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Viragem conservadora em Espanha poderia ditar mudanças fiscais e sociais

O conservador Alberto Núñez Feijóo em campanha
O conservador Alberto Núñez Feijóo em campanha Direitos de autor AP Photo/Emilio Morenatti
Direitos de autor AP Photo/Emilio Morenatti
De Aida Sanchez Alonso
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As sondagens continuam a apontar para uma mudança de governo nas eleições em Espanha. O socialista Pedro Sánchez poderá ter de ar testemunho para o conservador Alberto Núñez Feijóo, que provavelmente precisaria do apoio do partido de extrema-direita Vox para governar.

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Uma coligação entre o partido de centro-direita e a extrema-direita é algo que não acontece em Espanha desde o fim da ditadura, nos anos 70, e provavelmente significaria muitas mudanças no país.

Quase não foram discutidas propostas económicas durante a campanha elitoral, mas os especialistas concordam que, se houver uma mudança de governo, isso irá refletir-se na economia.

"Penso que mudaria principalmente por causa da política fiscal. A oposição é muito crítica em relação ao aumento dos impostos nos últimos anos, do aumento das despesas com as pensões devido à reforma recentemente implementada. Acredito que o Partido Popular pretende reduzir as despesas e também reduzir os impostos", explicou O-Ton Marcel Jansen, investigador da FEDEA, em entrevista à euronews.

"O importante é que, se quisermos reduzir os impostos em Espanha, temos de cortar quase diretamente nas despesas. Depois de uma década de austeridade em Espanha, cortar significa realmente tocar no "osso"", acrecentou.

O executivo que entrar em funções terá o grande desafio de reduzir a dívida pública, que está nos 112%, e o défice, que se situa nos 4,8%, ambos acima dos tetos ditados pelas regras da União Europeia.

Mudanças em temas fraturantes

Mas as mudanças poderão fazer-se sentir, também, em temas sociais fraturantes, tais como os direitos da comunidade LGBTIQ.

A legislação conhecida por "Lei Trans" deixou de considerar a mudança de sexo como o tratamento de uma patologia, em linha com o parecer da Organização Mundial de Saúde.

O procedimento pode ser feito a partir dos 16 anos e sem condições médicas impostas. A lei foi aprovada em fevereiro ado e o Partido Popular prometeu revogá-la.

"Voltaríamos a ser patologizados, voltaríamos a estar subordinados a certificados médicos, a ser tutelados, a não podermos sequer escolher se queremos receber hormonas. Estaríamos a dar um o gigantesco para trás", afirmou Uge Sangil, presidente da FELGBT.

"Com a lei existente, as pessoas transexuais podem mudar de nome e de sexo e não têm de se submeter a operações ou a tomar hormonas", realçou.

Caso não haja clara maioria de um partido, que é pouco provável, ou haja dificuldade em fazer uma coligação, terão de repetir-se as eleições, tal como aconteceu em 2019.

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