{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/10/14/ex-modelos-testemunharam-sobre-violencia-sexual-no-parlamento-europeu" }, "headline": "Ex-modelos testemunharam sobre viol\u00eancia sexual no Parlamento Europeu", "description": "Em mar\u00e7o ado, a Comiss\u00e3o Europeia prop\u00f4s tratar a viol\u00eancia baseada no g\u00e9nero como \u0022um crime particularmente grave com uma dimens\u00e3o transfronteiri\u00e7a\u0022.", "articleBody": "Um ter\u00e7o das mulheres da Uni\u00e3o Europeia (UE), em m\u00e9dia, j\u00e1 foram v\u00edtimas de viol\u00eancia f\u00edsica ou sexual.\u00a0 A ind\u00fastria da moda \u00e9 o palco de muitos casos e ex-modelos s\u00e3o alguns dos rostos por detr\u00e1s destas estat\u00edsticas da Ag\u00eancia Europeia dos Direitos Fundamentais. 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Ex-modelos testemunharam sobre violência sexual no Parlamento Europeu

Ex-modelos e membros do sistema judicial e legislativo forneceram pistas sobre o combate à violência contra as mulheres
Ex-modelos e membros do sistema judicial e legislativo forneceram pistas sobre o combate à violência contra as mulheres Direitos de autor AP Photo/Geert Vanden Wijngaert
Direitos de autor AP Photo/Geert Vanden Wijngaert
De Isabel Marques da Silva
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Em março ado, a Comissão Europeia propôs tratar a violência baseada no género como "um crime particularmente grave com uma dimensão transfronteiriça".

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Um terço das mulheres da União Europeia (UE), em média, já foram vítimas de violência física ou sexual. A indústria da moda é o palco de muitos casos e ex-modelos são alguns dos rostos por detrás destas estatísticas da Agência Europeia dos Direitos Fundamentais.

Vítimas de várias nacionalidades deram o seu testemunho numa conferência sobre violência contra as mulheres, quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Bruxelas.

"Estamos a combater não só o abuso sexual por parte de homens predadores poderosos, alguns deles ligados ao crime organizado, mas também contra um sistema legal que nos impede de obter justiça", afirmou Lisa Brinkworth, jornalista e ex-modelo.

" A violação e outros crimes sexuais destroem o nosso sentido de identidade, segurança e confiança nos outros", referiu Laurie Marsden, terapeuta e ex-modelo.

A sueca Ebba P. Karlsson é um das ex-modelos que escreveu um livro sobre a sua experiência de violação e está disposta a partilhar alguns conselhos, tendo tornado-se formadora.

"Talvez o melhor seja ar uma organização de ajuda e podem encontrá-las nos sites na Internet. Isso é a primeira coisa a fazer. Também têm de saber que a culpa não é delas e que não estão sozinhas. Quando comecei a partilhar o meu livro, apercebi-me de que não estava sozinha, que havia de facto muito mais pessoas nesta situação e reunimo-nos porque precisamos de fazer algo, precisamos de fazer alterações às leis para que pessoas como nós possam ser protegidas", disse à euronews.

Comissão Europeia apresentou proposta de diretiva

Em março ado, a Comissão Europeia propôs tratar a violência baseada no género como "um crime particularmente grave com uma dimensão transfronteiriça".

A nova diretiva está, agora, a ser analisada pelos eurodeputados e deverá definir sanções penais mínimas e questões como o período ao fim do qual estes crimes prescrevem. Entre essas propostas estão as seguintes penas mínimas de prisão:

  • Violação: 8 anos
  • Mutilação genital feminina: 5 anos
  • Perseguição cibernética: 2 anos
  • Partilha não consensual de imagens íntimas e assédio cibernético: 1 ano
  • Incitação cibernética ao ódio ou violência com base no sexo ou género: 2 anos

Para uma advogada sa, Anne-Claire Le Jeune, a justiça é lenta e desigual na União Europeia: "É imperativo que o processo legal e os agentes de apoio às vítimas possam intervir rapidamente. Ou seja, que quando uma vítima apresenta uma queixa, esta seja de imediato tratada, com o processo a ser, imediatamente, transmitido ao Ministério Público e com uma resposta criminal adaptada ao facto de a vítima ter feito a denúncia". 

"Precisamos de uma harmonização a nível europeu, e talvez mais tarde a nível internacional, para dar um impulso à nossa legislação", acrescentou, em entrevista à euronews.

A atual proposta de diretiva inclui medidas para prevenir e julgar eficazmente os crimes, incluindo o assédio através da Internet. Terá ainda de ser adotada pelo Parlamento e o Conselho da UE para entrar em vigor.

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