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Procura de eletricidade na UE deverá diminuir 3% em 2023

Postes de eletricidade perto de Wernigerode, Saxónia-Anhalt, Alemanha
Postes de eletricidade perto de Wernigerode, Saxónia-Anhalt, Alemanha Direitos de autor Matthias Schrader/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Matthias Schrader/Copyright 2019 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn JonesIsabel Marques da Silva (Trad.)
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A procura de eletricidade na União Europeia (UE) deverá diminuir 3% em 2023, atingindo o nível mais baixo dos últimos vinte anos, de acordo com novas estimativas da Agência Internacional da Energia (AIE).

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A subida descontrolada dos preços da energia e o abrandamento económico das economias europeias são os principais responsáveis pela diminuição da procura.

No primeiro semestre de 2023, registou-se uma quebra recorde de 6% no consumo de eletricidade na UE, o que mostra o duro golpe infligido aos consumidores e às indústrias da Europa pela crise energética que se seguiu à invasão da Ucrânia pela Rússia.

O abrandamento industrial foi responsável por dois terços da redução líquida da procura de eletricidade na UE em 2022.

De acordo com o relatório da AIE, esta situação coloca a competitividade industrial na Europa sob pressão, uma vez que a produção industrial continua a registar atrasos, apesar de os preços terem descido em relação aos máximos históricos do ano ado. 

O relatório afirma que os subsídios estrangeiros, como a Lei de Redução da Inflação (IRA), nos EUA, e a Lei da Transformação Verde, no Japão, "estão a influenciar a redução da produção, o encerramento de fábricas e a pausa e desvio de investimentos".

UE em contraciclo com resto do mundo

Entretanto, a procura mundial de eletricidade deverá aumentar, impulsionada pela descarbonização dos sistemas energéticos, pelo aumento da utilização da refrigeração interior à medida que as temperaturas sobem e pelo crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento. 

Prevê-se que a procura de eletricidade aumente na China e na Índia, com a China a registar um crescimento anual de 5,2% nos próximos dois anos.

Estes países emergentes continuam a depender dos combustíveis fósseis, com a China e a Índia a aumentarem a produção de eletricidade a partir do carvão, no primeiro semestre de 2023, devido a cortes na energia hidroelétrica provocados pela seca.

A AIE prevê uma retoma da procura mundial de eletricidade em 2024, à medida que as perspectivas económicas melhoram, e afirma que 2024 poderá ser o primeiro ano em que será produzida mais eletricidade a nível mundial a partir de energias renováveis do que de carvão.

Reforma do mercado europeu

A Comissão da Indústria do Parlamento Europeu apoiou os planos de reforma do mercado da eletricidade da UE com base num acordo alcançado pelos principais partidos políticos europeus, no início deste mês.

A reforma, apresentada pela primeira vez pela Comissão Europeia em março, tem como objetivo proteger os consumidores da subida dos preços, impulsionar a adoção de energias renováveis e manter a vantagem competitiva das empresas europeias num cenário global cada vez mais competitivo.

O Parlamento apoiou o direito dos consumidores a terem contratos mais estáveis e de longo prazo, proibindo os fornecedores de alterarem unilateralmente os termos de um contrato e de cortarem o fornecimento de eletricidade a clientes vulneráveis.

O Parlamento apoiou também os chamados "Contratos por Diferença" (CFD), em que as autoridades públicas podem compensar os produtores de energia se os preços de mercado caírem demasiado, mas podem cobrar-lhes pagamentos se os preços forem demasiado elevados.

"Esta reforma tem como objetivo dar ao mercado europeu da eletricidade uma sensação de estabilidade, para que nunca mais tenhamos de experimentar os preços desta crise", afirmou o relator do Parlamento Europeu sobre o assunto, Nicolás González Casares.

Mais impostos sobre lucros inesperados?

A posição adoptada pelo Parlamento Europeu não inclui um limite máximo para as receitas inesperadas das empresas de energia numa futura crise energética, uma medida inicialmente apoiada por Casares. 

A UE introduziu um imposto temporário sobre as receitas inesperadas das empresas de energia em 2022 para ajudar a amortecer as facturas dos consumidores durante a crise energética.

"Nem todos os grupos políticos viram a questão da mesma forma", disse Casares.

O PPE, de centro-direita, e os grupos industriais opam-se ao limite máximo de receitas como um impedimento ao investimento em novas tecnologias.

A reforma foi apoiada por 55 eurodeputados, 15 votaram contra e 2 abstiveram-se. A comissão parlamentar votou também a favor da abertura de negociações com o Conselho, uma decisão que terá de ser aprovada na próxima sessão plenária.

Os ministros da UE ainda não conseguiram chegar a uma posição comum devido às dificuldades em chegar a um acordo que satisfaça 27 países com economias e combinações energéticas muito diferentes. 

Espera-se que a Espanha, que detém a presidência rotativa da UE, desempenhe um papel fundamental na procura de um compromisso.

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