{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/09/05/putin-perdeu-a-guerra-diz-embaixador-dos-eua-para-ue" }, "headline": "Putin perdeu a guerra, diz embaixador dos EUA para UE", "description": "As not\u00edcias de que o l\u00edder norte-coreano, Kim Jong-un, planeia visitar a R\u00fassia, este m\u00eas, para discutir o fornecimento de armas com o Presidente Vladimir Putin est\u00e3o a causar preocupa\u00e7\u00e3o entre os aliados ocidentais.", "articleBody": "O embaixador dos EUA para a Uni\u00e3o Europeia, Mark Gitenstein, considera que a reuni\u00e3o que dever\u00e1 decorrer na cidade russa de Vladivostok (ainda n\u00e3o oficalmente confirmada), \u00e9 um claro sinal de que as san\u00e7\u00f5es ocidentais est\u00e3o a esgotar com sucesso as capacidades militares do Kremlin. Desde que lan\u00e7ou a invas\u00e3o em grande escala da Ucr\u00e2nia, o presidente Vladimir Putin est\u00e1 cada vez mais isoladona cena mundial, restando-lhe um punhado de pa\u00edses para obter este tipo de apoio, tais como a Coreia do Norte, a Bielorr\u00fassia, a S\u00edria e a Nicar\u00e1gua. Putin tenciona pedir a Kim mais proj\u00e9teis de artilharia e m\u00edsseis para a guerra contra a Ucr\u00e2nia, enquanto Kim est\u00e1 interessado em assegurar tecnologia avan\u00e7ada e provis\u00f5es alimentares, noticiou o jornal \u0022The New York Times\u0022. \u0022O facto de Putin ir \u00e0 Coreia do Norte pedir armas \u00e9 uma indica\u00e7\u00e3o de que a nossa estrat\u00e9gia est\u00e1 a funcionar\u0022, disse Gitenstein, ter\u00e7a-feira, em entrevista \u00e0 euronews, em Bruxelas. \u0022Os nossos controlos de exporta\u00e7\u00e3o e san\u00e7\u00f5es fizeram com que as suas for\u00e7as armadas recuassem at\u00e9 ao s\u00e9culo XIX, pelo que Putin vai a outro pa\u00eds - onde nunca iria - para obter equipamento militar\u0022, acrescentou. O embaixador tamb\u00e9m abordou os recentes relatos da imprensa que sugerem que h\u00e1 frustra\u00e7\u00e3o com os erros t\u00e1cticos cometidos por Kiev na sua contraofensiva contra as for\u00e7as russas. Gitenstein minimizou a especula\u00e7\u00e3o e disse que a vit\u00f3ria est\u00e1 ao alcance, desde que o apoio financeiro e militar do Ocidente continue. \u0022H\u00e1 muitas pessoas que est\u00e3o muito satisfeitas com a forma como as coisas est\u00e3o a correr e compreendem como \u00e9 dif\u00edcil quebrar um regime defensivo como este, quando se tem um governo fascista a dirigir um ex\u00e9rcito que faz qualquer coisa. \u00c9 dif\u00edcil quebrar essa frente\u0022, disse Gitenstein. \u0022Estou muito confiante que os ucranianos v\u00e3o ganhar. J\u00e1 sei que Putin perdeu.\u00a0 Pode demorar mais tempo do que pens\u00e1mos, mas vai demorar o tempo que for preciso\u0022, acrescentou. Apoio dos EUA inabal\u00e1vel O embaixador garantiu ainda que a aprova\u00e7\u00e3o p\u00fablica da ajuda \u00e0 Ucr\u00e2nia continua a ser elevada nos Estados Unidos, independentemente das afinidades pol\u00edticas. \u0022Quando vemos os russos a bombardear maternidades ou edif\u00edcios de apartamentos, o nosso instinto moral natural \u00e9 dizer que temos de fazer alguma coisa\u0022, afirmou. \u0022At\u00e9 os senadores republicanos com quem falo dizem a mesma coisa: estaremos convosco enquanto precisarem de n\u00f3s.\u0022 Gitenstein elogiou a iniciativa da UE de abrir as chamadas \u0022rotas de solidariedade\u0022, que permitem aos agricultores ucranianos exportar os seus cereais, isentos de direitos aduaneiros.\u00a0 As \u0022rotas de solidariedade\u0022 tornaram-se ainda mais importantes para a economia de Kiev ap\u00f3s a decis\u00e3o unilateral de Vladimir Putin de abandonar a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, iniciativa apoiada pela ONU, o que perturbou as cadeias de abastecimento mundiais. \u0022O mais importante \u00e9 n\u00e3o acreditar nas mentiras de Putin. Ele est\u00e1 a bombardear os silos (de cereais)\u0022, disse o embaixador. \u0022Foi ele que come\u00e7ou esta guerra. Ele \u00e9 que est\u00e1 a causar a crise alimentar em todo o mundo. As pessoas est\u00e3o a morrer \u00e0 fome por causa das suas decis\u00f5es\u0022. UE e EUA alinhados na estrat\u00e9gia industrial Na sua entrevista \u00e0 euronews, Gitenstein abordou um dos pontos mais sens\u00edveis das rela\u00e7\u00f5es entre a UE e os EUA: a Lei de Redu\u00e7\u00e3o da Infla\u00e7\u00e3o (IRA). Liderada pelo presidente norte-americano Joe Biden, a lei atribui 369 mil milh\u00f5es de d\u00f3lares (344,5 mil milh\u00f5es de euros) em cr\u00e9ditos fiscais, descontos e subs\u00eddios para apoiar a produ\u00e7\u00e3o de tecnologia para a transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica, tal como pain\u00e9is solares, turbinas e\u00f3licas e bombas de calor, mas apenas se esses produtos forem fabricados em solo norte-americano. A disposi\u00e7\u00e3o relativa ao fabrico norte-americano foi recebida com f\u00faria em Bruxelas, com os respons\u00e1veis pol\u00edticos a argumentam que poderia desencadear um \u00eaxodo industrial atrav\u00e9s do Oceano Atl\u00e2ntico e minar a competitividade das empresas europeias. No entanto, Gitenstein acredita que as conversa\u00e7\u00f5es em curso entre Bruxelas e Washington conseguir\u00e3o resolver as quest\u00f5es e estabelecer uma nova consci\u00eancia de que os subs\u00eddios s\u00e3o necess\u00e1rios para tornar poss\u00edvel a transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica. \u0022O que \u00e9 fascinante no di\u00e1logo em que estive envolvido nos \u00faltimos seis meses \u00e9 o facto de tanto a UE como os EUA concordarem que o objetivo de lidar com as altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas exige uma mudan\u00e7a tremenda na nossa estrat\u00e9gia industrial\u0022, afirmou. Outra quest\u00e3o delicada em que Bruxelas e Washington est\u00e3o atualmente a trabalhar \u00e9 a antiga disputa comercial sobre as tarifas de alum\u00ednio e a\u00e7o, iniciada pelo ex-presidente Donald Trump. As duas partes estabeleceram o dia 31 de outubro como prazo para chegar a uma solu\u00e7\u00e3o duradoura e definitiva para a controv\u00e9rsia. \u0022Estou confiante de que, nos pr\u00f3ximos meses, teremos uma cimeira e que o Presidente Biden e os Presidentes (Charles) Michel e (Ursula) von der Leyen estar\u00e3o presentes. At\u00e9 l\u00e1, teremos chegado a um acordo em subst\u00e2ncia, pelo menos sobre o alum\u00ednio e o a\u00e7o\u0022, garantiu. ", "dateCreated": "2023-09-05T10:39:14+02:00", "dateModified": "2023-09-05T18:56:42+02:00", "datePublished": "2023-09-05T18:56:39+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F13%2F76%2F1440x810_cmsv2_b7d7126b-7779-5e48-a674-5fec934edd79-7871376.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O Presidente russo Vladimir Putin planeia encontrar-se com o l\u00edder norte-coreano Kim Jong-un para discutir o fornecimento de armas.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F87%2F13%2F76%2F432x243_cmsv2_b7d7126b-7779-5e48-a674-5fec934edd79-7871376.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Mc Mahon", "givenName": "M\u00e9abh", "name": "M\u00e9abh Mc Mahon", "url": "/perfis/1628", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@MeabhMcMahon", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Putin perdeu a guerra, diz embaixador dos EUA para UE

