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Expansão de mina no Ártico leva cidade de Kiruna a mudar de local

Os habitantes foram consultados sobre como deveria ser a nova cidade
Os habitantes foram consultados sobre como deveria ser a nova cidade Direitos de autor Johannes Jansson/Wikimedia Commons
Direitos de autor Johannes Jansson/Wikimedia Commons
De Isabel Marques da Silva
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São cerca de 450 mil metros quadrados de edifícios residenciais, públicos, comerciais e de lazer que devem estar operacionais até 2035

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A cidade sueca de Kiruna vai ser transferida, edifício por edifício, para um novo local, a três kilómetros de distância. Uma parte das casas está em risco de aluimento devido à expansão da maior mina subterrânea do mundo, que extrai ferro para fazer aço.

Situada a 200 km a norte do círculo árctico, a cidade foi fundada para albergar os trabalhadores do complexo industrial instalado há 125 anos. Os habitantes foram consultados sobre como deveria ser a nova cidade.

"Pediram locais de encontro comunitário, como uma grande praça, que não tínhamos. Também querem mais zonas comerciais, ruas pedonais, e - talvez o mais importante - o o fácil à natureza. Gostamos muito da vida ao ar livre", explicou, à euronews, Clara Nyström, Antiquária na Câmara Municipal de Kiruna.

São cerca de 450 mil metros quadrados de edifícios residenciais, públicos, comerciais e de lazer que devem estar operacionais até 2035. Uma dos edifícios mais sensíveis é a icónica igreja luterana, fundada em 1912.

"É muito importante mover a igreja, tanto para nós como para a cidade em si. As pessoas estão muito contentes  porque a igreja vai para a nova cidade e não será demolida. Penso que as pessoas estão com vontade de ver a mudança, de ver chegar o dia em que isso vai acontecer", disse a sacerdote Lena Tjarnberg.

Não podemos manter os hábitos de consumo, a extração dos recursos naturais e a obtenção de lucros no Ártico por uma quantidade infinita de anos.
Stefan Mikaelsson
Vice-presidente do Conselho do Parlamento Sámi

Kiruna tem 23  mil habitantes num território enorme, de 20 mil kilómetros quadrados, o equivalente ao país Eslovénia. Florestas de bétula, tundra alpina, sete rios e 6000 lagos fazem parte da paisagem natural protegida que atrai muitos turistas.

Riquezas a explorar

A expansão da mina preocupa os Sámi, o povo indígena da Lapónia, que vive principalmente da criação de renas.

O governo diz que terá em conta as suas necessidades e convidou um dos seus líderes a falar com a imprensa.

"A diversidade biológica no Ártico é crucial também para os povos do continente. Não podemos depender apenas da floresta Amazónia e fingir que, protegendo-a, nos é permitido manter os hábitos de consumo, a extração dos recursos naturais e a obtenção de lucros no Ártico por uma quantidade infinita de anos", defendeu Stefan Mikaelsson, vice-presidente do Conselho do Parlamento Sámi.

A empresa mineira anunciou que, em breve, utilizará apenas fontes de energia limpa, e que quer estar no centro da chamada revolução industrial verde. 

Mas é um equilíbrio difícil, refere a enviada da euronews, Isabel Marques da Silva: "A descoberta do maior depósito de de terras raras da Europa, situado em Kiruna, coloca interrogações sobre a expansão das indústrias no Ártico. Será mais fácil não comprar tanto minério à China, mas simultaneamente, há consequências a ter em conta em termos de valores sociais e naturais".

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