\u00f3ria do\u00a0partido de extrema-direita de Geert Wilders, em novembro, numas elei\u00e7\u00f5es dominadas pelo tema da migra\u00e7\u00e3o irregular. Ylva Johansson, comiss\u00e1ria europeia para os Assuntos Internos, afirmou que uma miss\u00e3o de averigua\u00e7\u00e3o recentemente enviada \u00e0 Bulg\u00e1ria trouxe resultados \u0022muito positivos\u0022 sobre a prepara\u00e7\u00e3o do pa\u00eds para aderir \u00e0 zona sem aportes. \u0022Vou aproveitar esta oportunidade para falar (aos ministros) sobre este assunto. Vou aproveitar esta oportunidade para dizer aos ministros que a Rom\u00e9nia e a Bulg\u00e1ria est\u00e3o muito bem preparadas para aderir a Schengen\u0022, disse Johansson na ter\u00e7a-feira de manh\u00e3, antes de entrar na reuni\u00e3o. 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Áustria volta a bloquear adesão da Roménia e da Bulgária ao espaço Schengen

O Ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, afirmou na terça-feira que o Espaço Schengen precisa de se tornar "melhor" antes de se tornar "maior".
O Ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, afirmou na terça-feira que o Espaço Schengen precisa de se tornar "melhor" antes de se tornar "maior". Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Jorge LiboreiroIsabel Marques da Silva (Trad.)
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A Áustria continua a bloquear a adesão da Roménia e da Bulgária ao espaço Schengen de livre circulação, argumentando que tem de ser feita uma reforma que resolva os problemas migratórios e de segurança, antes da entrada de novos Estados-membros.

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"Schengen deve tornar-se melhor e não maior. Não vejo grandes progressos neste domínio, pelo que não consigo imaginar qualquer mudança agora", afirmou Gerhard Karner, ministro do Interior da Áustria, antes da reunião do Conselho de Ministros de Assuntos Internos da União Europeia (UE) - equivalente a istração Interna -, terça-feira, em Bruxelas, para justificar a resistência deste governo expressa ao longo dos últimos anos.

Na opinião de Karner, o número de controlos fronteiriços que os países europeus impam nos últimos meses é uma razão suficientemente forte para impedir uma maior expansão do espaço Schengen, que atualmente abrange 27 países, incluindo 23 Estados da União Europeia, abrangendo mais de 423 milhões de cidadãos.

Nos termos do Código das Fronteiras Schengen, os países estão autorizados a estabelecer controlos fronteiriços temporários como método de último recurso em circunstâncias excecionais. 

Os governos da Áustria, Alemanha, Polónia, Chéquia, Eslováquia, Eslovénia, Itália e Dinamarca invocaram esta disposição para fazer face a um aumento contínuo dos fluxos migratórios.

É crucial que a Comissão Europeia invista finalmente na proteção das fronteiras externas e tome medidas para as tornar mais seguras.
Gerhard Karner.
Ministro do Interior da Áustria

Nos primeiros dez meses de 2023, a UE registou quase 331 mil agens irregulares das fronteiras, sendo a rota do Mediterrâneo Central responsável por quase metade dos incidentes. Os números representam o nível mais elevado para esse período desde 2015.

Filiado no Partido Popular Europeu (ÖVP), Karner defende uma posição de linha dura em matéria de migração e tem mencionado a possibilidade de estabelecer um acordo com um país de fora da UE para externalizar o tratamento dos pedidos de asilo.

"É crucial que a Comissão Europeia invista finalmente na proteção das fronteiras externas e tome medidas para as tornar mais seguras", disse o ministro austríaco. "É isso que, em última análise, faz com que o sistema Schengen funcione", acrescentou.

Evitar simbolismo de mais um chumbo

A ausência de alterações na posição da Áustria obrigou a Espanha, que detém a presidência rotativa do Conselho da UE, a alterar a ordem de trabalhos, já que deveria haver uma votação sobre a adesão da Roménia e da Bulgária. 

Os dois Estados-membros da UE aguardam a adesão ao espaço livre de aportes desde que entraram no bloco, em 2007, e a Comissão Europeia - que avalia as condições técnicas - diz que cumprem todos os requisitos.

Vou aproveitar esta oportunidade para dizer aos ministros que a Roménia e a Bulgária estão muito bem preparadas para aderir a Schengen.
Ylva Johansson
Comissária europeia para os Assuntos Internos

Na votação de há um ano, apenas a Croácia foi aprovada, pelo quer o ministro espanhol, Fernando Grande-Marlaska, que lidera os trabalhos, optou por fazer um "ponto da situação" sobre as candidaturas e a situação geral do espaço de livre circulação.

Fernando Grande-Marlaska disse aos jornalistas que iria continuar a trabalhar "arduamente" sobre o assunto "até ao final da nossa presidência", uma observação que parecia sugerir que os pedidos poderiam ser submetidos a votação ainda este mês. 

"Uma Europa mais forte é uma Europa com a Roménia e a Bulgária como membros de pleno direito do espaço Schengen", disse o governante espanhol.

O seu homólogo romeno, Marian-Cătălin Predoiu, recusou-se a comentar a "especulação" sobre uma votação extraordinária antes do final do ano, em que a Áustria poderia abster-se para permitir a adesão. Predoiu afirmou que estão a decorrer "discussões intensas" com Viena para encontrar uma solução diplomática.

A aceitação de novos membros em Schengen requer uma aporvação por unanimidade e, tal como Karner afirmou, na terça-feira, nada indica que a posição da Áustria venha a mudar.

Os Países Baixos também se opõem à adesão da Bulgária por questões de Estado de direito, embora esta posição seja considerada um pouco mais flexível do que o veto da Áustria. No entanto, os Países Baixos estão a atravessar um período de transição de poder, depois da vitória do partido de extrema-direita de Geert Wilders, em novembro, numas eleições dominadas pelo tema da migração irregular.

Ylva Johansson, comissária europeia para os Assuntos Internos, afirmou que uma missão de averiguação recentemente enviada à Bulgária trouxe resultados "muito positivos" sobre a preparação do país para aderir à zona sem aportes.

"Vou aproveitar esta oportunidade para falar (aos ministros) sobre este assunto. Vou aproveitar esta oportunidade para dizer aos ministros que a Roménia e a Bulgária estão muito bem preparadas para aderir a Schengen", disse Johansson na terça-feira de manhã, antes de entrar na reunião.

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