O Presidente russo Vladimir Putin planeia encontrar-se com o líder norte-coreano Kim Jong-un para discutir o fornecimento de armas.
O Presidente russo Vladimir Putin planeia encontrar-se com o líder norte-coreano Kim Jong-un para discutir o fornecimento de armas. Direitos de autor Mikhail Klimentyev/Sputnik
Direitos de autor Mikhail Klimentyev/Sputnik
De Méabh Mc Mahon
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

As notícias de que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, planeia visitar a Rússia, este mês, para discutir o fornecimento de armas com o Presidente Vladimir Putin estão a causar preocupação entre os aliados ocidentais.

PUBLICIDADE

O embaixador dos EUA para a União Europeia, Mark Gitenstein, considera que a reunião que deverá decorrerna cidade russa de Vladivostok (ainda não oficalmente confirmada), é um claro sinal de que as sanções ocidentais estão a esgotar com sucesso as capacidades militares do Kremlin.

Desde que lançou a invasão em grande escala da Ucrânia, o presidente Vladimir Putin está cada vez mais isoladona cena mundial, restando-lhe um punhado de países para obter este tipo de apoio, tais como a Coreia do Norte, a Bielorrússia, a Síria e a Nicarágua.

Putin tenciona pedir a Kim mais projéteis de artilharia e mísseis para a guerra contra a Ucrânia, enquanto Kim está interessado em assegurar tecnologia avançada e provisões alimentares, noticiou o jornal "The New York Times".

"O facto de Putin ir à Coreia do Norte pedir armas é uma indicação de que a nossa estratégia está a funcionar", disse Gitenstein, terça-feira, em entrevista à euronews, em Bruxelas.

"Os nossos controlos de exportação e sanções fizeram com que as suas forças armadas recuassem até ao século XIX, pelo que Putin vai a outro país - onde nunca iria - para obter equipamento militar", acrescentou.

O embaixador também abordou os recentes relatos da imprensa que sugerem que há frustração com os erros tácticos cometidos por Kiev na sua contraofensiva contra as forças russas. Gitenstein minimizou a especulação e disse que a vitória está ao alcance, desde que o apoio financeiro e militar do Ocidente continue.

"Há muitas pessoas que estão muito satisfeitas com a forma como as coisas estão a correr e compreendem como é difícil quebrar um regime defensivo como este, quando se tem um governo fascista a dirigir um exército que faz qualquer coisa. É difícil quebrar essa frente", disse Gitenstein.

"Estou muito confiante que os ucranianos vão ganhar. Já sei que Putin perdeu. Pode demorar mais tempo do que pensámos, mas vai demorar o tempo que for preciso", acrescentou.

Apoio dos EUA inabalável

O embaixador garantiu ainda que a aprovação pública da ajuda à Ucrânia continua a ser elevada nos Estados Unidos, independentemente das afinidades políticas.

"Quando vemos os russos a bombardear maternidades ou edifícios de apartamentos, o nosso instinto moral natural é dizer que temos de fazer alguma coisa", afirmou.

"Até os senadores republicanos com quem falo dizem a mesma coisa: estaremos convosco enquanto precisarem de nós."

Gitenstein elogiou a iniciativa da UE de abrir as chamadas "rotas de solidariedade", que permitem aos agricultores ucranianos exportar os seus cereais, isentos de direitos aduaneiros. 

O mais importante é não acreditar nas mentiras de Putin. Ele está a bombardear os silos (de cereais). Foi ele que começou esta guerra. Ele é que está a causar a crise alimentar em todo o mundo.
Mark Gitenstein
Embaixador dos EUA para a União Europeia

As "rotas de solidariedade" tornaram-se ainda mais importantes para a economia de Kiev após a decisão unilateral de Vladimir Putin de abandonar a Iniciativa dos Cereais do Mar Negro, iniciativa apoiada pela ONU, o que perturbou as cadeias de abastecimento mundiais.

"O mais importante é não acreditar nas mentiras de Putin. Ele está a bombardear os silos (de cereais)", disse o embaixador. "Foi ele que começou esta guerra. Ele é que está a causar a crise alimentar em todo o mundo. As pessoas estão a morrer à fome por causa das suas decisões".

UE e EUA alinhados na estratégia industrial

Na sua entrevista à euronews, Gitenstein abordou um dos pontos mais sensíveis das relações entre a UE e os EUA: a Lei de Redução da Inflação (IRA).

Liderada pelo presidente norte-americano Joe Biden, a lei atribui 369 mil milhões de dólares (344,5 mil milhões de euros) em créditos fiscais, descontos e subsídios para apoiar a produção de tecnologia para a transição ecológica, tal como painéis solares, turbinas eólicas e bombas de calor, mas apenas se esses produtos forem fabricados em solo norte-americano.

A disposição relativa ao fabrico norte-americano foi recebida com fúria em Bruxelas, com os responsáveis políticos a argumentam que poderia desencadear um êxodo industrial através do Oceano Atlântico e minar a competitividade das empresas europeias.

No entanto, Gitenstein acredita que as conversações em curso entre Bruxelas e Washington conseguirão resolver as questões e estabelecer uma nova consciência de que os subsídios são necessários para tornar possível a transição ecológica.

"O que é fascinante no diálogo em que estive envolvido nos últimos seis meses é o facto de tanto a UE como os EUA concordarem que o objetivo de lidar com as alterações climáticas exige uma mudança tremenda na nossa estratégia industrial", afirmou.

Outra questão delicada em que Bruxelas e Washington estão atualmente a trabalhar é a antiga disputa comercial sobre as tarifas de alumínio e aço, iniciada pelo ex-presidente Donald Trump. As duas partes estabeleceram o dia 31 de outubro como prazo para chegar a uma solução duradoura e definitiva para a controvérsia.

"Estou confiante de que, nos próximos meses, teremos uma cimeira e que o Presidente Biden e os Presidentes (Charles) Michel e (Ursula) von der Leyen estarão presentes. Até lá, teremos chegado a um acordo em substância, pelo menos sobre o alumínio e o aço", garantiu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Teatro: Putin "julgado" na Bulgária

Aliados ocidentais prometem manter apoio à Ucrânia, no Dia da Independência

Pilotos ucranianos devem começar a dominar os caças F-16 no outono